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Anvisa e CRF-SP alertam para riscos do uso de medicamentos agonistas GLP-1, como o Ozempic

Neste 17 de setembro, Dia Mundial da Segurança do Paciente promovido pela Organização Mundial da Saúde, o Comitê de Farmacovigilância do CRF-SP, coordenado pela Profª Drª Patricia Moriel, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, organizou um webinar com o tema Possíveis riscos no uso de semaglutida e outros análogos de GLP-1, trazendo orientações para o manejo dos pacientes. O webinar também teve a participação do Dr. Maurício Wesley Perroud Junior, do Hospital Estadual de Sumaré.

Medicamentos que contêm princípios ativos da classe dos agonistas do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1) — semaglutida (Ozempic, Rybelsus, Wegovy), liraglutida (Saxenda, Victoza), liraglutida + insulina degludeca (Xultophy), lixisenatida (Soliqua), tirzepatida (Mounjaro) e dulaglutida (Trulicity) — provocam o retardamento gástrico e podem aumentar o risco de aspiração em procedimentos com anestesia geral ou sedação profunda, conforme recente alerta emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.

A aspiração e a pneumonia por aspiração podem ser causadas pela inalação acidental de alimentos ou líquidos para uma via respiratória ou podem ainda ocorrer quando o conteúdo do estômago volta para a garganta.

A orientação é que os profissionais de saúde devem questionar os pacientes que serão submetidos a cirurgias com anestesia ou sedação profunda acerca do uso desses medicamentos. Além disso, devem adotar medidas para garantir a ausência de conteúdo gástrico residual antes da realização de procedimentos anestésicos.

Notícias de interesse e o webinar na íntegra estão a seguir:

Leia mais: CRF-SP | Agência divulga alerta de risco com uso de medicamentos agonistas do receptor GLP-1 em anestesia geral

Leia mais: CRF-SP | Medicamentos análogos de GLP-1 e ligação com pensamentos suicidas: trabalhos científicos discutem o tema

Leia mais: G1 | Anvisa alerta sobre risco do uso de remédios contra obesidade antes de procedimentos com anestesia

Leia mais: Anvisa alerta sobre risco do uso de medicamentos agonistas GLP-1 em pacientes que serão submetidos a anestesia ou sedação profunda

FCF publica edital do Prêmio Egresso Destaque 2024

Egressos dos cursos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp há pelo menos cinco anos poderão concorrer ao Prêmio Egresso Destaque da Unicamp 2024.

O formulário de inscrição estará aberto de 14 a 28 de outubro de 2024. Entre os documentos necessários, estão uma carta de motivação, currículo atualizado, cópia de diploma e outros documentos. Os candidatos deverão ter perfil na Plataforma Alumni Unicamp.

O edital pode ser consultado abaixo:

Documentos
Deliberação CONSU-A-014/2023 — Cria o Prêmio Egresso Destaque da Unicamp e estabelece seu regulamento
Edital FCF n. 07/2024 — Prêmio Egresso Destaque da Unicamp
Portaria Interna FCF n. 25/2024 — Comissão Julgadora do Prêmio Egresso Destaque da Unicamp 2024

Publicado edital de concurso público para livre docente na área de Ciências Farmacêuticas

Foi publicado edital de concurso de provas e títulos para obtenção do Título de Livre Docente na área de Ciências Farmacêuticas, na disciplina FR205 — Princípios da Farmacocinética, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas.

As inscrições estão abertas no período de 6/9 a 5/10/2024.

Maiores informações :

Projeto com patrocínio da Global Grand Challenges busca simplificar o entendimento de bulas com o uso de inteligência artificial

Texto: Gustavo Teramatsu | Foto: Ariadne Barroso/Shutterstock

O projeto Arquitetura de rede neural transformer no treinamento de um Modelo de Linguagem de Grande Porte (LLM) para o acesso a informações sobre o uso de medicamentos (Neural Network Transformer Architecture in Training a Large Language Model (LLM) for Accessing Information on Medication Use), liderado pela professora Elisdete Maria Santos de Jesus, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, é uma das nove propostas aprovadas entre 235 submissões de todo o país no edital Grand Challenges Inteligência Artificial — iniciativa do programa Grand Challenges Brazil, resultado da parceria da Fundação Oswaldo Cruz, do Ministério da Saúde, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq e da Fundação Bill & Melinda Gates, por meio da Global Grand Challenges.

O projeto está vinculado à pesquisa de doutorado em Ciências Farmacêuticas de Amancio Damasceno, farmacêutico e mestre em Ciências da Saúde e Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, orientado pela professora Elisdete. O objetivo é treinar um modelo de linguagem de grande porte (LLM) para leitura de bulas de medicamentos e geração de resumos precisos e atualizados de como utilizar o medicamento que sejam mais fáceis de entender por pacientes e profissionais de saúde.

“Um destaque importante é que, dos nove projetos de IA selecionados, seis são liderados por mulheres, isso é um avanço significativo, pois a tecnologia historicamente tem sido dominada por homens”, sublinhou Ana Estela Haddad, professora titular da USP e atual secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, que participou do Seminário Marco Zero da Chamada Grand Challenges de Inteligência Artificial, realizado no último dia 28 de agosto. O encontro foi o primeiro contato entre pesquisadores e gestores do Ministério da Saúde, para alinhamento das propostas selecionadas em relação às expectativas e as necessidades das áreas técnicas envolvidas e discussão da aplicabilidade ao Sistema Único de Saúde. Também estão previstos seminários parciais e um seminário final.

As propostas aprovadas no Brasil foram anunciadas no último dia 31 de julho junto com projetos que serão desenvolvidos em dez países da África — África do Sul, Camarões, Etiópia, Gana, Madagascar, Quênia, República Centro-Africana, Ruanda, Senegal e Uganda.

Pesquisadores no Seminário Marco Zero, no último dia 28 de agosto. Foto: acervo pessoal

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Egresso da FCF é eleito representante estudantil em seção da Society of Toxicology

Publicado originalmente no site da FCM por Karen Menegheti de Moraes

Leonardo Costalonga Rodrigues, aluno do Programa de Pós-graduação em Farmacologia da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, foi selecionado como representante dos estudantes da The Ethical, Legal, Forensics, and Societal Issues Specialty Section (ELFSI) da Society of Toxicology (SOT). Ele ocupará o cargo até 2025. A Sociedade reúne cerca de 8 mil membros de 70 países.  

O aluno conta que a seleção veio meses após receber o Graduate Student Award pela ELFSI, em conferência da SOT. “Em ambas as ocasiões fiquei surpreso por ser o escolhido, mas também muito feliz. Após ter feito parte de algumas representações nacionais, uma internacional com certeza impulsionará minha carreira”. Leonardo conta que a atual gestão planeja o congresso de 2025 da SOT, que deve reunir mais de cinco mil pessoas.  

Leonardo espera compartilhar os conhecimentos que adquiriu em experiências anteriores, como no Comitê de Jovens Toxicologistas da Sociedade Brasileira de Toxicologia e na Liga Acadêmica de Toxicologia da Unicamp. Além disso, destaca que sua chegada à posição na ELFSI foi impulsionada também pelo doutorado sanduíche, iniciado em 2022 na FCM e atualmente em andamento na University of Utah, nos Estados Unidos. Essa experiência permitiu sua participação na conferência da SOT e resultou na premiação e eleição pela ELFSI.

“Em minha principal área de atuação na toxicologia, a discussão de questões éticas e legais se faz de grande valia, dada a grande diversidade de problemas de saúde e sociais relacionados ao consumo ilícito de substâncias. Como representante estudantil, acredito que consigo ter uma visão diferente do cenário que cerca essa temática”, pontua o estudante.

Para José Luiz da Costa, orientador de Leonardo no PPG e coordenador do Laboratório de Toxicologia Analítica da Unicamp, ter um representante brasileiro em uma das seções especializadas da SOT demonstra o crescimento da toxicologia no Brasil. “O fato deste representante ser de nossa universidade reforça a importância que a Unicamp tem para o ensino e pesquisa na área no país”, completa.

Além disso, o docente acrescenta: “a representação na ELFSI eleva a visibilidade internacional do Programa de Pós-graduação em Farmacologia da FCM, além de facilitar a realização de colaborações científicas globais, fortalecendo a pesquisa e o ensino em nossa instituição”.

Sobre a ELFSI

A Seção de Especialidade em Questões Éticas, Legais, Forenses e Sociais é voltada a toxicologistas interessados no impacto mais amplo da pesquisa, tanto na tomada de decisões bioéticas e sociais quanto na condução e aplicação de estudos em toxicologia. Seus objetivos incluem explorar como a pesquisa contribui para o pensamento bioético e a formulação de políticas públicas, além de servir como ponto de encontro para membros da Sociedade de Toxicologia que desejam discutir questões éticas, legais, forenses e sociais.

Sobre a SOT

Fundada em 1961, a Society of Toxicology é uma organização profissional e acadêmica de cientistas de instituições acadêmicas, governo e indústria, representando a grande variedade de cientistas que praticam toxicologia nos Estados Unidos e no exterior. A missão da SOT é criar um mundo mais seguro e saudável, avançando a ciência e aumentando o impacto da toxicologia.

Estudantes de pós-graduação em Ciências Farmacêuticas participam da sexta edição do Ciência Aberta, no CNPEM

Texto: Gustavo Teramatsu

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais promoveu, nos dias 9 e 10 de agosto, a sexta edição do Ciência Aberta, que acontece desde 2016. A edição de 2024 é a segunda a ser promovida após uma interrupção de três anos devido à pandemia de Covid-19. Neste ano, foram dois dias de evento, o primeiro deles reservado a excursões de estudantes desde o ensino fundamental até o ensino superior. Ao todo, o público foi de mais de 21 mil pessoas.

Esta importante iniciativa de divulgação científica contou com o apoio de pós-graduandos da FCF. O Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas conta com a participação de pesquisadores dos Laboratórios Nacionais do CNPEM em seu corpo docente e discente desde 2020. No segundo semestre de 2024, nove mestrandos e oito doutorandos da FCF desenvolvem pesquisas naquele centro, sob orientação de Adriana Franco Paes Leme Squina, Ana Carolina Migliorini Figueira, Artur Torres Cordeiro, Daniela Barretto Barbosa Trivella, Gustavo Fernando Mercaldi, Marcio Chaim Bajgelman, Paulo Sergio Lopes de Oliveira e Silvana Aparecida Rocco, do Laboratório Nacional de Biociências, e de Leticia Maria Zanphorlin Murakami, do Laboratório Nacional de Biorrenováveis.

Leia mais: 6ª edição do Ciência Aberta no CNPEM reúne mais de 21 mil visitantes em dois dias de evento

“O evento foi planejado para tornar a ciência acessível e interessante para pessoas que não tem contato com esse meio, desde crianças até adultos. Um grande destaque foram as áreas de experimentos e oficinas ao vivo, onde visitantes podiam participar de forma ativa. Cada estande oferecia explicações sobre projetos científicos em andamento no CNPEM e instituições parceiras. Os voluntários se esforçaram em passar conhecimento de forma lúdica, por demonstrações práticas e modelos tridimensionais ou maquetes, que simulavam sistemas biológicos e explicavam fenômenos naturais”, explicou o estudante de Doutorado em Ciências Farmacêuticas Henrique Niero, que participou da organização e apresentação de oficinas e estandes relacionados à descoberta de fármacos.

“Foi um evento muito bom. Mostramos modelos 3D de proteínas e também estruturas de proteínas em um tablet com óculos 3D para ficar mais clara a conformação tridimensional desse mundo para os visitantes. Achei bem legal o interesse das pessoas, e como tornar tudo mais palpável aproxima o público, fazendo entender algo muitas vezes abstrato de forma mais concreta”, avaliou o doutorando Amauri Donadon Leal Junior, que participou da apresentação do Laboratório de Biologia Computacional do LNBio.

A mestranda em Ciências Farmacêuticas Bárbara Carvalho dos Reis, voluntária na atividade Explorando o mundo do DNA, voltada para crianças, onde puderam aprender a extrair DNA de banana com reagentes caseiros, como sal de cozinha e detergente, também teve uma avaliação positiva do evento. “Eu poderia passar horas falando do Ciência Aberta, pois amo o evento e a oportunidade de divulgação científica para a comunidade. Foram dias intensos de muito trabalho, mas igualmente recompensadores. Cada pessoa que passava pela nossa oficina e saía inspirada de alguma forma, com um sorriso no rosto ou maravilhada vendo o experimento dar certo, renovava a minha motivação e fé na pesquisa. A ciência nada é quando olhamos apenas para o individual. Ciência é feita em conjunto e só faz sentido quando retorna para o coletivo, seja de forma material ou através do conhecimento. É por isso que fazemos pesquisa: para todos”.

Da mesma forma, Henrique Niero refletiu sobre a importância da divulgação científica para os pós-graduandos. “O evento proporcionou aos pesquisadores e voluntários a conexão com o público, compartilhando seus estudos e interesses científicos. Por passar tanto tempo dedicados à pesquisa, dentro de grandes centros de alto nível, acabamos por perder a conexão com o que está fora desse contexto, e algo que é tão avançado e complexo do ponto de vista científico, acaba por se tornar comum entre pesquisadores da área. O Ciência Aberta consegue, dessa forma, renovar nossa energia como pesquisadores e lembrar que a pesquisa é feita para a sociedade e destacar a importância de tornar a ciência acessível para todas as pessoas”.

“Minha Pesquisa”: Carolina Dagli Hernandez

Confira mais um vídeo da série Minha Pesquisa, produzido pela equipe da Assessoria de Comunicação da FCF.

Neste mês, a convidada é Carolina Dagli Hernandez, pós-doutoranda do Laboratório de Farmácia Clínica — CLIPHAR, sob supervisão da Profª Drª Patricia Moriel.

Carolina estuda como as informações genéticas dos pacientes podem ser importantes para melhorar a prescrição de medicamentos para dor pós-operatória.

Curso de extensão “Planejamento e otimização experimental aplicados ao desenvolvimento farmacêutico”

O curso de extensão QUI-0043 — Planejamento e Otimização Experimental aplicados ao desenvolvimento farmacêutico — está com inscrições abertas pela Escola de Extensão da Unicamp até o dia 30 de novembro. O curso será de 1º de fevereiro a 5 de abril de 2025.

A professora do Instituto de Química da Unicamp Márcia Breitkreitz, credenciada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, faz o convite a todos os interessados: “Neste curso, você, da área farmacêutica e áreas afins, poderá aprender os fundamentos dos métodos de Planejamento de Experimentos (DOE – Design of Experiments) de maneira aplicada dentro do contexto de Quality by Design. Além de mergulhar na teoria e na prática dos diferentes métodos de DOE, no curso eu apresento aspectos regulatórios com guias nacionais e internacionais, aspectos importantes discutidos em fóruns (Q&A) e aplicações com muitos artigos científicos. Serão 32 horas de um intenso aprendizado e troca de informações!”.

Informações sobre inscrições, horários e datas do curso e valores estão disponíveis no site da Escola de Extensão da Unicamp.

Ementa: Introdução: Por que utilizar métodos multivariados? O conceito de interação entre variáveis, o guia ICH Q8 e os conceitos de Quality by Design e Design Space. Planejamento fatorial em dois níveis: como montar o planejamento, cálculo dos efeitos dos fatores, erros e intervalos de confiança, construção do modelo estatístico, gráfico de probabilidade Normal, análise da variância (ANOVA), ferramentas de diagnóstico, construção e interpretação da superfície de resposta, avaliação da curvatura. Planejamento fatorial fracionário para triagem de fatores: como selecionar os experimentos, relação geradora, frações, resolução, como selecionar um fracionário sem perder informações, como completar o planejamento fracionário. Planejamento composto central (3 níveis): construção e avaliação do modelo quadrático, construção, avaliação e deslocamentos na superfície de resposta. Utilização do modelo para previsão das propriedades de interesse: como encontrar as condições experimentais que levem a um determinado valor da resposta (valor alvo), maximização e minimização de respostas, definição do Design Space. Otimização simultânea de mais de uma resposta: sobreposição de mapas de contorno e procedimento baseado nas funções de Derringer e Suich. Planejamentos de mistura: porque existem métodos diferentes para otimização de misturas, conceitos importantes, representação do domínio experimental e os modelos de misturas.

Errata: O prazo para inscrição foi alterado de 1/9/2024 para 30/11/2024. O texto foi corrigido.

Jörg Kobarg assume a direção da Faculdade de Ciências Farmacêuticas

Publicado originalmente no Portal da Unicamp

Texto Marina Gama | Fotografia Antonio Scarpinetti

Nesta segunda-feira (12), o professor Jörg Kobarg assumiu a direção da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp em cerimônia de posse, sucedendo o professor Rodrigo Ramos Catharino. Kobarg ocupará o cargo até 2028. Por sua vez, a professora Wanda Pereira Almeida assume como diretora associada, em substituição à professora Priscila Gava Mazzola.

Professor titular e pesquisador da FCF, Kobarg tem uma sólida formação acadêmica: graduou-se em Biologia e obteve seu mestrado e seu doutorado na Christian-Albrechts-Universität zu Kiel, na Alemanha. Posteriormente, realizou dois estágios de pós-doutoramento nos Estados Unidos, onde permaneceu entre 1996 e 1998. No Brasil, destacou-se como pesquisador e líder do grupo de Biologia Molecular do Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), além de ter coordenado o programa de pós-graduação da FCF entre 2017 e 2021.

Em seu discurso de posse, Kobarg agradeceu a docentes, funcionários, alunos, à comissão eleitoral e a sua nova associada, destacando a disposição dela em aceitar o desafio de acompanhá-lo na gestão da faculdade. O novo diretor manifestou o desejo de que sua gestão seja uma fase de crescimento para a FCF, atualmente a menor unidade da Unicamp, com 18 docentes e uma pesquisadora.

No planejamento de Kobarg, destaca-se a implementação de um curso de graduação em Farmácia no período noturno, uma iniciativa que pode beneficiar tanto a Unicamp quanto as empresas farmacêuticas da região, permitindo que os estudantes trabalhem durante o dia e estudem à noite. Além disso, o pesquisador propôs a ampliação do quadro docente e da infraestrutura da faculdade, enfatizando a necessidade de desenvolver um projeto institucional de pesquisa e a criação de um mestrado profissional.

Kobarg encerrou seu discurso solicitando o apoio de toda a comunidade acadêmica para a realização dos objetivos propostos. “Temos as ideias e nossos projetos, mas para realizá-los precisamos da própria faculdade, dos funcionários, dos docentes e do apoio do resto dos colegas da Unicamp, para tornar esses quatro anos tão bem-sucedidos como os quatro que nos antecederam”.

Jörg Kobarg e Wanda Pereira Almeida ocuparão os cargos até 2028
Cerimônia de posse aconteceu nesta segunda-feira (12) e foi presidida pelo reitor Antonio Meirelles

Catharino, que liderou a faculdade durante a gestão 2020-2024, também se pronunciou, expressando gratidão pelo apoio recebido de colegas e da comunidade da Unicamp durante sua gestão, especialmente nos desafios enfrentados durante a pandemia. “Estar à frente da faculdade durante a pandemia foi desafiador, mas também gratificante. Destaco as palavras gratidão e milagre, por ter tido a oportunidade de servir de alguma maneira nesse período”, afirmou.

O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, destacou o crescimento da graduação como o principal desafio para os próximos anos, alinhando-se às metas propostas por Kobarg. “A FCF é uma unidade nova, 20 anos de curso, 10 anos de FCF, mas já é uma unidade bastante vitoriosa. Apesar dos desafios mencionados pelo Kobarg, não tenho dúvida de que a FCF já vem colocando as bases para um grande e excelente futuro.”

Meirelles ainda ressaltou a importância da pesquisa integrada ao desenvolvimento tecnológico. “Precisamos fazer da área da saúde uma área que seja capaz de também gerar desenvolvimento, não só naquilo que é mais especificamente relacionado à assistência à saúde, mas à tecnologia”, concluiu.

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A cerimônia pode ser vista abaixo na íntegra:

VivaBem UOL: “Por que você se dá bem com um remédio e com outro não?”

Carolina Dagli Hernandez, doutora em ciências farmacêuticas pela USP e pós-doutoranda da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, no Laboratório de Farmácia Clínica, sob supervisão da professora Patricia Moriel, foi ouvida pelo UOL a respeito da farmacogenética.

A pesquisadora faz divulgação científica pelo Instagram, em seu perfil @carolinadagli.farmacogenetica.

Leia mais: Por que você se dá bem com um remédio e com outro não?