‘Descontrole’ em moléculas indica se paciente com dengue pode desenvolver forma hemorrágica, diz estudo

Pesquisa indica alterações no organismo de quem apresenta forma mais grave da doença. Especialista diz que análise tem capacidade de chegar ao SUS.

 

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e do Instituto de Biologia da Unicamp descobriram como identificar se um paciente infectado com o vírus da dengue pode desenvolver a forma hemorrágica, considerada a mais grave e que pode levar à morte. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, também vetor do vírus da zika e da chikungunya.

O estudo constatou que pacientes diagnosticados com dengue hemorrágica apresentam um descontrole em três moléculas chamadas de fosfatidilcolinas. Ao todo, foram analisados plasmas de 20 pessoas infectadas e que estavam em diferentes estágios da doença.

"Essas moléculas estão vindo da multiplicação do vírus dentro do organismo, e a gente vê que quando tem essas moléculas presentes no plasma, no sangue do paciente, isso é um forte indício de que vai acontecer ou está acontecendo a hemorragia", explica o pesquisador Diogo de Oliveira.

Por enquanto, o único teste disponível para se detectar a possibilidade da dengue na forma mais grave é o "manguito" – quando o braço recebe pressão para se verificar existência de pontos vermelhos – e não há um exame clínico. "Fazendo o teste do manguito não quer dizer que eu vou ter o diagnóstico final de uma dengue hemorrágica. Pelo contrário, eu posso de novo ter clinicamente recomendado que esse paciente volte para casa com um antitérmico", disse o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp Rodrigo Catharino.

 

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