Data da
Apresentação |
Aluno | Orientador | Título | Link |
16/11 – 14hs | Elizabeth Cristina Souza Silva | Daniel Fabio Kawano | Eficácia e segurança de drogas antirreumáticas modificadoras de doença (DMARDs) no tratamento da artrite reumatoide: Uma revisão da literatura. | meet.google.com/cyo-uqwi-kvb |
17/11 – 8h30 | Isadora Marques Brait Garros | Gislaine Ricci Leonardi | Avaliação do impacto do Instagram como ferramenta de Ensino e Extensão para a Universidade | meet.google.com/mnx-erky-qqi |
17/11 – 9hs | Gabriel Amoroso de Castro | Daniel Martins de Souza | Reposicionamento de fármacos para esquizofrenia utilizando medicina de redes | meet.google.com/pdp-fbbd-zwo |
18/11 – 9hs | Luiz Phellipe Pozzuto Borelli | Priscila Gava Mazzola | Incorporação e liberação de ativo em membrana de nanocelulose bacteriana para tratamento de infecções tópicas | meet.google.com/xaz-hqna-dza |
18/11 – 9hs | Julia Migliani Lellis | Gislaine Ricci Leonardi | EFICÁCIA DE ATIVOS EM DESODORANTES BRASILEIROS SEM INGREDIENTES ANTIPERSPIRANTES: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA | meet.google.com/gxi-mrtf-zsj |
19/11 – 10hs | Ítalo Caetano Canevari Da Silva | Wanda Pereira Almeida | Estudos in silico de sulfonamidas lipofílicas como potenciais inibidores da agregação da α-sinucleína | meet.google.com/hdd-vnnk-tac |
19/11 – 14hs | Beatriz Jacyntho Siqueira | Marcelo Lancellotti | Revisão sobre infecções causadas por Rickettsia rickettsii em humanos – Uma verificação de técnicas diagnósticas e epidemiológicas | meet.google.com/pdk-nbqj-jic |
19/11 – 14hs | Júlia Cândida Pinto | Mary Ann Foglio | Potencial do uso de Plantas Medicinais no tratamento de Candidíase | meet.google.com/tyv-fset-whi |
22/11 – 9hs | Mayra Caroline Cunha Câmara | André Moreni Lopes | Estudo do efeito de diferentes parâmetros envolvidos na obtenção de polimerossomos via método de hidratação de filme polimérico fino | meet.google.com/szw-beay-jet |
22/11 – 14hs | Caroline Nunes Ferreira | Gislaine Ricci Leonardi | Óleo de oliva ozonizado: características, estabilidade e eficácia em diferentes texturas e concentrações para uso cosmético | meet.google.com/eqn-psdy-gtj |
22/11 – 14hs | Larissa Brito Bastos | Fernanda Loureiro de Andrade Orsi | “Evolução da terapêutica farmacológica para os casos graves de COVID-19 e seu impacto nos desfechos clínicos dos pacientes durante a primeira onda da epidemia em Campinas, SP”. | meet.google.com/iva-xqrj-acn |
22/11 – 16hs | Mariana Real Bispo Medeiros | Patricia Moriel | ASSOCIAÇÃO ENTRE POLIMORFISMOS GENÉTICOS NA ENZIMA DIHIDROPIRIMIDINA DESIDROGENASE E A OCORRÊNCIA DE REAÇÕES ADVERSAS EM PACIENTES EM USO
DO ANTINEOPLÁSICO ORAL CAPECITABINA |
meet.google.com/rwa-kvbo-yrc |
24/11 – 9hs | Isabela Bruno Allegretti | Andre Almeida Schenka | Efeitos do sistema 4-sulfocalix[6]areno sobre marcadores de células-tronco neoplásicas em três linhagens de carcinoma mamário humano. | meet.google.com/gii-tcpe-tyz |
24/11 – 9h30 | Mariana Mazzo Quintanilha | Pedro Paulo Corbi | SÍNTESE, CARACTERIZAÇÃO E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E ANTIPROLIFERATIVA DE UM COMPOSTO INÉDITO DE Pt (II) COM S-ALIL-L-CISTEÍNA | meet.google.com/vir-qfdg-obp |
24/11 – 11hs | Kauê De Oliveira Chinaglia | José Luiz da Costa | Desenvolvimento de método analítico para determinação de metilfenidato, etilfenidato e ácido ritalínico em amostras de fluido oral empregando cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas | meet.google.com/seu-qapu-cop |
26/11 – 9hs | Isabella Caroline de Azevedo | Karina Cogo Müller | COVID-19 e o uso de antibióticos no manejo da doença e de infecções pulmonares secundárias: evidências científicas e impactos na saúde | meet.google.com/xyv-vhhg-jha |
26/11 – 15hs | Isabela Monteiro Saturno | Wanda Pereira Almeida | O IMPACTO DAS FAKE NEWS NO USO INDEVIDO DE MEDICAMENTOS | meet.google.com/icc-kavc-udb |
29/11 – 8hs | Anna Elisa Goebel | Fernanda Viviane Mariano Brum Corrêa | Estudo histológico comparativo de neoplasias cutâneas de pacientes transplantados (imunossuprimidos) e imunocompetentes. | meet.google.com/upy-gkbs-uhe |
29/11 – 10hs | Giulia Santos Benutto | Fernanda Viviane Mariano Brum Corrêa | Estudo morfológico comparativo do infiltrado inflamatório intratumoral do Adenoma Pleomorfo e do carcinoma ex Adenoma Pleomorfo | meet.google.com/kjz-pjpg-eyd |
TCC 2º semestre de 2021
FCF está no AD Scientific Index
Recentemente, foi divulgado o ranking latino americano de desempenho científico, em que constam diversos docentes da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da UNICAMP, sendo reconhecidos como destaques entre seus pares nas comparações por país, região e Universidade.
O AD Scientific Index (Alper-Doger Scientific Index), ao contrário de outros sistemas que fornecem avaliações de periódicos e universidades, é um sistema de classificação e análise baseado no desempenho científico e no valor agregado da produtividade científica de cientistas individuais. Além disso, fornece classificações de instituições com base nas características científicas dos cientistas afiliados.
Esse novo índice foi desenvolvido pelo Prof. Dr. Murat ALPER (MD) e pelo Prof. Associado Dr. Cihan DÖĞER (MD) com base nos valores totais e dos últimos 5 anos do índice i10, índice h e pontuações de citação em Google Scholar.
Usando um total de nove parâmetros, o “AD Scientific Index” mostra a classificação de um cientista individual por 12 assuntos (Agricultura e Silvicultura, Artes, Design e Arquitetura, Negócios e Gestão, Economia e Econometria, Educação, Engenharia e Tecnologia, História, Filosofia, Teologia, Direito / Direito e Estudos Jurídicos, Ciências Médicas e da Saúde, Ciências Naturais, Ciências Sociais e outros), 256 filiais, 13.542 instituições, 206 países, 11 regiões (África, Ásia, Europa, América do Norte, América Latina, Oceania , Arab Leageu, EECA, BRICS, USAN e COMESA) e no mundo.
Acesse o ranking completo em:
Processo Seletivo dos bolsistas do Programa de Incentivo em Toxicologia 2022.
DATAS IMPORTANTES:
1. INSCRIÇÕES: Serão efetivadas após o preenchimento das informações do formulário contido no link https://www.google.com/url?q=https://www.fcm.unicamp.br/eventos/evento/397&source=gmail&ust=1631977599950000&usg=AFQjCNHSgvScsoYWcD6P6yYkUkKt8cHcJQ”>https://www.fcm.unicamp.br/eventos/evento/397. As inscrições terão início em 01/09/2021 e encerrando às 23h59 de 24/09/2021.
§1º: Pré-requisitos:
• Ser aluno regularmente matriculado na FCM/UNICAMP, e já ter cursado ou estar cursando a disciplina MD643 (Semiotécnica e Propedêutica).
• Ser aluno regularmente matriculado na FENF/UNICAMP, e já ter cursado ou estar cursando a disciplina EN504 (Processo de Cuidar do Adulto e Idoso).
• Ser aluno regularmente matriculado na FCF/UNICAMP, e já ter cursado ou estar cursando as disciplinas FR608 e FR609 (Farmacologia Básica I e II), e a disciplina FR041 (Tópicos Especiais em Ciências Farmacêuticas III – estágio em toxicologia no CIATox).
• Ter acessado todas as aulas remotas do Curso Toxicologia e Toxinologia Clínica CIATox 2021.
PARA OS BOLSISTAS DO 2º E 3º ANO (E2 e E3)
§1º: Pré-requisitos:
• Para os E2: ter sido bolsista E1 do CIATox de Campinas no ano de 2021.
• Para os E3: ter sido bolsista E2 do CIATox de Campinas no ano de 2021.
• Não ter recebido nenhuma advertência por escrito durante o estágio.
FCF participa da UPA 2021.
A edição deste ano do programa Unicamp de Portas Abertas, UPA 2021, tem início nesta terça-feira (20). A programação conta com painéis em que serão discutidos grandes temas que passam pela atuação da Universidade, como inovação e empreendedorismo; produção científica e tecnológica durante a pandemia; e formas de garantir um futuro mais sustentável e com respeito aos direitos humanos. Haverá ainda atividades e bate-papos com professores e alunos dos cursos de graduação da Unicamp, além de vídeos que permitem um tour pelos campi e apresentam a infraestrutura e serviços disponíveis aos universitários. Para quem pensa em prestar o vestibular da Unicamp, a Comvest realiza lives e bate-papos sobre as modalidades de ingresso na universidade, organização das provas e políticas de inclusão e permanência voltadas aos estudantes.
Pesquisa FAPESP: Em silêncio, a sífilis avança

Doença foi a que mais cresceu entre as infecções sexualmente transmissíveis de 2010 a 2019, propagada pelo comportamento sexual desprotegido
Carlos Fioravanti, da Revista Pesquisa FAPESP
Em 2013, antes de passar a se dedicar exclusivamente a atividades acadêmicas, a ginecologista Angélica Miranda, da Universidade Federal do Espírito Santo, recebeu em seu consultório uma mulher intrigada com as manchas vermelhas na pele que outros quatro médicos não haviam conseguido diagnosticar de modo satisfatório. “Era uma mulher jovem, com parceiro único, que não se achava em risco para infecções sexualmente transmissíveis”, conta a médica.
Confirmado por exames de sangue, o diagnóstico indicou sífilis, doença causada pela bactéria Treponema pallidum e transmitida por contágio sexual. O marido da paciente negou qualquer responsabilidade, no início, mas depois contou que, semanas antes, em uma viagem de trabalho, saiu para uma noitada com colegas, bebeu demais, teve uma relação sexual sem preservativo e se infectou. O casal recebeu injeções de penicilina e a infecção desapareceu em poucos dias.
Alimentada pelo desconhecimento de profissionais da saúde e pela dificuldade na interpretação do diagnóstico, a doença reemergiu com força e se tornou a infecção sexualmente transmissível (IST) que mais se expandiu na última década. De acordo com o Boletim do Ministério da Saúde (MS) de outubro de 2020 (ver gráficos), o número de casos registrados da chamada sífilis adquirida (transmitida por meio do contato sexual) passou de 3.925 em 2010 para 152.915 em 2019, principalmente na faixa de idade entre 20 e 39 anos. O das outras duas formas também aumentou – em gestantes (uma das formas de sífilis adquirida, tratada separadamente), passou de 10.070 para 61.127 e a congênita transmitida da mulher para o feto), de 2.313 para 6.354 nesses 10 anos.
A sífilis congênita é de notificação obrigatória desde 1986 e a de gestantes desde 2005. A adquirida, porém, apenas desde 2010. Nesse caso, “é esperado um aumento à medida que mais serviços, cidades e estados passem a implementar a nova notificação”, comenta o epidemiologista Ivan França Júnior, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP). “A sífilis adquirida pode ser uma endemia [doença restrita a um lugar ou região] ignorada que pode parecer uma epidemia [doença com número de casos acima do esperado em mais de um lugar], pois começou a ser notificada há relativamente pouco tempo.”
O número de casos de sífilis congênita cresce também em razão de falhas no acompanhamento das mães infectadas. “As gestantes que tiveram sífilis durante o pré-natal não retornam aos postos de saúde para fazer o acompanhamento dos bebês”, diz Miranda. De acordo com um estudo de que participou, publicado em maio deste ano na Revista de Saúde Pública, a infecção aumenta em duas vezes o risco de nascimentos prematuros, que poderiam ser evitados com mais consultas médicas durante a gestação. As conclusões se baseiam na análise de 478 casos de sífilis congênita tratados em 10 maternidades públicas de Fortaleza, no estado do Ceará.
“Nunca foi simples diagnosticar e controlar a sífilis”, diz a médica epidemiologista Maria Amélia Veras, da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCM-SC-SP). “Os testes estão sujeitos a diferentes interpretações e o seguimento dos pacientes é difícil.” Outro problema, segundo ela, é que raramente se consegue tratar também os parceiros das mulheres, o que aumenta o risco de reinfecção.
Veras coordenou uma avaliação da sífilis entre 1.280 travestis e mulheres trans em cinco capitais brasileiras, com apoio da Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e do MS. Os resultados preliminares indicaram que cerca de 60% das participantes do estudo tinham anticorpos contra T. pallidum e, nesse grupo, 40% apresentavam sinais da infecção causada pela bactéria no momento da entrevista. A infecção se expressa por meio de feridas indolores no pênis, no ânus ou na vulva e manchas na pele, na sola dos pés. Quando a doença progride, podem surgir danos nos olhos, nos ouvidos ou no cérebro.
Descaso com o uso do preservativo
O número de casos registrados de IST, vistas em conjunto, aumentou 64,9% na faixa etária de 15 a 19 anos e 74,8% na de 20 a 24 anos, de 2009 a 2019, de acordo com o MS. Para a médica epidemiologista Gerusa Maria Figueiredo, da Faculdade de Medicina da USP (FM-USP), esse aumento reflete, de um lado, um aprimoramento do sistema de vigilância epidemiológica na detecção de casos e, de outro, o descaso com o uso do preservativo.
“As pessoas assumem ou desprezam o risco de contrair uma IST”, diz Figueiredo. Reiterando essa conclusão, em um estudo de 2020 da Sociedade Brasileira de Urologia com 478 participantes (78% homens e 22% mulheres, de 22 estados brasileiros), 80% dos entrevistados afirmaram conhecer as ISTs, mas não se consideravam em risco, aventado por apenas 11%.
“Muitos jovens se sentem isentos do risco porque têm um parceiro ou parceira de cada vez, por 30 ou 40 dias. O problema é que podem ter 10 parceiros no ano, o que aumenta muito o risco de contraírem ISTs”, observa a farmacêutica Taís Freire Galvão, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (FCF-Unicamp) e uma das editoras da edição especial da revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, publicada em março com 18 artigos apoiados na versão mais recente do Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis.
Publicado em abril de 2020 pelo MS, o protocolo detalha as formas de prevenção, diagnóstico e tratamento de 12 doenças sexualmente transmissíveis, causadas por bactérias ou vírus. No primeiro grupo estão, entre outras, a Neisseria gonorrhoeae, responsável pela gonorreia, sinalizada pela dificuldade de urinar e coceira nos olhos (se infectados, recém-nascidos podem até mesmo perder a visão), e a Chlamydia trachomatis, que desencadeia o linfogranuloma venéreo, expresso por feridas grandes e dolorosas na região genital, em geral combatidas por meio de antibióticos. No segundo estão os vírus causadores da Aids e do herpes genital, além da febre zika (o vírus da zika tem transmissão também por via sexual e, nesse caso, é possível evitar com uso de preservativo). Três infecções virais podem ser combatidas por meio de vacinas: as hepatites A e B e a causada pelo papilomavírus humano (HPV).
Doenças se somam
Uma infecção pode abrir caminho para outra. “Quem tem úlcera anogenital causada pela bactéria Haemophilus ducreyi pode ter corrimento uretral por Chlamydia ou gonorreia”, diz Miranda, desde junho de 2019 coordenadora-geral de Vigilância de IST do MS. Segundo ela, quem contrai uma IST tem 40% de risco de coinfecção por outro patógeno.
“A queda na imunidade e o comportamento de risco favorecem a coinfecção”, observa Galvão. Essa situação ajuda a explicar o surto de hepatite A na cidade de São Paulo em 2017, com 786 casos confirmados, dos quais 41% se declararam homens que fazem sexo com homens (HSH), de acordo com a Coordenadoria de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal Saúde de São Paulo (Covisa/SMS/SP). No ano anterior, o sistema de saúde da capital havia registrado 64 casos de hepatite A.
Para amenizar a propagação das ISTs, Galvão defende uma educação sexual “aberta, clara e sem estigmas”. “Algumas escolas agora estão recomendando a abstinência aos meninos e meninas”, diz ela. “Mas não funciona, porque a natureza humana negligencia os riscos e ninguém acha que vai pegar uma infecção por meio de relações sexuais desprotegidas.”
Em 2017, a pedido de um centro de saúde do bairro de Santa Genebra, em Campinas, estudantes do curso de farmácia da Unicamp visitaram uma escola estadual próxima à universidade para falar sobre prevenção de IST. Antes, colocaram uma urna na escola e pediram que os alunos escrevessem suas dúvidas e as deixassem ali. Uma das perguntas que os pesquisadores encontraram: “Pode-se engravidar fazendo sexo anal?”.
Em outro estudo da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) com 170 meninos e 87 meninas de 12 estados brasileiros, 24% dos entrevistados afirmaram não conversar com ninguém sobre sexo, o que sugere ainda grande desconhecimento sobre as ISTs.
Os 40 anos da Aids
Na edição de 5 de junho de 1981, ao relatar cinco casos de homens homossexuais, com idade entre 29 e 36 anos, que haviam contraído uma forma de pneumonia até então encontrada apenas em pessoas com o sistema imune debilitado, o boletim Morbidity and Mortality Weekly Report, dos Centros de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos, marcava o início do reconhecimento de uma nova enfermidade, a síndrome de imunodeficiência adquirida (Aids). Desde então, a pandemia de HIV/Aids causou a morte de pelo menos 34,7 milhões de pessoas, com 1,5 milhão delas infectadas em 2020, de acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids), e está longe de terminar.
A Aids emergiu entre os gays e depois atingiu os heterossexuais, por meio da transmissão sexual, vertical (da gestante para o feto) e por transfusão de sangue. Muito temida, inicialmente causava a morte em poucas semanas após o diagnóstico. A descoberta do AZT (zidovudina) e outros medicamentos antivirais prolongou a sobrevida das pessoas com HIV/Aids. Nesta última década se acrescentou a Profilaxia pré-exposição sexual (PrEP), uma pílula de uso diário que evita a infecção pelo vírus da Aids, que deixou de ser fatal, embora o estigma continue.
Quatro décadas depois, persistem algumas barreiras para enfrentar o problema. “A descriminalização e o empoderamento das profissionais do sexo de todos os gêneros são eficazes para a prevenção do HIV”, comentou o epidemiologista Chris Beyrer, da Universidade Johns Hopkins, Estados Unidos, em um artigo publicado na revista médica britânica The Lancet em 5 de junho. “E ainda há muitos lugares onde é difícil ou impossível para homens que fazem sexo com homens e pessoas trans terem acesso aos serviços de HIV com segurança e dignidade.”
No Brasil, o primeiro caso foi registrado em 1980, em São Paulo, mas a classificação como sendo Aids ocorreu dois anos mais tarde. A incidência continua crescente: de acordo com o Boletim Epidemiológico – Aids, do Ministério da Saúde, de dezembro de 2020, o número de casos notificados passou de 9.274 em 2009 para 41.919 em 2019.
“A situação do Brasil é heterogênea”, avalia a médica epidemiologista Gerusa Maria Figueiredo, da FM-USP. “De 2009 a de 2019, o número de casos caiu nas regiões Sul e Sudeste, mas se manteve estável ou mesmo aumentou nas outras.” Até agora, ela lembrou, o MS certificou a eliminação vertical (da gestante para o feto) do HIV apenas para três cidades: Curitiba e Umuarama, ambas no Paraná, e São Paulo.
Em 2018, além dos tratamentos com medicamentos antivirais, o sistema público de saúde começou a distribuir a PrEP. Mas o conhecimento dos potenciais usuários sobre essa forma de prevenção ainda é baixo, de acordo com um estudo da USP de Ribeirão Preto publicado em janeiro na BMC Public Health. As conclusões se apoiaram em entrevistas com 397 pessoas com HIV que se tratavam em cinco centros de saúde do município de Ribeirão Preto.
“A PrEP funciona, mas a cobertura populacional ainda é baixa”, diz a médica epidemiologista Maria Amélia Veras, da FCM-SC-SP. “Homens brancos homossexuais com maior nível socioeconômico têm mais acesso a esse tratamento que os grupos mais vulneráveis de gays, HSH, travestis e trans.” Estudos recentes de sua equipe e de outras, como a da Universidade Federal do Ceará, indicaram que 25% da população de gays e outros HSH na cidade de São Paulo e 18% no país estão infectadas pelo HIV. Entre travestis e mulheres transexuais, a prevalência é de 38% na cidade de São Paulo e 30% no Brasil.
Artigos científicos
Boletim Sífilis 2020. Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde Número Especial. out. 2020.
ARAÚJO, M. A. L. et al. Fatores associados à prematuridade em casos notificados de sífilis congênita. Revista de Saúde Pública. v. 55, n. 28, p. 1-10. 17 mai. 2021.
Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis (IST). Departamento de Doenças de Condições Crônicas e Infecções Sexualmente Transmissíveis. Brasília: Ministério da Saúde, 2020.
GALVÃO, T. F. et al. Atenção integral às pessoas com infecções sexualmente transmissíveis. Epidemiologia e Serviços de Saúde. v. 30, supl. esp., p. 1-2. 15 mar. 2021.
Pneumocystis pneumonia—Los Angeles. MMWR Morbidity and Mortality Weekly Report. v. 30, n. 21, p. 250-2. 5 jun. 1981.
Boletim Epidemiológico – Aids. Ministério da Saúde. dez. 2020.
BEYER, C. A pandemic anniversary: 40 years of HIV/Aids. Lancet. v. 397, n. 10290, p. 2142-3. 5 jun. 2021.
SOUSA. L. R. M. et al. Knowledge of PEP and PrEP among people living with HIV/Aids in Brazil. ¨C39C. v. 21, n. 64, p. 1-9. 7 jan. 2021.
Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.
TCC do 1º Semestre de 2021
Data | Horário | Nome do Aluno | Orientador | Título do Trabalho | Link |
07/06/2021 | 09:00 | Júlia Martinelli Magalhães Kahl | Prof. Dr. José Luiz da Costa | Quantification of amphetamine and derivates in oral fluid by dispersive liquid-liquid microextraction and liquid chromatography-tandem mass spectrometry | meet.google.com/nyz-ethi-dei |
07/06/2021 | 16:00 | Leonardo Costalonga Rodrigues | Prof. Dr. José Luiz da Costa | Green analytical toxicology (GAT) – use of liquid-liquid dispersive microextraction (DLLME) to the analysis of 11-nor-Δ9-tetrahydrocannabinol-carboxylic acid (THC-COOH ) in urine samples | meet.google.com/cfh-mvuo-qgj |
09/06/2021 | 09:30 | João Vítor Souza de Mattos | Pro. Dr. Paulo Cesar Pires Rosa | Estabilidade de Medicamentos Cefaclor Suspensão e Comprimidos | meet.google.com/ntg-akeu-jny |
10/06/2021 | 10:00 | Isabela Iugas Correia | Prof. Dr. Rodrigo Ramos Catharino | FITOCOSMÉTICOS: PERCEPÇÕES DO CONSUMIDOR | meet.google.com/yjq-uvqo-vha |
11/06/2021 | 10:00 | Giulia Sartori Bruniéri | Profª Drª Taís Freire Galvão | Potential drug interactions in adults living in Manaus: a comparison of two databases | meet.google.com/tgy-fjpo-joz |
11/06/2021 | 10:00 | Ana Cláudia Beneton Galeriani | Profª Drª Wanda Pereira Almeida | Medicamentos investigados e reposicionados na COVID-19 | meet.google.com/dwm-gran-opn |
11/06/2021 | 14:00 | Pedro Henrique Gibim Fracaro | Profª Drª Wanda Pereira Almeida | O efeito de Acil-Hidrazonas sobre marcadores da Doença de Alzheimer: uma abordagem computacional | meet.google.com/npc-domf-byn |
14/06/2021 | 14:00 | Juliana Marques de Oliveira | Profª Drª Patricia Moriel | MICRORNAS COMO POSSÍVEIS BIOMARCADORES DE NEFROTOXICIDADE INDUZIDA PELA CISPLATINA EM PACIENTES COM CÂNCER DE CABEÇA E PESCOÇO | meet.google.com/qth-vujo-zjf |
14/06/2021 | 14:00 | Carolina Esquezaro Lopes | Prof. Dr. Daniel Fábio Kawano | Compostos bioativos com potencial terapêutico no tratamento experimental de depressão e ansiedade: uma revisão da literatura | meet.google.com/cnf-wfnr-sss |
14/06/2021 | 16:00 | Beatriz Andrade Moysés | Prof. Dr. João Ernesto de Carvalho | Levantamento etnofarmacológico de Plantas Medicinais utilizadas entre alunos do Programa UniversIDADE e possíveis relações com sua ancestralidade. | meet.google.com/juh-njbx-zqv |
15/06/2021 | 08:00 | Laura Oliveira Nascimento de Araujo | Profª Drª Carmen Veríssima Ferreira Halder | "Aumento da resposta de células de câncer colorretal ao quimioterápico Vemurafenib através da sensibilização com 3-Bromopiruvato". | meet.google.com/jgp-bjsv-aoi |
15/06/2021 | 09:00 | Raquel Soares Cardoso | Prof. Dr. Daniel Fábio Kawano | Lipídeos com potencial terapêutico: propriedades, limitações e perspectivas | meet.google.com/uqj-vihd-gmc |
15/06/2021 | 15:00 | Bárbara Bortolozzo Ribeiro | Profª Drª Cristina Elisa Alvarez Martinez | Distribuição do sistema de secreção de proteínas do tipo VI em isolados hospitalares e ambientais da bactéria Stenotrophomonas maltophilia | meet.google.com/iiw-owmr-rjp |
16/06/2021 | 14:00 | Henry Kim Young Lin | Prof. Dr. João Ernesto de Carvalho | Reincorporação do extrato aquoso proveniente do preparo de cogumelos cozidos em conserva para a cadeia de consumo – Potencial nutracêutico | meet.google.com/qhe-bbqw-bmd |
17/06/2021 | 13:00 | Isabela Ribeiro Possebom | Prof. Dr. José Luiz Proença Módena | Utilização do software CellProfiler para análises de imagem de triagens de compostos para doenças infecciosas: Aplicações em Doença de Chagas e Covid- 19" | meet.google.com/dwp-bvyc-avb |
O Professor Dr. José Luiz Costa, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, atuará como assessor da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura.

PROJETO INSPEQT: Investigação de novas substâncias psicoativas em Química e Toxicologia Forense
Projeto da FCF é selecionado entre melhores trabalhos de toda a Universidade e recebe “Prêmio Inova UNICAMP de Iniciação à Inovação”
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A Agência de Inovação da UNICAMP (INOVA) promoveu em 09/12/2020 o “Prêmio Inova UNICAMP de Iniciação à Inovação”, com o objetivo de valorizar alunos e docentes da Universidade que desenvolveram pesquisas com potencial de geração de produtos para a sociedade. Foram mais de 470 trabalhos submetidos na área de Biológicas oriundos de diversos grupos de pesquisa de toda a Universidade. Dentre eles, o projeto do recente grupo de pesquisa liderado pelo Pesquisador Colaborador da FCF/UNICAMP, Dr. André Lopes (JP/FAPESP), foi selecionado entre os 9 melhores projetos, sendo o vencedor na área de Biológicas. O trabalho científico premiado é fruto de um interessante projeto de pesquisa de iniciação científica financiado pela FAPESP (processo #2019/08549-8), desenvolvido por Mayra Câmara, aluna do 8º semestre do Curso de Farmácia. O trabalho da Mayra, premiado pelo INOVA, intitulado: "Encapsulação de fármacos hidrofílicos e hidrofóbicos em nanoestruturas do tipo polimerossomos", tem aplicação na terapia do câncer e vem sendo desenvolvido no Laboratório de Farmacotécnica e Cuidado à Saúde (LaFaTeCS) da nossa Faculdade.
Parabéns Mayra! Você é orgulho para a nossa Faculdade e semente próspera da Ciência brasileira.
O curso de Farmácia da FCF é o melhor do estado de São Paulo
O curso de Farmácia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp é o melhor do estado de SP de acordo com o INEP, pois alcançou o conceito 5 no Exame Nacional de Desempenho (ENADE). Dentre as 431 Instituições Brasileiras cujos alunos prestaram o exame, apenas 28 cursos obtiveram o conceito 5.
Na Região Sudeste, apenas 2 Instituições conseguiram esse feito, sendo que a nossa FCF é uma delas. Nota 5 pela segunda vez consecutiva, mantendo o padrão de qualidade, nesse exame realizado a cada 3 anos. Parabéns aos estudantes que prestaram o exame, e a todos os docentes que contribuíram para a construção de um curso de excelência.