Da esquerda para a direita: Prof Dr. Marcelo Mori, do IB; Prof. Dr. Cláudio Coy, diretor da FCM; Prof. Petr Suchý, da Masaryk University;Prof. Martin Bareš, reitor da Masaryk University;Prof. Dr. Rafael de Brito Dias, assessor da DERI; Profª Drª Priscila Gava Mazzola, diretora associada da FCF; Prof. Dr. Guilherme Stecca Marcom, do IFGW; Prof. Dr. Fernando Hashimoto, diretor do IA
No último dia 27 de fevereiro, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, representada pela Professora Priscila Gava Mazzola, participou de reunião com o Dr. Martin Bareš, Reitor da University de Masaryk (Masarykova univerzita), e do Dr. Petr Suchý, Vice-Reitor para Internacionalização da mesma instituição.
Na oportunidade, em que foi assinado um acordo de cooperação entre a Unicamp e a universidade estrangeira, que mantém uma Faculdade de Farmácia, a diretora associada da FCF manifestou o interesse em futuras colaborações, por meio de intercâmbios estudantis e iniciativas de pesquisa.
A instituição, fundada em 1919, está sediada na cidade universitária de Brno, a segunda maior da Chéquia. A Universidade mantém o Museu Mendel, na abadia agostiniana onde Gregor Mendel, falecido em 1884, conduziu seus experimentos.
O Grupo Gestor de Benefícios Sociais — GGBS lançou campanha com o objetivo de arrecadar absorventes íntimos para meninas cis e meninos trans em situação de vulnerabilidade social, dando visibilidade ao tema da dignidade menstrual.
Um ponto de arrecadação está localizado na entrada do Setor 1 da FCF até o dia 29 de março de 2024.
As doações serão destinadas ao Centro de Referência e Apoio à Mulher de Campinas — CEAMO, da Prefeitura Municipal de Campinas, que há 21 anos presta acolhimento e atendimento humanizado às mulheres em situação de violência, proporcionando atendimento psicológico e social e orientação e encaminhamentos jurídico.
Atualização: A professora Gislaine Ricci Leonardi também foi ouvida pela Rádio Metropolitana de Mogi das Cruzes. Ouça a seguir:
A professora Gislaine Ricci Leonardi, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, foi ouvida pela Folha de S. Paulo a respeito do uso de repelentes. A entrevista, feita pela jornalista Patrícia Pasquini, foi publicada na edição de 8 de fevereiro de 2024.
Mesmo quem receber as doses da vacina Qdenga deve continuar com o uso de repelente. A orientação é de Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, e de Gislaine Ricci Leonardi, professora doutora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp. (…)
Leia abaixo as dicas dos especialistas ouvidos pela reportagem para fazer do repelente um aliado contra a doença.
Como escolher um bom repelente? Existem diferentes tipos de substâncias que são usadas hoje para repelir os insetos. Depende muito do que está escrito no rótulo do produto. Se você quer um efeito mais prolongado, algumas substâncias vão oferecer essa proteção mais longa.
“A minha sugestão é: sempre leia muito bem o rótulo do produto. Ele traz informações importantes. Os repelentes precisam ser usados conforme a descrição do rótulo. Uma outra sugestão é pedir auxílio para o farmacêutico na hora da compra. Ele pode te orientar”, afirma Leonardi.
Qualquer pessoa pode usar repelente? Ele é contraindicado para alguma faixa etária? Os repelentes devem sempre ser utilizados de acordo com as orientações de bula e, a priori, todos podem usar. As crianças costumam colocar as mãos na boca e nos olhos, regiões em que não se deve passar o produto. “A orientação é não aplicar nas mãos das crianças. Um adulto deve passar o repelente nas próprias mãos e depois espalhar no corpo da criança”, diz Araújo.
Qualquer repelente protege contra a picada do mosquito Aedes aegypti? Sim, desde que tenha registro da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A depender da concentração das substâncias presentes no produto o efeito será mais duradouro ou menos.
Alguns devem ser reaplicados após duas horas; outros têm duração de até seis horas. Por isso é importante ler o rótulo. Além das substâncias ativas sintéticas como a icaridina (Hydroxyethyl isobutyl piperidine carboxylate ou Picaridin), o DEET (N-dimetil-meta-toluamida ou N,N-dietil-3-metilbenzamida) e o IR3535 (Ethyl butylacetylaminopropionate ou EBAAP), há alguns agentes naturais como óleo de limão e eucalipto.
Os de tomada também protegem? Sim, desde que seja registrado na Anvisa. Consulte na embalagem o tempo que o repelente pode ficar ligado na tomada.
Como se proteger contra picadas à noite? Passar repelente e dormir é o ideal? “Eu não recomendo usar repelente à noite. Você deve usá-lo quando não tem jeito, quando vai para um ambiente que terá contato com insetos. Não podemos ficar todo dia, a noite inteira, em contato com esses produtos. É bom lembrarmos das outras maneiras de se proteger”, aconselha a professora.
Quem não sai de casa precisa passar repelente diariamente? Em casa as medidas de proteção são diferentes. Uso de telas e mosquiteiros sempre que possível, manter o ar-condicionado ligado, quando disponível, para baixar a temperatura e diminuir a atividade dos mosquitos, uso de inseticidas de parede, cuidar para não ter criadouros e, claro, pode-se adicionar as medidas de proteção individual —vestuário que proteja áreas expostas e repelentes de uso no corpo.
Repelentes caseiros protegem contra a dengue? Não há comprovação científica de que funcionam.
Perfume tira o efeito do repelente? Não é para tirar. É recomendável passar o repelente sempre por último. A orientação também vale para filtro, protetor solar e creme hidratante. O repelente deve ser passado no corpo 15 minutos após a aplicação desses produtos.
Precisa aplicar o repelente em todas as regiões do corpo, inclusive as cobertas por roupas? Não, somente nas áreas expostas.
O repelente precisa ser reaplicado quantas vezes ao longo do dia? Você deve seguir o tempo de duração que consta no rótulo. Há produtos que duram seis horas; outros, duas. Se entrar em contato com água precisa reaplicar de imediato. É o caso de banho de mar, piscina e até chuva, se for intensa.
Suor tira o repelente do corpo? Se for intenso, sim.
Há diferença de proteção entre repelentes spray e creme? Não. O importante é espalhar bem e evitar a inalação.
O Projeto de Extensão Raízes promoveu a 3ª Semana de Cuidado Farmacêutico — Secufa nos dias 5 e 6 de dezembro de 2023, das 8h30 às 13h30. Na oportunidade, os estudantes voluntários prestaram atendimentos gratuitos à população, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Unicamp e da Comissão de Extensão da FCF.
Os estandes foram montados em frente ao Hospital de Clínicas da Unicamp e para orientação e realização de exames rápidos para detecção de possíveis alterações de índices associados a doenças crônicas.
A coordenadoria geral foi de responsabilidade das estudantes de graduação em Farmácia Giovanna Bedin, Laura Hara, Laura Reydon e Leticia Abbade. Foram responsáveis pelos estandes os estudantes: Beatriz Possamai — recepção farmacêutica; Gustavo Barbosa — diabates; Ana Eloy — hipertensão; e Math Germano — anemia.
A primeira edição da Semana de Cuidado Farmacêutico — Secufa foi realizada em 2021, com participação de cerca de setenta estudantes da FCF, com mais de 800 atendimentos à população. A segunda edição, em 2022, manteve os estandes educativos relacionados à recepção farmacêutica, diabetes e hipertensão, realizando 600 atendimentos em dois dias, com 60 estudantes.
De acordo com a Resolução GR-033/2023, estão abertas inscrições para o processo de avaliação e seleção de bolsistas para o Programa de Pesquisador de Pós-Doutorado da Unicamp, para a Faculdade de Ciências Farmacêuticas. Serão selecionados 03 bolsistas em 2023, sendo 01 vaga destinada à ação afirmativa, e 02 bolsistas em 2024.
As inscrições para o Edital 01/2023 e Edital 02/2023 estarão abertas de 04/10/2023 a 01/11/2023. Já as inscrições para o Edital 03/2023 serão realizadas em abril/2024.
As informações completas podem ser acessadas nos Editais abaixo:
A Solenidade de Premiação aos vencedores dos Prêmios Institucionais de 2023 acontecerá no Centro de Convenções da Unicamp no dia 1º de dezembro de 2023, às 9 horas.
Na ocasião, o Prof. Dr. João Ernesto de Carvalho, ex-diretor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, receberá o Prêmio de Reconhecimento Acadêmico “Zeferino Vaz” e o Prêmio ProEC de Extensão Universitária.
A Drª Marta Cristina Teixeira Duarte, do CPQBA, professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, será agraciada com o Prêmio de Reconhecimento Acadêmico para Pesquisadores da Carreira de Pesquisador.
Em 2022, a Profª Drª Laura de Oliveira Nascimento recebeu o Reconhecimento Docente pela Dedicação ao Ensino de Graduação e a Profª Drª Gislaine Ricci Leonardi recebeu o Prêmio ProEC de Extensão Universitária.
No segundo semestre de 2023, 26 estudantes apresentam o trabalho de conclusão de curso de graduação em Farmácia, para obtenção do título de farmacêutica e farmacêutico:
Pesquisadores e professores da FCF e do CPQBA, credenciados no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, receberam o Prêmio Inventores 2023 da Agência de Inovação da Unicamp, na categoria Propriedade Intelectual Licenciada. A reportagem foi publicada pela Inova.
Texto: Caroline Roxo | Foto: Pedro Amatuzzi – Inova Unicamp
Em um mundo cada vez mais preocupado com a resistência bacteriana e seus riscos para a segurança alimentar do ser humano, pesquisadores do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas da Universidade Estadual de Campinas (CPQBA Unicamp) avançaram em direção a uma solução mais sustentável. Eles desenvolveram uma tecnologia que combina dois óleos essenciais capazes de controlar o crescimento de uma bactéria que acomete os suínos, substituindo o uso excessivo de antibióticos na ração dos animais.
A invenção com potencial inovador reduz a necessidade de antibióticos artificiais e diminui significativamente o risco de surgimento de bactérias super-resistentes. A tecnologia foi licenciada para a empresa Terpenia Bioinsumos, com o apoio da Agência de Inovação Inova Unicamp, a fim de oferecer uma alternativa eficaz e natural para o combate às infecções bacterianas no mercado agropecuário.
SUSTENTABILIDADE E INOVAÇÃO EM PÓ
A pesquisa responsável pela patente foi liderada por Marta Cristina Teixeira Duarte, pesquisadora da Divisão de Microbiologia do CPQBA, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da empresa Ourofino Saúde Animal. Com o objetivo de desenvolver alternativas naturais para a prevenção e tratamento de bacterioses na cadeia alimentar, a pesquisadora realizou testes in vitro com óleos essenciais isoladamente e descobriu que a combinação de capim-limão e palmarosa era capaz de conter a bactéria Escherichia coli enterotoxigênica (ETEC), que é comumente infecciosa em suínos, mas também para o homem.
“A ação promissora desses dois óleos essenciais levou à criação de uma combinação que pode substituir o uso de antibióticos profiláticos em animais na pecuária. A tecnologia consiste em adicionar essa combinação de óleos essenciais à ração dos suínos, conferindo um efeito antimicrobiano. Os resultados da pesquisa mostraram que esses óleos essenciais são tão eficazes quanto os antibióticos sintéticos, proporcionando uma solução natural para a saúde dos animais e, consequentemente, para nosso próprio consumo”, explica Duarte.
Para possibilitar a inclusão deste produto natural na ração dos suínos, os óleos essenciais passam por um processo de microencapsulação, realizado pelo pesquisador Rodney Alexandre Ferreira Rodrigues, do CPQBA da Unicamp. Esse processo, conhecido como Spray-Drying (Secagem por atomização), transforma os óleos em um pó para ser adicionado diretamente à ração como um aditivo. Além de tornar o produto menos volátil, a microencapsulação mascara características que podem dificultar a ingestão, como o forte aroma.
DA UNICAMP PARA O MERCADO NA SUBSTITUIÇÃO DE ANTIBIÓTICOS
A tecnologia para uso na ração de suínos incluída no Portfólio de Tecnologias da Unicamp está licenciada, com a intermediação da Inova Unicamp, para a empresa Terpenia Bioinsumos. A empresa é uma spin-off acadêmica da Unicamp e já licenciou outras duas tecnologias também do CPQBA.
O sócio-fundador da empresa, Miguel Peres, comemora o fato de a tecnologia ser de fácil produção. Ele conta que a empresa já desenvolveu todo o ciclo do insumo, desde a interação com fornecedores de matéria-prima até a encapsulação do produto, com a tecnologia Spray-Drying, sendo possível ser utilizada para a produção em larga escala.
“Atualmente, a empresa encontra-se na fase de desenvolvimento de mercado para essa tecnologia, com o objetivo de conquistar clientes, com enfoque na indústria de ração ou diretamente nos produtores finais interessados em testar o produto. O objetivo é viabilizar a produção em escala e expandir a utilização dessa tecnologia promissora no setor”, expõe Peres.
O segundo desafio da empresa para viabilizar a produção e comercialização do produto é a regulamentação pelos órgãos competentes. Wolney Longhini, sócio e responsável pela área de Pesquisa e Desenvolvimento da Terpenia, conta que, mesmo o produto sendo natural e provindo de plantas já conhecidas, o processo de regulamentação da tecnologia segue os mesmos procedimentos que os produtos quimiossintéticos, “o processo de aprovação é tão burocrático quanto, desconsiderando assim as vantagens que os bioprodutos possuem quanto aos impactos ambientais causados”, finaliza Longhini.
PRÊMIO INVENTORES 2023
INVENTORES PREMIADOS NESTE LICENCIAMENTO:
Marta Cristina Teixeira Duarte, Mary Ann Foglio, Ana Lucia Tasca Góis Ruiz, João Ernesto De Carvalho, Glyn Mara Figueira, Rodney Alexandre Ferreira Rodrigues e Dolivar Coraucci Neto foram premiados na categoria Propriedade Intelectual Licenciada no Prêmio Inventores 2023.
PROGRAMAÇÃO DE HOMENAGENS
Esta reportagem integra a série de matérias elaboradas pela Inova Unicamp a respeito de algumas das tecnologias da Unicamp licenciadas. Você pode acessar esses conteúdos tanto através do site da Inovaquanto em formato de ebook na Revista Prêmio Inventores,
Os Congressos de Iniciação Científica da Unicamp, realizados anualmente, têm como objetivo divulgar os resultados dos projetos de Iniciação Científica e Tecnológica realizados por alunos de graduação na universidade, contribuindo para o desenvolvimento de competências necessárias à pesquisa acadêmica e promovendo a oportunidade de interação entre pesquisadores de todos os níveis e áreas.
Em 2023, a trigésima primeira edição do Congresso de Iniciação Científica da Unicamp terá a participação de trinta graduandos e graduandas em Farmácia e um egresso do curso, orientados por docentes da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, da Faculdade de Ciências Médicas, do Instituto de Biologia e do Instituto de Química.
Também participarão do Congresso, entre mais de 1,46 mil inscritos, duas graduandas em Farmácia na PUC-Campinas que realizam a iniciação científica na FCF.
As sessões de pôsteres acontecerão no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp das 15h30 às 17h30.
Doutorandos estão convidados a participar do Congresso da condição de avaliadores.
Confira mais um vídeo da série “Minha Pesquisa”, produzido pela equipe da Assessoria de Comunicação da FCF.
Neste mês, o convidado é o recém-titulado Dr. Luidy Issayama, pelo Programa de Pós Graduação em Ciências Farmacêuticas, para nos contar um pouco sobre a sua pesquisa, em que investigou o papel da proteína NEK1 envolvida na esclerose lateral amiotrófica.
Luidy foi orientado pelo Prof. Dr. Jörg Kobarg, pesquisador responsável no Laboratório de Mecanismos de Sinalização.