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Pós-Graduação

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Segunda SECUFA consolida extensão na FCF

Nos dias 13 e 14 de dezembro foi realizada a segunda edição da Semana de Cuidado Farmacêutico — SECUFA. Professores, estudantes de graduação e pós-graduação e farmacêuticos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas atenderam o público presente na entrada do Hospital de Clínicas da Unicamp para orientação quanto ao uso e ao descarte de medicamentos, à automedicação, à prevenção e ao tratamento de hipertensão e diabetes, além de realizar a medição de pressão arterial e de glicemia dos participantes.

A organização do evento foi feita pelos acadêmicos matriculados na disciplina FR309 — Projetos de Extensão II, sob a coordenação geral das estudantes Laura Reydon e Laura Hara, do quarto ano do curso de graduação. Entre os docentes da FCF, a organização ficou por conta dos professores Karina Cogo Müller e Daniel Fábio Kawano e teve a participação dos professores Rodrigo Ramos Catharino, Patricia Moriel, Wanda Pereira Almeida e da farmacêutica Luiza Gomes de Campos Nascimento.

O evento de extensão, apoiado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura — ProEC, tem a intenção de promover a vivência de alunos na prática profissional e devolver o conhecimento gerado na Universidade para a sociedade. Uma nova edição está prevista para acontecer em 2023.

Tecnologia identifica a presença de agrotóxicos em legumes e hortaliças

Traços de agroquímicos foram encontrados em cerca de 30% de tomates certificados como orgânicos

por Liana Coll | PUBLICADO NO JORNAL DA UNICAMP, EDIÇÃO 681

Será que tudo que é vendido como alimento orgânico é realmente orgânico? Visando responder essa pergunta, um grupo de pesquisadores da Unicamp desenvolveu uma plataforma que permite identificar a presença de agrotóxicos em tomates. Utilizando inteligência artificial, foi constatado que aproximadamente 30% das amostras dos tomates certificados como orgânicos contêm traços de resíduos químicos. Agora, os cientistas querem extrapolar a análise para outros alimentos e desenvolver um chip para tornar o teste acessível aos produtores e consumidores.

A pesquisa foi realizada por professores e pós-graduandos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e resulta também de uma parceria anterior com o Instituto de Computação (IC). A união entre as áreas possibilitou a combinação de dois métodos: o uso do espectrômetro de massa, que mede o peso das moléculas, e o aprendizado de máquinas – ramo da inteligência artificial –, que permitiu a criação de um modelo para a identificação das substâncias.

A tecnologia resultou em um processo rápido de mapeamento das moléculas. Após a coleta do material na região do pedúnculo do tomate por meio de uma placa de silício, a amostra é colocada em uma solução dentro de tubos e vai para o espectrômetro. As substâncias coletadas são identificadas usando inteligência artificial. Tudo isso é feito em aproximadamente dez minutos.

Além de identificar os marcadores de agrotóxicos, a plataforma também mapeia as substâncias naturais e benéficas dos tomates, como licopeno, betacaroteno A plataforma identifica os marcadores de agrotóxicos e mapeia as substâncias naturais e benéficas dos tomates O professor Rodrigo Catharino: “Tudo isso gera um conjunto extremamente específico e robusto para dizer se determinado legume ou hortaliça é orgânico ou não” e vitamina C. A pesquisa deu origem à dissertação de mestrado de Arthur de Oliveira, orientada pelo professor Rodrigo Catharino. Coordenador do Laboratório Innovare de Biomarcadores, onde o estudo é realizado, o docente explica que, na análise, não são procurados alvos específicos. A presença das moléculas é encontrada no processo.

É como se fosse uma atividade de mineração, explica o pesquisador. “Depois da ‘mineração’, escolhemos as substâncias e voltamos para o processo para fazer outros testes, como por exemplo o realizado dentro do espectrômetro. O objetivo é assegurar que realmente se trata daquela molécula e se isso faz sentido do ponto de vista químico. Tudo isso gera um conjunto extremamente específico e robusto para dizer se determinado legume ou hortaliça é orgânico ou não.”

Foto de um homem que aparece do peito para cima. Ele está em um laboratório, usa avental, é branco, tem o cabelo preto e curto
O professor Rodrigo Catharino: “Tudo isso gera um conjunto extremamente específico e robusto para dizer se  determinado legume ou hortaliça é orgânico ou não” (Foto: Felipe Bezerra)

Certificação

Catharino aponta que o tomate foi escolhido por ser uma das principais culturas do Brasil e por concentrar os agrotóxicos no pedúnculo, tornando mais fácil a análise. Para a pesquisa, foram coletadas 80 amostras de tomates orgânicos e 80 de não orgânicos da região de Campinas (SP).

Um dos agrotóxicos encontrados nas amostras foi o Carbendazim. O produto é um dos mais utilizados no país, que é o recordista mundial em uso de defensivos químicos. Em 2022, o Carbendazim foi proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há um calendário para a sua gradual eliminação, mas um projeto de Decreto Legislativo busca reverter a decisão. Associada ao risco de câncer, a substância já é banida em diversos países.

“Na nossa pesquisa, encontramos produtos certificados como orgânicos com marcadores de normal [com agroquímicos]. Ou seja, aquele que está certificado nem sempre é orgânico, o que era uma suspeita que tínhamos desde o começo. Cerca de 30% das amostras dos orgânicos não são. Esse não é um número baixo e isso mostra que existem falhas na certificação que podem ser sanadas com essa tecnologia, desenvolvida no próprio país”, avalia.

Futuramente, o professor espera que haja uma interlocução com os órgãos de certificação para que a plataforma desenvolvida ajude a assegurar que quem procura um produto orgânico, de fato, esteja comprando um alimento sem agroquímicos.

“Nós gostaríamos de um dia transferir essa tecnologia para os órgãos fiscalizadores. Por isso, buscamos ampliar essa pesquisa e descobrir novos caminhos. Com as tecnologias desenvolvidas, podemos ajudar tanto o agronegócio como também a fiscalização e a regularização. Hoje, as pessoas buscam mais qualidade na alimentação, e isso passa pelo setor agropecuário. Podemos ajudar na certificação de diversos produtos”, diz.

Além de poder ser utilizada em qualquer cultivo agrícola, a plataforma desenvolvida pode, também, ser extrapolada para outros tipos de alimento. No caso das carnes, por exemplo, pode ser verificado se houve sofrimento por parte do animal. Essa é uma das possibilidades levantadas por Catharino.

“Se um determinado animal é machucado, ele deixa marcadores de estresse e, ao fazer as perguntas corretas dentro da tecnologia que temos disponível, isso pode ser identificado. São possibilidades que temos a oferecer aqui nos laboratórios da Unicamp. Estamos, agora, na fase de exploração e de formulação de novas perguntas para, então, desenvolver caminhos novos.”

O estudo que deu origem à plataforma foi publicado em uma das mais prestigiadas revistas da área, a Food Chemistry, sob o título “Tomato classification using mass spectrometry-machine learning technique:A food safety enhancing platform”.

Trabalhos de conclusão de curso do 2º semestre de 2022

No segundo semestre de 2022, 21 estudantes apresentam o trabalho de conclusão de curso de graduação em Farmácia, para obtenção do título de farmacêutica e farmacêutico:

Aluno(a)OrientaçãoTrabalho de conclusão de curso
7/11
9h30
Tamiris AnselmoGislaine Ricci LeonardiVeículos clássicos e inovadores empregados na cosmetologia: revisão da literatura
7/11
14h
Amanda Pellison NascimentoKarina Cogo MüllerRelação entre a microbiota intestinal, diabetes e o papel dos probióticos: revisão de literatura
8/11
9h
Suelen de Paula de SouzaPaulo Cesar Pires RosaDetecção de nitrosaminas em medicamentos: uma revisão sobre os riscos e controle
9/11
16h30
Gabriel Silva LeiteDaniel Fabio Kawano e Xisto Antônio de Oliveira NetoDesenvolvimento e síntese de um novo inibidor da enzima DNA metiltransferase
11/11
10h
Celeste Mingorance ManentiJoão Ernesto de CarvalhoUso terapêutico de cannabis medicinal
11/11
13h30
Victor Bitiano BazaniKarina Cogo MüllerContaminação de produtos farmacêuticos pelo complexo Burkholderia cepacia e seus possíveis impactos na saúde e na indústria
11/11
13h30
Vitória Rodrigues InácioFernanda Ramos GadelhaDiversidade genética do Tripanosoma cruzi: relação com as formas clínicas da doença e o tratamento
16/11 9hLarissa Silva Fernandes CangussúWanda Pereira AlmeidaUso de psicoestimulantes para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): uma revisão de literatura
16/11
14h
Thalia Lara de SouzaFernanda Viviane MarianoImpactos da pandemia da COVID-19 no atendimento de pacientes com tumores de cabeça e pescoço
17/11
9h
Cynthia Mara Pereira BezerraMarcelo LancellottiAnálise do efeito das nanopartículas de sílica mesoporosa SBA-15 e SBA-16 na detecção de SARS-CoV-2 por RT-qPCR
17/11
10h
Elina Sawa Akioka IshikawaLaura de Oliveira NascimentoDesenvolvimento e caracterização físico-química de nanopartículas de quitosana contendo doxiciclina
17/11
10h
Flora Miranda UlgheriMarcelo LancellottiDengue e arboviroses emergentes: uma revisão
17/11
10h
Júlia Soto RizzatoTaís Freire GalvãoDisparidade racial na frequência do exame dos pés em brasileiros com diabetes: Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019
17/11
14h
Milena Gomes SantanaJoão Ernesto de CarvalhoO impacto da pandemia de COVID-19 na dispensação de terapia antirretroviral para pacientes vivendo com HIV no Brasil
17/11
14h
Carla Grazielle Guerazzi Pousa PereiraWanda Pereira AlmeidaRiscos do uso de medicamentos isentos de prescrição sem orientação
18/11
8h
Beatriz Taine de MoraesDaniel Fabio KawanoProjeto Raízes: construção e execução de um projeto de extensão universitária com foco no cuidado farmacêutico
18/11
9h
Mariana Akemi NoronhaAndré Moreni LopesAuto-montagem de micelas baseadas em lipolissacarídeos (LPS) para a encapsulação de (bio)moléculas hidrofóbicas
18/11
14h
Giulliana Galdini CostaFernanda Janku CabralSilenciamento dos genes que codificam enzimas modificadoras de histonas em estágios parasitários do Schistosoma mansoni
18/11
16h
Ioná de Oliveira JupyPaulo Cesar Pires RosaEtodolaco: uma revisão sobre suas propriedades, métodos de análise e regulatório
22/11
14h
Allana França FagundesMary Ann Foglio e Bruno da Fonseca dos SantosO uso de antocianinas para o tratamento da herpes e cicatrização, uma revisão

Graduandos em Farmácia participam do XXX Congresso de Iniciação Científica da Unicamp

Os Congressos de Iniciação Científica da Unicamp acontecem anualmente e têm como objetivo divulgar os resultados dos projetos de Iniciação Científica e Tecnológica realizados por alunos de graduação da Unicamp, bem como de outras instituições. Visam também contribuir para o desenvolvimento de competências necessárias à pesquisa acadêmica, promovendo a oportunidade de interação entre pesquisadores de todos os níveis e áreas.

Em 2022, trigésima edição do Congresso de Iniciação Científica terá a participação de vinte e quatro graduandos e graduandas em Farmácia, orientados por docentes da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, da Faculdade de Ciências Médicas e do Instituto de Biologia. Também participarão do Congresso, entre mais de 1,4 mil inscritos, dois estudantes do curso de Química e um estudante do curso de Medicina da Unicamp, além de uma graduanda em Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera de Campinas, que realizam a iniciação científica na FCF.

As apresentações da área Biológicas acontecerão na quarta-feira, 27 de outubro, no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp.

Estudantes do curso de graduação em Farmácia

Aluno(a)Orientador(a)ProjetoPôster
Ariane Tedeschi RampazzoPatricia MorielIdentificação de microRNAs circulantes como possíveis biomarcadores da doença do coronavírus 2019 (COVID-19)B0064
Beatriz Soncini De OliveiraMary Ann FoglioRevisão bibliográfica dos efeitos deletérios do tratamento onco-hematológico na indução da mucosite oralB0062
Camila Fernandes CorreiaFernanda Janku CabralEpigenética na interação parasito-hospedeiro em Schistosoma mansoniB0417
Carolini Motta NeriPatricia MorielIdentificação de microRNAs plasmáticos como possíveis biomarcadores de gravidade da doença do coronavírus 2019 (COVID-19)B0065
Cynthia Mara Pereira BezerraMarcelo LancellottiAnálise do efeito das nanopartículas de sílica mesoporosa SBA-15 e SBA-16 na detecção de SARS-CoV-2 por RT-qPCRB0061
Gabriel Silva LeiteDaniel Fabio KawanoPlanejamento de novos inibidores da enzima DNA metiltransferaseB0055
Giovana da Costa VenancioCatarina Raposo Dias CarneiroSíntese do ácido 5-aminolevulínico (5-ALA) para aplicação em cirurgia guiada por fluorescência para gliomas: produção nacional e de baixo custoB0052
Jéssica Cristina AlvesGislaine Ricci LeonardiDesenvolvimento de formulações cosméticas antienvelhecimentoB0056
João Victor Alves BrossiJosé Luiz da CostaEstudo descritivo das suspeitas de exposição tóxica ao paracetamol atendidas presencialmente pelo CIATox-Campinas de 2018 a 2020B0057
Júlia Lima OliveiraLaura de Oliveira NascimentoSistemas de liberação combinados para delivery do doxiciclina via bucalB0059
Julia Tiemi SiguemotoPatricia MorielRelação de polimorfismo da enzima do CYP1A2 e reações adversas induzida pela clozapina em pacientes com transtorno psiquiátricoB0066
Juliana Oliveira dos SantosSimone AppenzellerDrogas modificadoras do percurso da doença na artrite idiopática juvenil: adesão e suspensão do tratamentoB0216
Juliana Quinholi RochaAna Paula Couto DavelResposta de células endoteliais in vitro à presença de micropartículas isoladas de pacientes com COVID-19B0409
Larissa Aparecida FerreiraFabio Trindade Maranhão CostaEstratégia de análises computacional para o reposicionamento de drogas antitumorais com capacidade anti-plasmodial em Plasmodium falciparumB0416
Lethicia Camboin De OliveiraGonçalo Amarante Guimarães PereiraConstrução de uma linhagem de levedura modelo para triagem de inibidores da Oxidase Alternativa de Moniliophthora perniciosaB0421
Leticia Cristina Moreira CarvalhoJosé Luiz da CostaManchas de sangue seco em papel (dried blood spots, DBS) como técnica de microextração em toxicologia forense post mortem para identificação de antidepressivos tricíclicosB0058
Leticia Rogge Nogueira dos SantosEder de Carvalho PincinatoCuidados farmacêuticos em usuários de medicamentos à base de Cannabis sativaB0102
Luiza Pires Ferreira Novaes da SilvaGilberto De Nucciβ1-β3-adrenérgicos receptores são capazes de modular as contrações induzidas por 6-nitrodopamina e EFS em ducto do canal deferente isolado de ratoB0118
Mariana Minski FurtadoMaria Luiza Silveira MelloApoptose em células HeLa cultivadas em presença de valproato de sódio e de 5-aza-deoxicitidinaB0437
Marina Gasparotto de AndradeGabriel Forato AnhêEstudo do efeito da tasimelteona na agregação e adesão de plaquetas humanasB0115
Patrick Hideki Fuzimoto AlvaresRodrigo Ramos CatharinoAvaliação metabolômica de doenças neurológicas agudas: identificação de potenciais marcadores diagnósticos e prognósticosB0067
Riky AikawaStephen HyslopAção da doxiciclina sobre as alterações hemodinâmicas causadas pelo veneno da serpente Bothrops jararacussu (jararacuçu)B0218
Samira Elisa Alves GeraldoLaura de Oliveira NascimentoCaracterização de sistemas nanoestruturados para veiculação de levofloxacina via intravenosaB0060
Thalia Lara de SouzaFernanda Viviane MarianoImpactos da pandemia da COVID-19 no atendimento de pacientes com tumores de cabeça e pescoçoB0114

Estudantes de outros cursos orientados na FCF

Aluno(a)Orientador(a)ProjetoPôster
Francisco Mastrobuono Cordeiro de AlmeidaMary Ann FoglioTocotrienol 70%: avaliação de parâmetros de reprodutibilidade e segurança in vitroB0063
Mariana Melo Silva OliveiraCatarina Raposo Dias CarneiroAnálise metabolômica de macrófagos modulados com molécula isolada de veneno de aranha: potencial aplicação no desenvolvimento de novos tratamentos para o câncerB0053
Thayná Fernanda FonsecaCatarina Raposo Dias CarneiroPadronização de inducação de glioblastoma por cirurgia estereotáxica em modelo murino B0054
Wesley Willian Gomes da SilvaTaís Freire GalvãoPrevalência de deficiência de vitamina A em mulheres em idade fértil no Brasil: revisão sistemática e meta-análiseB0068

Pesquisas do LAFTex são premiadas em simpósio internacional

Pesquisadores e pós-graduandos do Laboratório de Fitoquímica, Farmacologia e Toxicologia Experimental — LAFTex participaram do III Simpósio Internacional em Investigações Químico-Farmacêuticas, realizado na Universidade do Vale do Itajaí — Univali, campus de Itajaí, Santa Catarina.

O evento, cuja temática foi “Desafios de Inovação em Fitomedicamentos”, ocorreu entre os dias 28 e 30 de setembro de 2022, simultaneamente ao I Encontro Ibero-Americano de Plantas Medicinais Dr. Mahabir Gupta e ao I Congresso Luso-Brasileiro de Ciências e Tecnologias em Saúde, com apoio da Universidad de Salamanca e da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Unicamp apoiou a participação de quatro pós-graduandos com recursos financeiros do Programa de Apoio à Pós-Graduação — PROAP, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior — CAPES.

A mestranda Daniele Affonso e a doutoranda Núbia Queiroz, durante o evento

Premiações

Entre os trabalhos do grupo de pesquisa, o pôster Avaliação in vitro dos monoterpenos limoneno, carvona e eucaliptol sobre a migração celular, de autoria da mestranda Daniele Affonso e de suas orientadoras, a pesquisadora Ana Ruiz e a professora titular Mary Ann Foglio, ganhou o prêmio de Menção Honrosa na categoria Mestrado.

A doutoranda em Ciências Médicas Núbia de Cássia Almeida Queiroz, orientada pela professora titular Mary Ann Foglio, recebeu o 2º Prêmio Jovem Pesquisador Univali — Grupo A pelo trabalho desenvolvido com o título Avaliação do gel de Arrabidaea chica (Humb & Bonpl) Verlot para tratar mucosite oral em pacientes portadores de doenças onco-hematológicas: protocolo estudo clínico.

Ao todo, foram apresentados apresentados seis trabalhos pelo LAFTex:

TrabalhoAutores
ANÁLISE QUÍMICA E BIOLÓGICA DO EXTRATO BRUTO DE FRIDERICIA CHICA L. E COENCAPSULAÇÃO COM TOCOTRIENOL 70% UTILIZANDO PEG-PCLAilane S. Freitas, Ilza M. O. Sousa, André M. Lopes, Luan S. D. Rabelo, Mayra G. Biccigo, Kaio Buglio, Daniele D. Affonso, João E. de Carvalho, Ana L. T. G. Ruiz e Mary Ann Foglio
AVALIAÇÃO DE TEOR DE FENÓLICOS, FLAVONÓIDES E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO RESÍDUO LIOFILIZADO DA PRODUÇÃO ORGÂNICA E HIDROPÔNICA DA FRAGARIA SPPMayra G. Biccigo, Camila S. Soares, Ilza Maria de O. Sousa, Luan S. D. Rabelo, Ailane S. Freitas, Kaio Eduardo Buglio, Mary Ann Foglio
AVALIAÇÃO DO GEL DE ARRABIDAEA CHICA (HUMB & BONPL) VERLOT PARA TRATAR MUCOSITE ORAL EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICAS: PROTOCOLO ESTUDO CLÍNICONúbia de Cássia Almeida Queiroz, Aline S Jamel, Ilza Maria de Oliveira Souza, Erich V de Paula, Afonso C Vigorito, Cleber N Alexandre, Carmen P Lima, João E de Carvalho, Mary ann Foglio
AVALIAÇÃO DO EXTRATO AQUOSO DE FRIDERICIA CHICA (BONPL) L.G. LOHMANN MICROEMCAPSULADOLuan S. D. Rabelo, Ilza M. Oliveira Sousa, Ailane S. Freitas, Jhéssica K. C. Frota, Mayra G. Biccigo, Vitória R.G.F. Muniz, Marcos R. Mafra e Mary Ann Foglio
AVALIAÇÃO IN VITRO DOS MONOTERPENOS LIMONENO, CARVONA E EUCALIPTOL SOBRE A MIGRAÇÃO CELULARDaniele D. Affonso, Ana Lucia. T. G. Ruiz, Mary Ann Foglio
MENTHA AQUATICA ESSENTIAL OIL – INFLUENCE ON IN VITRO CELL MIGRATIONLucia E. O. Braga, Gisele G. da Silva, Ilza M. O. Souza, Mary Ann Foglio, Ana Lucia Tasca Gois Ruiz

FCF recebe pesquisadores estrangeiros para discutir farmacogenômica e epigenética

Imagem: National Human Genome / Research Institute

No mês de novembro, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas receberá os pesquisadores estrangeiros Susumu Kobayashi (Harvard Medical School e Beth Israel Deaconess Medical Center), Nicolás René Saavedra Cuevas e Kathleen Francinette Saavedra Peña (Universidad de La Frontera, Chile), que ministrarão aulas na disciplina Farmacogenômica e Epigenética (CF046 — Tópicos Especiais em Ciências Farmacêuticas, turma A, 1 crédito), sob responsabilidade da professora Patricia Moriel.

As aulas da disciplina acontecerão no Anfiteatro da Farmacologia, localizado no 3º piso do prédio FCM-10, entre o CAISM e o HC, nas seguintes datas e horários:

  • 26/10 [quarta] (9h às 12h) — aula introdutória com a professora Patricia Moriel
  • 1/11 [terça] (9h às 11h) e 4/11 [sexta] (9h às 13h) — aulas com o prof. Susumu Kobayashi
  • 11/11 [sexta] 18/11 [sexta] (9h às 11h) — aulas com os profs. Nicolás René Saavedra Cuevas e Kathleen Francinette Saavedra Peña

Matrícula

Os estudantes de pós-graduação poderão se matricular na disciplina até 6 de outubro ou incluir a disciplina no período de alteração de matrícula (11 a 13 de outubro).

O procedimento deve ser feito no e-DAC, menu “Matrícula” e “Alterar matrícula”.

Mais informações podem ser obtidas com a Secretaria de Pós-Graduação da FCF pelo e-mail seccpg@fcf.unicamp.br.

Pesquisa FAPESP: Clareador dental de cogumelo

Produto com menos efeitos adversos é desenvolvido em projeto interdisciplinar de universidades paulistas

Tiago Jokura, da Revista Pesquisa FAPESP | Foto: Pedro Amatuzzi / Inova Unicamp

Um tipo de cogumelo apreciado no Brasil e muito utilizado na culinária asiática poderá ser uma alternativa em um futuro próximo para um dos procedimentos odontológicos mais comuns no país, o clareamento dental. A novidade, criada por um grupo interdisciplinar de pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal de São Paulo (Unifesp), é uma substância feita a partir de um extrato à base de shimeji-preto capaz de remover manchas dos dentes. Segundo seus inventores, o produto desgasta menos o esmalte dentário e não apresenta o efeito colateral da hipersensibilidade, comum após a aplicação de clareadores convencionais disponíveis no mercado.

A fim de acelerar o desenvolvimento de um modelo comercial do novo clareador, a startup WeBee, spin-off da Unicamp, firmou com as duas universidades um contrato de licenciamento do pedido de patente da formulação, depositado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com recursos do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da FAPESP, a WeBee pretende testar o extrato em duas formulações: como gel – aplicado em moldes dentais – e enxaguatório bucal. “Tudo correndo bem, prevemos que a primeira versão comercial ficará pronta em cerca de 20 meses”, informa a biotecnologista Dayse Alexia, criadora da startup.

A empreendedora enumera as principais vantagens da invenção, formulada à base de água e do fungo. “Além da composição natural, o extrato provoca menos efeitos colaterais do que os clareadores tradicionais, que podem causar dor, hipersensibilidade, inflamação da gengiva, sensibilidade gástrica, alterações de pH e desmineralização da estrutura dentária.”

A odontologista Débora Alves Nunes Leite Lima, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), da Unicamp, explica que os clareamentos mais comuns, com peróxido de hidrogênio e carbamida, já são capazes de remover pigmentos sem comprometer a estrutura dental. Contudo, essas substâncias podem causar alterações microscópicas no esmalte, como a desmineralização dos dentes. “O agente clareador de shimeji também beneficia pacientes que apresentem alguma alergia ou sensibilidade a formulações convencionais”, afirma Lima, que integrou a equipe responsável pela inovação.

A nova aplicação estética em odontologia empregando fungos comestíveis coube a um time de pesquisadores de três unidades da Unicamp – a FOP, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e a Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) – e do Programa de Pós-graduação em Medicina Translacional da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Unifesp. Os inventores e a WeBee foram reconhecidos em maio pela Unicamp com o Prêmio Inventores, que tem como foco contratos de licenciamento de propriedade intelectual.

“A investigação se originou a partir da tese de Maria Cibelle Pauli, uma das minhas alunas no doutorado pela Unifesp”, conta a farmacêutica Gislaine Ricci Leonardi, atualmente professora de cosmetologia da FCF-Unicamp. Motivada pelo potencial da pesquisa de Pauli, focada em clareamento dental, Leonardi convidou o engenheiro de alimentos Juliano Lemos Bicas, do Departamento de Ciência de Alimentos e Nutrição da FEA-Unicamp, para participar do projeto.

“A professora Gislaine me procurou para investigarmos clareadores dentais feitos a partir de alimentos. Sugeri, então, estudarmos as enzimas oxirredutases, que já sabíamos que têm a propriedade de degradar pigmentos”, recorda-se Bicas. “A partir daí, testamos quatro tipos de cogumelos vendidos em supermercados: shitake, shimejis branco e preto, e cogumelo paris, todos eles ricos em enzimas oxirredutases. Desses, o que apresentou melhores resultados foi o shimeji-preto.”

Nos testes em laboratório, o extrato de shimeji se mostrou seguro tanto em aplicações in vitro como em partes de dentes bovinos – essa fase da pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Unicamp. A próxima etapa do desenvolvimento, em planejamento, prevê o teste das duas diferentes formulações (gel e enxaguatório) em humanos.

Durante os estudos, os pesquisadores tiveram uma surpresa quando procederam à esterilização da matéria-prima. Ao expor o cogumelo a altas temperaturas, a expectativa era de que o processo inibisse a ação das enzimas. “Em vez de inativar a propriedade clareadora, o aquecimento aumentou o potencial do extrato. Isso sugere que a ação de clareamento talvez não seja provocada exclusivamente ou diretamente pelas enzimas. Ainda não sabemos o porquê disso”, conta Bicas.

Uma desvantagem do extrato de shimeji é clarear cerca de 25% a menos do que os produtos convencionais. “Curiosamente, esse pode ser um aspecto positivo da formulação, já que muitas vezes a pessoa prefere uma aparência mais natural em vez daquele branco artificial nos dentes”, conta o engenheiro de alimentos da Unicamp.

Para a odontologista Amélia Mamede, diretora de Promoção da Saúde da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) que não participou da pesquisa, o produto, considerado por ela “conservador”, deve trazer benefícios aos usuários por ser uma tecnologia sustentável. “Esse tipo de estudo e desenvolvimento deve ser incentivado em todas as universidades para que haja mais tecnologias sustentáveis e apoiadas no tripé ambiental, econômico e social.”

A nova aplicação estética do shimeji-preto também pode resultar em ganhos para os produtores de fungo, normalmente pequenos empreendedores. Como o talo e outras parcelas descartáveis do fungo são tão eficazes no clareamento como as partes vendidas nos supermercados – principalmente o chapéu –, os produtores poderiam aumentar a renda e ao mesmo tempo diminuir o desperdício do cultivo. “Como não precisamos da parte comestível para fazer o clareador, nossa demanda não compete com o alimento”, destaca Bicas. “Em vez de descartar os talos, os pequenos produtores poderiam vendê-los, obtendo uma fonte de renda extra.”

Empreendedorismo
A criação de spin-offs como a WeBee já existe há décadas na Unicamp. Esse movimento, porém, intensificou-se recentemente em razão de mudanças regulatórias favoráveis aos micro e pequenos negócios, como a sanção do Projeto de Lei Complementar no 146/2019, conhecido como marco legal das startups e do empreendedorismo inovador, em 2021 (ver Pesquisa FAPESP no 305), e a aprovação da Política de Inovação da Unicamp, em 2019.

Ana Frattini, diretora-executiva da Agência de Inovação Inova, afirma que a meta da agência é estimular a criação de pelo menos duas spin-offs por ano e fazer o licenciamento de 20 novas tecnologias. De acordo com ela, o modelo adotado pela instituição estimula a transferência de conhecimento gerado na universidade por meio da criação de novos negócios baseados em ciência e tecnologia, com potencial de gerar impacto social, econômico e ambiental.

“Ao licenciar uma tecnologia da Unicamp, os empreendedores reduzem o tempo, o custo e o risco envolvidos no desenvolvimento de inovações”, comenta a executiva. “Esse modelo movimenta o conceito da tríplice hélice, no qual universidade, governo e empresas interagem para que a inovação aconteça e gere impactos positivos na sociedade.”

Projeto
Produto clareador dental à base de resíduo industrial do processamento de cogumelos (no21/04241-9); Modalidade Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe); Pesquisadora responsável Dayse Alexia de Carvalho de Brito (WeBee); Investimento R$197.967,96.

Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

Pós-Graduação da FCF oferece curso de estratégias para publicação de artigos científicos

Preciso Publicar Meu Paper — Estratégias para Publicar seu Trabalho Científico é o tema do curso que será ministrado por André Moreni Lopes, pesquisador visitante convidado da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas.

O objetivo do curso é estimular, proporcionar e capacitar o aluno de pós-graduação, a partir de problemas e situações reais, a redigir textos científicos — dissertações, teses, e, principalmente, de artigos científicos.

As aulas terão início em 11 de outubro de 2022, às 14 horas, e ocorrerão às terças e quintas-feiras, das 14h às 16h, até o dia 6 de dezembro.

Interessados podem se matricular de 4 a 6 de outubro

De 4 a 6 de outubro — período de matrícula em disciplinas da 2ª metade do 2º período letivo de 2022 da pós-graduação da Unicamp —, os interessados, desde que sejam estudantes regularmente matriculados em um curso de pós-graduação da Unicamp, poderão solicitar a matrícula na disciplina CF043 — Tópicos Especiais em Ciências Farmacêuticas I, turma A. O procedimento deve ser feito pelo e-DAC, link “Matrícula” e “Alterar matrícula”.

Processo Seletivo — Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas

Está publicado o Edital CPG/FCF 2/2022, referente ao processo seletivo para ingresso no primeiro semestre de 2023, com vagas para os cursos de Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas.

O período de inscrições será de 24 a 31 de outubro de 2022. O processo seletivo será realizado de 21 a 25 de novembro de 2022, em data e horário a serem divulgados na convocação dos candidatos.

As atividades dos candidatos aprovados para as vagas oferecidas nesse edital terão início em março de 2023.

FCF recebe o professor Mandip Sachdeva

No último dia 11 de julho, visitou a Universidade Estadual de Campinas o professor Mandip Singh Sachdeva, do College of Pharmacy & Pharmaceutical Sciences da Florida A&M University, em Tallahassee, onde coordena o Sachdeva Laboratory, cuja equipe de pesquisadores utiliza a nanotecnologia com foco no tratamento de doenças como o câncer de mama e o câncer de pulmão, além de ferimentos na córnea e obesidade.

Na ocasião, o prof. Sachdeva — que está no Brasil como professor visitante da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, com financiamento do Programa Fulbright — ministrou a palestra Cannabidiol loaded extracellular vesicles sensitize triple-negative breast cancer to doxorubicin in vivo (em português: “Vesículas extracelulares carregadas de canabidiol sensibilizam câncer de mama triplo negativo à doxorrubicina in vivo”), discutindo o emprego terapêutico de canabinóides (Δ9-THC e CBD) na regulação da proliferação, metástase, angiogênese e diferenciação de células cancerígenas. O estudo foi publicado em 2021 no International Journal of Pharmaceutics.

Também dialogou com docentes e estudantes de graduação e pós-graduação do curso de Farmácia e dos Programas de Ciências Farmacêuticas, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, de Biologia Funcional e Molecular, do Instituto de Biologia, e de Biologia Buco-Dental, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba.

O professor Mandip Sachdeva, da Florida A&M University, e o professor Paulo Rosa, da FCF/Unicamp (Foto: Prof. Marcelo Bispo de Jesus)