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Palestra aberta à Comunidade “Inhalation Biopharmaceutics: Progress towards comprehending the fate of inhaled medicines”

No próximo dia 12/02 – Terça Feira, durante sua visita à Faculdade de Ciências Farmacêuticas, o Prof. Dr. Carsten Ehrhard (School of Pharmacy and Pharmaceutical Sciences, Trinity College Dublin) ministrará palestra com o tema: “Inhalation Biopharmaceutics: Progress towards comprehending the fate of inhaled medicines”

A palestra será aberta à comunidade e conta com VAGAS LIMITADAS.

Data: 12/02/2019
Horário: 10h30
Local: Auditório 2 da Faculdade de Ciências Farmacêuticas

 

Para se Inscrever CLIQUE AQUI!

 

Curso de Farmácia da Unicamp é 5 estrelas no Guia do Estudante 2018

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O curso de Farmácia da Unicamp recebeu cinco estrelas na 28ª edição da avaliação de cursos do Guia do Estudante.

 

O QUE É A AVALIAÇÃO

É uma pesquisa de opinião feita, basicamente, com professores e coordenadores de curso. Eles emitem conceitos que permitem classificar os cursos em bons (três estrelas), muito bons (quatro estrelas) e excelentes (cinco estrelas).

O PASSO A PASSO DA PESQUISA

Realizada anualmente, a avaliação desenrola-se no decorrer de oito meses. São cinco etapas básicas:

1. Atualização dos dados das Instituições

2. Definição dos Cursos que serão avaliados

3. Preenchimento do formulário

4. Pesquisa de Opinião com os Pareceristas

5. Da nota à estrela

 

 Parabenizamos todos os profissionais que tornam esse feito possível!

#Educação #Farmácia #CincoEstrelas

 

Para saber mais sobre o como a avalização é realizada siga o link:

https://guiadoestudante.abril.com.br/universidades/entenda-a-avaliacao-de-cursos-2017-do-guia-do-estudante/

 

 

 

 

 

 

 

‘Descontrole’ em moléculas indica se paciente com dengue pode desenvolver forma hemorrágica, diz estudo

Pesquisa indica alterações no organismo de quem apresenta forma mais grave da doença. Especialista diz que análise tem capacidade de chegar ao SUS.

 

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e do Instituto de Biologia da Unicamp descobriram como identificar se um paciente infectado com o vírus da dengue pode desenvolver a forma hemorrágica, considerada a mais grave e que pode levar à morte. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, também vetor do vírus da zika e da chikungunya.

O estudo constatou que pacientes diagnosticados com dengue hemorrágica apresentam um descontrole em três moléculas chamadas de fosfatidilcolinas. Ao todo, foram analisados plasmas de 20 pessoas infectadas e que estavam em diferentes estágios da doença.

"Essas moléculas estão vindo da multiplicação do vírus dentro do organismo, e a gente vê que quando tem essas moléculas presentes no plasma, no sangue do paciente, isso é um forte indício de que vai acontecer ou está acontecendo a hemorragia", explica o pesquisador Diogo de Oliveira.

Por enquanto, o único teste disponível para se detectar a possibilidade da dengue na forma mais grave é o "manguito" – quando o braço recebe pressão para se verificar existência de pontos vermelhos – e não há um exame clínico. "Fazendo o teste do manguito não quer dizer que eu vou ter o diagnóstico final de uma dengue hemorrágica. Pelo contrário, eu posso de novo ter clinicamente recomendado que esse paciente volte para casa com um antitérmico", disse o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp Rodrigo Catharino.

 

Para ler a matéria original siga o link: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2018/11/28/unicamp-descontrole-em-moleculas-indica-se-paciente-com-dengue-pode-desenvolver-forma-hemorragica-diz-estudo.ghtml
 

 

 

 

 

 

Pesquisa detecta e quantifica toxinas presentes na uva e no vinho

Matéria original do Jornal da Unicamp – Siga o link: http://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2018/11/27/pesquisa-detecta-e-quantifica-toxinas-presentes-na-uva-e-no-vinho

 

Estudo visa contribuir para a segurança e a qualidade dos frutos e de seus derivados

 

Os efeitos benéficos à saúde do consumo de uvas e vinhos têm sido atribuídos às propriedades antioxidantes, anti-inflamatórias, antibactericidas e preventivas de doenças cardiovasculares dos seus compostos fenólicos. Entretanto, alguns microrganismos presentes nas uvas, além de afetarem a saúde das videiras e provocarem sua deterioração, podem produzir compostos tóxicos à saúde humana, denominados micotoxinas. Dentre elas, a ocratoxina A (OTA) é a principal micotoxina que pode estar presente em uvas e vinhos. A OTA é produzida principalmente pelos fungos das espécies Aspergillus niger e Aspergillus carbonarius.

A contaminação das uvas por estas espécies pode ocorrer desde o início da maturação das uvas e intensifica-se próximo à colheita, devido ao aumento da umidade relativa, da temperatura do vinhedo e em decorrência de alterações físico-químicas, como amaciamento da baga, acúmulo de açúcares e redução da acidez. É possível que além da produção da OTA (micotoxina mãe) ocorra também a formação de micotoxinas modificadas ainda no vinhedo, resultantes do próprio mecanismo de defesa da planta..

Na literatura não são encontrados estudos que relacionam a produção de OTA e micotoxinas modificadas por espécies fúngicas comumente encontradas nas uvas. Além disso, pouco se conhece sobre a influência do ponto de maturação e da variedade das uvas na formação de micotoxinas modificadas. Constatam-se também limitações no que concerne à degradação da OTA e a formação de micotoxinas modificadas ao longo da vinificação. Essa quantificação é importante porque é possível que, após suas ingestões, enzimas e componentes da microbiota de seres humanos possam atuar sobre as micotoxinas modificadas liberando a OTA e aumentando a exposição do indivíduo a este composto tóxico. Entretanto, faltam estudos nesta área para comprovar tal reconversão.  Além disto, fazem-se necessários estudos de toxicidade destas micotoxinas modificadas para avaliar seus riscos potenciais à saúde.

A importância deste conhecimento ressalta quando se sabe que a OTA, por ser um metabólito estável, não é degrada ao longo do processo de vinificação, chegando ao produto final, vinhos e sucos. Ao ser ingerida ela pode acumular-se no sistema circulatório, no fígado, nos rins e em tecidos adiposos e musculares e provocar efeitos imunossupressores, teratogênicos, neurotóxicos, genotóxicos, mutagênicos e carcinogênicos ao longo do tempo.

Em vista disso, é muito importante caracterizar em quais condições os fungos que contaminam as uvas produzem as formas modificadas de OTA. Também é vital quantificar estas formas modificadas, pois a partir destes dados podem derivar estudos de avaliação de exposição e o estabelecimento de controles ao longo do processo. Estes dados e conhecimentos têm potencial para impactar diretamente os controles de processamento de suco de uva e vinho, assim como de ações regulatórias, em nível de legislação. Estas demandas determinaram o projeto encabeçado pela engenheira de alimentos Luísa Freire que, orientada pelo professor Anderson S. Sant’Ana, do Departamento de Ciência de Alimentos, da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp, e coorientada pelo professor Rodrigo Ramos Catharino, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp, se propôs a  estudar a variabilidade de formação, estabilidade ao longo dos processamentos e efeitos à saúde de  micotoxinas modificadas em uvas e vinhos.

Scarpa

A pesquisadora Luísa Freire, autora da tese: resultados podem fornecer subsídios para melhorias nas legislações

 

Para tanto, os pesquisadores delinearam o projeto com base em três objetivos: 1) determinar a variabilidade de multiplicação de Aspergillus carbonarius e de Aspergilllus niger e a produção de OTA e ocratoxinas modificadas por estes fungos; 2) determinar a variabilidade de formação e degradação de OTA e ocratoxinas modificadas da colheita ao produto final, no caso o vinho; e 3) avaliar a ação do metabolismo dos ratos sobre micotoxinas modificadas. Para a engenheira de alimentos Luísa Freire, os resultados decorrentes do projeto em andamento – que já renderam publicações em dois periódicos de alto impacto, a Scientific Reports e o Journal of Agricultural Food Chemistry –, possuem potencial para fornecer subsídios significativos para melhorias nas legislações sobre a ocorrência de fungos e micotoxinas em alimentos e proteger a saúde pública.

Os dois artigos examinam a possibilidade de formação de micotoxinas modificadas e ainda não detectáveis pelos fungos e pelo mecanismo de defesa das uvas. Além disso, no artigo de revisão “Modified mycotoxins: An updated review on their formation, detection, occurrence, and toxic effects”, publicado na revista Food and Chemical Toxicology, os autores detalham os aspectos de detecção, ocorrência e efeitos tóxicos das micotoxinas modificadas que se conhecem até o momento.

Para Luísa, “é de fundamental importância que as avaliações de riscos, cujo objetivo final é proteger a saúde pública evitando o consumo de sucos de uva e vinhos contaminados com OTA, abranjam um maior número de espécies de fungos, diferentes variedades de uva e possibilite determinar a presença de diferentes formas de micotoxinas, com vistas a auxiliar a adoção de boas práticas agrícolas e de produção a fim de minimizar os riscos de contaminação e produção de micotoxinas, especialmente nos estádios finais de maturação, garantindo assim a segurança e a qualidade das uvas e de seus derivados”.


Critérios

O trabalho começa na uva e se desenvolve até o produto final, o vinho, pois desde o campo pode ocorrer a contaminação da uva pelos fungos. A partir dessa contaminação por fungos produtores de micotoxinas, a ocratoxina A pode ser produzida e não é mais passível de eliminação ao longo do processo. Nas etapas de separação da casca, fermentação e filtração do vinho observa-se uma redução da micotoxina, mas uma expressiva quantidade da OTA permanece no produto final, já que estas moléculas são extremamente resistentes a processos físicos e químicos.

Uma grande limitação atual no que concerne ao controle de qualidade e segurança das micotoxinas é a de que a legislação menciona apenas o controle da OTA e ainda não considera as formas modificadas das micotoxinas. Isto se deve, em parte, à falta de conhecimento sobre as reais condições de formação destes compostos, que dependem do alimento e do seu processamento, e quais os seus efeitos toxicológicos potenciais. A exemplo da União Europeia, a Anvisa estabelece o limite máximo de duas microgramas de ocratoxina A por quilo no vinho. No entanto, os métodos convencionais para determiná-la não se prestam à detecção das formas modificadas de OTA, que então passam despercebidas. Assim, é importante determinar se estas formas modificadas estão presentes porque, como já se disse, nos processos metabólicos do organismo é possível que ocorra a liberação novamente da toxina mãe.

Além do que, ao longo do processamento dos vinhos, tal reconversão também pode ocorrer devido à ação de leveduras utilizadas na etapa de fermentação.  Em vista disso, a OTA estará sendo subnotificada e, com sua reconversão, o consumidor poderá absorver mais OTA do que o tolerável. Além disso, outra grande implicação reside no fato de algumas formas modificadas poderem apresentar efeitos toxicológicos similares ou superiores da micotoxina mãe. De fato, estes efeitos deletérios superiores já foram demonstrados para outra micotoxina.

Até o momento, o trabalho desenvolvido pela pesquisadora evidencia que a OTA pode ser modificada em duas situações distintas. A primeira, na planta em decorrência do desencadeamento do seu mecanismo de defesa ou por ação do próprio fungo. A segunda, em decorrência de processos fermentativos. “Esses processos já são estudados para as micotoxinas em geral, mas no que se sabe, somos o primeiro grupo que tem como foco especificamente o vinho em relação à formação de micotoxinas modificadas”, esclarece a pesquisadora.


Etapas

Em decorrência do roteiro estabelecido, a pesquisadora trabalhou inicialmente em meio de cultura à base de uva com fungos produtores de ocratoxina A, com vistas a verificar se a partir dela se formavam compostos modificados. E efetivamente detectou-se, além da ocratoxina A, a presença de uma micotoxina derivada, a Etilamida-Ocratoxina A. Ela propôs então uma rota metabólica que explicaria a possível ação do fungo na transformação da ocratoxina A na nova substância.

A formação de micotoxina modificada leva à subnotificação dos níveis totais de micotoxinas presentes, já que estas não são detectadas pelos métodos tradicionais. A autora alerta: “A detecção de micotoxinas modificadas constitui um desafio já que estes compostos podem contribuir para a toxidade global associada ao alimento e tem sido negligenciada pelas legislações. Em decorrência, estimativas de risco imprecisas poderão levar a medidas de gestão de risco não efetivas para proteção da saúde pública. Daí nosso objetivo de determinar a variabilidade de multiplicação e produção de OTA em uvas viníferas e investigar a formação de micotoxinas modificadas.” Deste trabalho resultou o artigo “A quantitative study on growth variability and production of ochratoxin A and its derivatives by A. carbonarius and A. niger in grape-based medium”, publicado na Scientific Reports.

A segunda etapa do trabalho teve como objetivo avaliar a influência do estágio de maturação de diferentes variedades de uvas na formação de OTA e micotoxinas modificadas. Além da OTA foram detectados dois derivados da ocratoxina A, a 14-decarboxi-ocratoxina A e a Etilamida-Ocratoxina A. Esta última micotoxina já havia sido identificada na primeira fase do trabalho, podendo ter sido produzida em decorrência do sistema de defesa do fruto ou por ação do próprio fungo. A metodologia utilizada e os resultados alcançados deram origem ao artigo “Influence of maturation stages in different varieties of wine grapes (Vitis vinífera) on the production of Ochratoxin A and  its modified forms by Aspergillus carbonarius and Aspergillus niger”, publicado no Journal of Agricultural and Food Chemistry.

Na terceira fase do projeto, em andamento, está sendo realizada a vinificação com vistas a investigar no vinho a presença da OTA e suas possíveis formas modificadas. Para tanto, estão sendo desenvolvidos paralelamente métodos específicos de análises qualitativas e quantitativas. No estágio atual do estudo, é possível apenas identificar os compostos modificados, mas não quantifica-los. Na sequência os vinhos produzidos serão administrados a ratos para que se possa entender como e se estas micotoxinas são modificadas pelo metabolismo animal.

 

Os artigos

https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0278691517306889

https://www.nature.com/articles/s41598-018-32907-z#Bib1

https://pubs.acs.org/doi/10.1021/acs.jafc.8b02251

 

Trabalho de aluna do Programa de Ciências Médicas é premiado na Reunião Anual da Associação Americana de Ciências Farmacêuticas (AAPS): PharmSci 360

Entre os dias 4 e 7 de novembro deste ano aconteceu em Washington DC, EUA um dos maiores Congressos da área Farmacêutica Mundial. A reunião anual da Associação Americana de Ciências Farmacêuticas (AAPS): PharmSci 360. O evento teve mais de 8000 participantes. O grupo de pesquisa da Profa. Patricia Moriel, professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas – Unicamp e dos programas de pós-graduação Ciências Médicas, Farmacologia e Ciências Farmacêuticas apresentou neste 4 trabalhos, sendo um na forma oral. Foram apresentados 1195 trabalhos no total no Congresso. O trabalho apresentado pela doutoranda Farmacêutica Ms. Maria Aparecida Cursino do programa de Ciências Médicas foi premiado como melhor trabalho apresentado neste Congresso.
Para mais informações sobre o evento acesse: https://www.aaps.org/pharmsci/annual-meeting

 

 

CIATox alerta sobre nova droga consumida em festas e que pode levar à morte

A nova droga, de acordo com o Professor José Luiz da Costa, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, possui efeitos semelhantes ao da cocaína. 

 

Foto: Mário Moreira

 

Um homem de 32 anos desmaiou após consumo de álcool e drogas sintéticas vendidas em uma festa rave. Ele recebeu os primeiros socorros, mas morreu na ambulância a caminho do hospital, na cidade de Aracaju, SE. Uma mulher de 26 anos foi encontrada inconsciente em seu apartamento. Na noite anterior, ela foi a uma festa rave e usou comprimidos de ecstasy e maconha. Um homem de 35 anos consumiu álcool e outras drogas em sua própria casa, por dois dias consecutivos. Ele foi encontrado inconsciente, com depressão neurológica. O paciente recebeu alta 35 dias depois, em estado vegetativo com danos neurológicos.

De acordo com o Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas (CIATox) onde foram feitos os exames toxicológicos, esses pacientes apresentaram, em comum, a presença da N-etilpentilona, também conhecida como N-etilnorpentilona ou efilona.

 “A N-etilpentilona é uma droga sintética popular ainda com pouca informação sobre sua toxicologia e farmacologia. Os efeitos são semelhantes ao da cocaína, com sintomas que podem incluir palpitações, taquicardia, hipertensão, agitação, comportamento agressivo, convulsões, alucinações, coma e morte”, revela o toxicologista e professor da Unicamp José Luiz da Costa.

Os relatos destes e de outros casos de intoxicação feitos pela equipe do CIATox foram aceitos para publicação na revista Drug Testing and Analysis. Leia o artigo. Todos os seis indivíduos descritos no artigo eram suspeitos de exposição a drogas de abuso e tinham sintomas de intoxicação aguda por drogas. As amostras de sangue dos pacientes foram submetidas à triagem toxicológica padrão por cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massa. A concentração de álcool no sangue foi determinada por cromatografia gasosa com detecção por ionização de chama.

“Desenvolvemos e validamos um método analítico para a quantificação de N-etilpentilona em amostras de sangue e urina para diagnóstico das intoxicações e descrevemos os sintomas clínicos de cada caso. Descobrimos que as concentrações de N-etilpentilona no sangue humano variaram de 7 a 170 ng/mL”, explica Costa.

Ainda de acordo com o artigo, quatro dos seis casos descritos participaram de festas rave em que ingeriram comprimidos de ecstasy, outras drogas de abuso e álcool. De acordo com Costa, evidências recentes sugerem que as pílulas de ecstasy podem conter N-etilpentilona, isoladamente ou em combinação com o MDMA, princípio ativo comumente presente no ecstasy.

“Usuários de drogas recreativas devem estar cientes de que os efeitos da N-etilpentilona podem não imitar alguns efeitos do ecstasy e apresentar um risco substancial, uma vez que esse composto tem efeitos mais potentes e podem induzir a complicações cardiovasculares e neurológicas e levar a consequências médicas fatais”, alerta Costa.

Os telefones de contato do CIATox são: (19) 3521-7555, 3521-6700, 3521-7373.

 

fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2018/10/16/ciatox-alerta-sobre-nova-droga-consumida-em-festas-e-que-pode-levar-morte

Como funcionam os anti-inflamatórios?

Entenda para que serve, os medicamentos mais indicados e quais os riscos dos anti-inflamatórios

Publicado originalmente no portal Minha Vida, por Beatriz Caetano

Você também é daquelas pessoas que quando bate aquela dorzinha de cabeça ou está com febre já recorre aos anti-inflamatórios? Esse é um hábito comum entre muitas pessoas, já que essa classe medicamentosa contribui para o tratamento de diversas inflamações. Embora os anti-inflamatórios sejam vendidos livremente no Brasil, ou seja, sem prescrição médica, é importante ressaltar que, como qualquer outro medicamento, é necessário ser usar com cautela.

Antes de entender o que são os anti-inflamatórios, precisamos dar uma passo para trás e entender o que é uma inflamação. De acordo com a endocrinologista e metabologista Andressa Heimbecher, a inflamação é muito mais do que um corte ou região dolorida. Na verdade, a inflamação é um processo de defesa do organismo que também pode ocorrer de forma difusa e crônica.

O que são os anti-inflamatórios?

Segundo Patricia Moriel, professora do curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas, os medicamentos anti-inflamatórios são capazes de impedir ou amenizar uma reação de inflamação.

“A reação de inflamação geralmente acontece como uma resposta do nosso sistema imunológico a alguma infecção ou lesão nos tecidos do organismo. Os principais sintomas de uma inflamação são calor, rubor e dor”, diz Patricia Moriel.

Além disso, Levi Jales, reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo aponta que o mecanismo de ação dos anti-inflamatórios é a inibição das prostaglandinas, reduzindo a vasodilatação e o edema da região inflamada.

Tipos de anti-inflamatórios

Existem três classes de anti-inflamatórios: não hormonais (AINEs), hormonais (corticoides) e fármacos anti-reumatoide.

“Os AINEs são os fármacos mais usados atualmente: encontram-se mais de 50 tipos diferentes disponíveis no mercado global”, comenta Patricia Moriel.

O mecanismo de ação dos AINEs é a inibição de uma enzima chamada ciclooxigenase (COX), que possui duas formas diferentes, denominadas COX-1 e COX-2. Essas enzimas têm funções específicas no nosso organismo, atuando, por exemplo, como mediadoras de inflamação e influenciadoras na agregação plaquetária.

Apesar de alguns medicamentos AINEs serem vendidos sem receita médica, como a Aspirina e Ibuprofeno, isso não significa que devam ser usados sem parcimônia.

“No caso de inflamações, o paciente não deve hesitar em procurar ajuda médica. Mas, se for à drogaria e decidir comprar algo para aliviar uma dor momentânea, como paracetamol ou dipirona, é fundamental pedir orientação de uso ao farmacêutico. Doses exageradas podem causar intoxicações e ter efeitos adversos caso a pessoa já tome outros medicamentos ou esteja grávida, por exemplo”, afirma a professora.

Corticoides, como conhecemos, são uma classe de medicamentos de ação anti-inflamatória e imunossupressora – ou seja, usada para suprimir os mecanismos de defesa do corpo. “Apesar disso, os corticoides provocam diversas alterações metabólicas, como variações de açúcar no sangue, hipertensão e perda de potássio. Então, seu uso é indicado apenas para condições clínicas específicas e sempre sob supervisão médica”, completa.

Para que servem os anti-inflamatórios?

Os anti-inflamatórios possuem também efeito antitérmico e analgésico, contribuindo para uma melhora das dores em geral. As principais indicações são:

  • Dor de cabeça
  • Dor nas costas
  • Cólicas
  • Dor de dente
  • Febre
  • Artrite
  • Dor pós-operatória e pós-traumática
  • Gripe e resfriado.

Riscos do uso indiscriminado dos anti-inflamatórios

O reumatologista indica que as principais complicações causadas pelo uso inadequado dos anti-inflamatórios são:

  • Gastrite
  • Úlcera gástrica
  • Esofagite
  • Insuficiência renal
  • Sangramento digestivo
  • Aumento de pressão arterial
  • Doença hepática
  • Cardiopatias
  • Alergia

Efeitos colaterais dos anti-inflamatórios

Os anti-inflamatórios podem causar efeitos adversos – tudo depende do medicamento – por isso é importante que o uso seja acompanhado pelo médico. Os efeitos colaterais mais frequentes são:

  • Alergia cutânea
  • Desconforto gástrico
  • Diarreia
  • Tontura
  • Zumbido
  • Sonolência
  • Piora da função renal
  • Aumento da pressão arterial

Medicamentos anti-inflamatórios

Veja abaixo algumas medicamentos anti-inflamatórios:

  • Ibuprofeno
  • Toragesic
  • Nimesulida
  • Bi-profenid
  • Infralax
  • Flancox
  • Prednisona
  • Fosfato sódico de prednisolona
  • Predsim
  • Maxsulid
  • Meloxicam
  • Cimelide
  • Cetoprofeno

Diferença entre anti-inflamatórios, antibióticos e analgésicos

De acordo com o reumatologista, os antibióticos são uma classe de medicamentos que destroem bactérias, usado para tratar infecções. Já os analgésicos apenas reduzem a dor. Enquanto isso, os anti-inflamatórios atenuam o edema tecidual, podendo ser usados também para reduzir febres e dores secundárias da inflamação.

Alimentos anti-inflamatórios

Diversos alimentos contribuem para o tratamento da inflamação de forma natural, veja abaixo:

  • Goji Berry
  • Figo
  • Manjericão
  • Gengibre
  • Salmão
  • Linhaça

Trabalho de aluna da FCF é eleito como o melhor apresentado na Escola de Inverno em Assistência Farmacêutica e Farmácia Clínica

Trabalho da aluna Larissa Brito Bastos, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas – UNICAMP foi eleito como o melhor trabalho no evento promovido pela FCF e USP, em Ribeirão Preto – SP.

 

 

Trabalho científico da aluna de graduação de Farmácia da FCF/UNICAMP Larissa Brito Bastos intitulado "Relação dos polimorfismos no gene ABCB1 com as toxicidades induzidas por cisplatina em pacientes com câncer de cabeça e pescoço", foi agraciado como o melhor trabalho apresentado na Escola de Inverno em Assistência Farmacêutica e Farmácia Clínica, promovido pela FCF/USP/RP, entre 23 a 28 de julho de 2018 em Ribeirão Preto. A aluna tem bolsa CNPq/PIBIC. O trabalho faz parte do projeto de pesquisa de sua orientadora Profa. Associada Patricia Moriel, também da FCF/UNICAMP e tem suporte financeiro da FAPESP.

Este trabalho tem como colaboradores os pós-graduandos Júlia C.F. Quintanilha, Maria Aparecida Cursino, Marília Berlofa Visacri, Camila O. Vaz (FCM/UNICAMP); a aluna de IC Nadine G Torso (FCF/UNICAMP), a Profa. Dra. Carmen S. P. Lima da FCM/UNICAMP e os Professores Dr. Mario H. Hirata e Profa. Dra. Rosário D.R.C. Hirata, ambos da USP – SP.

Intoxicação de crianças por medicamentos preocupa

Em 2017, Ciatox atendeu 1.822 casos – as crianças foram as principais vítimas

 

Os remédios devem ficar em um local que possa ser trancado: em 2017, Ciatox atendeu 1.822 casos - as crianças foram as principais vítimas

Todos os dias, cerca de 37 crianças e adolescentes, com idades de zero a 19 anos, sofrem com os efeitos da intoxicação pela exposição inadequada a medicamentos no Brasil. Essa é a principal conclusão de um levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que revelou o impacto negativo do problema para a saúde dos mais jovens.
De acordo com o Sistema Nacional de Informações Toxico-farmacológicas (Sinitox), cerca de 245 mil casos de intoxicação atingiram crianças nessa faixa etária nos últimos 18 anos. Desse total, 240 morreram em consequência da ocorrência, o que representa uma média de mais de uma morte por mês.
Em Campinas, um levantamento do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (Ciatox) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revelou que a intoxicação pelo consumo de remédios correspondeu a 33,62% dos casos do Instituto, mais que o dobro, por exemplo, dos atendimentos por picadas de animais peçonhentos e consumo de produtos químicos.
O estudo foi feito com base nos 5.420 atendimentos realizados no Ciatox, ao longo do ano de 2017. Desse total, 1.822 foram voltados somente a ingestão de remédios – as principais vítimas foram as crianças.
 
Ignorância
 
A professora Patricia Moriel, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, explica que a intoxicação medicamentosa ocorre quando determinado fármaco é utilizado em doses acima daquelas que foram prescritas. Ela afirma que crianças menores de cinco anos, por serem muito curiosas, são as principais vítimas, enquanto os pais são os grandes responsáveis pela exposição indevida dos remédios.
Em muitos casos, a intoxicação ocorre porque a droga foi colocada em um local de fácil acesso. “O ideal é colocá-lo em um lugar que não seja úmido, nem quente, e que possa ser trancado. A altura, nesse caso é relativa, porque uma criança pode puxar uma cadeira, subir e pegar o remédio se ela quiser”, explicou.
Outro ponto citado pela especialista é a ignorância de alguns pais. Segundo ela, muitos deles não tem o mínimo de conhecimento médico, mas, mesmo assim, acabam medicando seus filhos com remédios que possuem uma intensidade alta. “Nos já atendemos casos de crianças que chegaram intoxicadas ao hospital porque o pai ficou dando o remédio, de hora em hora, afirmando que a febre da sua filha não abaixava. Quando questionado pelos médicos, ele disse que ela estava com 35 graus. Ou seja, ela não estava com febre”, frisou.
Além de não serem cuidadosos, Moriel destaca ainda que muitos pais evitam discutir o tema com seus filhos, optando por não explicar o que é um medicamento e para o quê ele serve. “Aquela história da mãe chegar e falar para o filho: ‘Toma isso aqui. Ele é docinho’ é complicadíssimo, porque toda vez que a criança quiser comer qualquer doce, ela vai procurar por esse medicamento (em casa)” , disse.
Questionada sobre qual seria a melhor forma de orientar os jovens, Moriel disse que os pais não devem enganar as crianças e sim explicar que quando uma pessoa toma um determinado medicamento está procurando um tipo de ajudar para curar uma doença.
“Certa vez, eu estava dando aula para farmacêuticos e uma das alunas comentou comigo que o filho dela tomou um frasco inteiro de paracetamol porque a droga tinha um sabor gostoso”, contou.
A docente frisou ainda que as instituições de ensino deveriam ter um papel mais atuante dentro das salas de aulas. “Os fármacos, querendo ou não, fazem parte da matéria de biologia, mas sequer são citados ou discutidos nas escolas. Isso deveria ser feito desde cedo, com o objetivo de mostrar para as crianças: o que é um medicamento e para o quê eles servem”, pontuou.
Questionada sobre o que fazer quando uma criança toma uma medicação sem necessidade, a professora Patricia Moriel informou que o melhor a se fazer é ligar imediatamente para o Ciatox em busca de uma avaliação médica. Ela ressaltou ainda que os pais devem evitar conselhos de terceiros ou buscar por informações na internet. “Sempre tem aquela pessoa que aconselha a fazer o filho vomitar e tudo mais. Não façam isso sem antes procurar o Ciatox. Uma ação dessas pode ser ainda mais prejudicial”, explica a especialista.
 

Fonte: http://correio.rac.com.br/_conteudo/2018/08/campinas_e_rmc/581644-intoxicacao-de-criancas-por-medicamentos-preocupa.html#

Pesquisa da FCF sobre a relação de mulheres com os anticoncepcionais.

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp recrutam voluntários para participarem de uma pesquisa online com o objetivo estudar a relação das mulheres com os anticoncepcionais orais. Com os resultados dessa pesquisa será possível propor ações para solucionar possíveis problemas na administração dessa terapia.

A participação se dará através do preenchimento de um questionário com perguntas simples a respeito da sua rotina com o seu método contraceptivo escolhido. O projeto foi aprovado pelo comitê de ética da Unicamp e todos as respostas são anônimas.

Link para o formulário: https://goo.gl/BK1efF

 

Contato:

Em caso de dúvidas sobre a pesquisa, você poderá entrar em contato com os pesquisadores Priscila Gava Mazzola, R. Cândido Portinari, 200 – Cidade Universitária, Campinas – SP, 13083-871; telefone (19) 3521-8884; e-mail: pmazzola@fcf.unicamp.br
Em caso de denúncias ou reclamações sobre sua participação e sobre questões éticas do estudo, você poderá entrar em contato com a secretaria do Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) da UNICAMP das 08:30hs às 11:30hs e das 13:00hs as 17:00hs na Rua: Tessália Vieira de Camargo, 126; CEP 13083-887 Campinas – SP; telefone (19) 3521-8936 ou (19) 3521-7187; e-mail:cep@fcm.unicamp.br.