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Processo Seletivo — Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas

Está publicado o Edital CPG/FCF 2/2022, referente ao processo seletivo para ingresso no primeiro semestre de 2023, com vagas para os cursos de Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas.

O período de inscrições será de 24 a 31 de outubro de 2022. O processo seletivo será realizado de 21 a 25 de novembro de 2022, em data e horário a serem divulgados na convocação dos candidatos.

As atividades dos candidatos aprovados para as vagas oferecidas nesse edital terão início em março de 2023.

UPA 2022

Depois de uma pausa em 2020 e de uma edição virtual em 2021, o programa Unicamp de Portas Abertas (UPA) volta em 2022 em sua 17ª edição ao seu formato original, com atividades presenciais no campus de Barão Geraldo, em Campinas.

A Faculdade de Ciências Farmacêuticas contará com diversas atividades para mostrar um pouco sobre a profissão de farmacêutico e o que os alunos poderão vivenciar na graduação.

Data: 27/08/2022, das 8h às 17h
Local: Engenharia Básica
Endereço: R. João Pandiá Calógeras, 148 – Cidade Universitária, Campinas – SP, Brasil

A entrada é gratuita.

Confira abaixo a programação da FCF:

Áreas temáticas & Responsáveis:


– Análises Clínicas: Profa. Patrícia Moriel
– Atenção Farmacêutica para Cuidado Farmacêutico e Farmácia Clínica: Profa. Patrícia Moriel
Atividades: Venha jogar com a gente e aprender sobre a profissão Farmacêutica

LAB ESCAPE – FCF / UNICAMP
Será que você vai conseguir em 10 minutos ajudar um paciente em relação aos seus exames laboratoriais e medicamentos? Você terá a missão de ajudar uma pessoa com várias dúvidas farmacêuticas, durante o jogo questões irão surgir e você deverá desvendar os enigmas para “salvar” seu paciente.
Para o LAB ESCAPE:
1) Os participantes devem cooperar e trabalhar em equipe para superar o desafio;
2) O jogo tem um componente misterioso e enigmático;
3) A inteligência é o fator determinante para conseguir resolver o enigma.

– Alimentos: Prof. Rodrigo Ramos Catharino
Atividades:
Conheça a técnica de identificação de corantes em alimentos e a importância dos edulcorantes na indústria alimentícia.

– Cosméticos: Profa. Gislaine Ricci Leonardi
Atividades:
Os alunos apresentarão/comentarão o papel e a importância do farmacêutico na área da cosmetologia.

Serão apresentados conceitos básicos, sobre o cremes e loções, quais ingredientes compõem suas fórmulas e as diferenças de composição entre ambos. Apresentaremos também um vídeo mostrando como são realizadas as formulações dos mesmos no laboratório. Além disso, teremos amostras do creme e da loção para que os participantes do UPA possam analisar sensorialmente e visualmente a diferença das duas formulações.

Teremos amostras de diferentes tipos de géis para que os alunos analisem o sensorial desse tipo de formulação. Além disso, iremos explicar os conceitos envolvidos na produção dessa forma cosmética e caso o público tenha alguma dúvida estaremos esclarecendo. Além disso, para melhor entendimento do assunto teremos vídeos explicativos sobre a parte prática realizada em laboratório na fabricação das amostras disponíveis.

Será demonstrado a forma de produção de batom.

Apresentaremos vídeos produzidos pelos graduandos de Farmácia mostrando, de maneira didática, a composição e processo de produção dos cosméticos.

– Fitoterapia: Profa. Mary Ann Foglio & Dra. Ana Lucia Tasca Gois Ruiz
Atividades:
A apresentação abordará as atividades relacionadas à pesquisa e desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos a partir de produtos naturais de qualidade. A padronização de insumos vegetais para a indústria farmacêutica desempenha um papel importante no resultado do produto. Fatores como solo, condições climáticas, genótipos, colheita e condições pós-colheita têm demonstrado um importante efeito tanto na atividade química quanto biológica. Portanto, o controle do crescimento de cultivares e seu processamento têm um resultado direto nos benefícios para a saúde e questões econômicas. O uso do cultivar errado ou procedimentos inadequados podem prejudicar os benefícios à saúde, além de perda de tempo e dinheiro. Esta apresentação dará uma visão geral das etapas para produção de extratos vegetais, uso de métodos cromatográficos de monitoramento de processo e isolamento de compostos envolvidos na produção de medicamentos fitoterápicos. Será apresentado os resultados de estudo de desenvolvimento de medicamentos fitoterápicos que alcançou a etapa de estudos clínicos fase I e II com formulações geradas a partir dos Extratos padronizados para o tratamento de feridas de mucosite.

– Produção de Medicamentos & Indústria Farmacêutica: Profa. Laura de Oliveira Nascimento & Profa. Karina Cogo Müller
Atividades: 
Onde, como e quem pode fazer medicamentos? Como sabemos que é um bom produto? Nesse estande você conhece os passos para termos um medicamento, desde a pesquisa até sua produção, embalagem, controle de qualidade e qual é o papel do farmacêutico nesse processo. Além de muita informação, teremos equipamentos de controle, microscópios e muito mais! Venham nos visitar!

– Toxicologia: Prof. José Luiz da Costa & Liga de Toxicologia
Atividades:
O estande de toxicologia está planejando apresentar a disciplina de toxicologia (FR804) e falar um pouco sobre o funcionamento do CIATox. Como atividade prática, os monitores do estande vão fazer o teste do bafômetro em voluntários, com a distribuição de balas de licor e explicando como esse teste funciona.

O estande da LAcTox está planejando falar um pouco sobre as ações da Liga e os animais expostos no estande (escorpião, aranha e lagarta, providos pelo CIATox). Teremos um banner com o logo da Liga e nossas redes sociais e panfletos informativos sobre animais peçonhentos e a nossa liga, que serão distribuídos ao longo do evento. Como atividade prática, os monitores do estande ilustrarão um teste toxicológico, com urina “cinematográfica” e testes de THC vencidos, concedidos pelo CIATox. O teste será repetido várias vezes durante o evento.

– Vacinas: Prof. Marcelo Lancellotti


Venha prestigiar a FCF!

Unicamp desenvolve novo teste de covid-19 totalmente nacional

Inédito no mundo, ele detecta a doença e aponta o grau dela: leve, médio ou grave

O coordenador do Laboratório Inovare de Pesquisa da Unicamp, professor e cientista Rodrigo Ramos Catharino: “O fato dessa tecnologia ser totalmente brasileira enche-me de orgulho” (Ricardo Lima)

A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu, com tecnologia 100% nacional, um novo teste para detecção de covid-19 inédito em todo o mundo que, além de diagnosticar a doença, aponta o grau da enfermidade – leve, médio ou grave. A principal vantagem e avanço em relação aos exames hoje disponíveis, que indicam se o paciente é positivo ou negativo, é a de permitir a administração imediata do tratamento mais adequado, o que contribui para salvar vidas.

O novo teste, elaborado pelo coordenador do Laboratório Inovare de Pesquisa da Unicamp, professor e cientista Rodrigo Ramos Catharino, é baseado na análise do plasma (sangue). A tecnologia está pronta para ser disponibilizada a laboratórios e hospitais, com a sua introdução no mercado a depender do interesse desses agentes. O exame é apresentado em um momento em que o Brasil atravessa a quarta onda de covid-19 e, há duas semanas seguidas, tem alta na média de mortes. O país registrou na última quinta-feira 297 novas vítimas fatais, com média diária de 237, alta de 26% em comparação a média de 14 dias atrás.

O Brasil registrou na segunda-feira (11) 155 mortes pela covid-19 em 24 horas, totalizando 673.814 desde o início da pandemia. Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 245. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de +17% e indica tendência de alta pelo 18º dia seguido.

“O fato dessa tecnologia ser totalmente brasileira enche-me de orgulho”, afirma Catharino. O diagnóstico da covid-19 e o grau de gravidade são definidos a partir da análise da mudança das características do sangue do paciente, com o resultado saindo em até um minuto. 

O exame inédito foi desenvolvido a partir do uso do espectrômetro de massa, equipamento de alta tecnologia, que funciona como uma balança molecular, com base na equação física. Ele dá um resultado extremamente preciso e indica a presença de materiais estranhos na amostra analisada. A detecção ocorre usando-se uma amostra de sangue de um paciente, o que permite definir um indicador das características. O diagnóstico e o grau da enfermidade são definidos segundo as mudanças verificadas em relação a essa referência. 

“O espectrômetro apresenta o resultado, que é uma sequência de números. A partir das análises desses números, é possível verificar as diferenças existentes. Quanto mais números aparecem, mais possibilita a identificação do que é essa diferença”, explica o cientista. 

Impressão digital

Isso permitiu criar um modelo para o desenvolvimento do novo teste. “Usamos a tecnologia de fingerpriting (impressão digital, em inglês) e o exame mostra as variações que ocorrem nessa impressão”, explica o coordenador do Inovare. De acordo com ele, a proposta é a de que a nova tecnologia tenha a sua patente difundida, de modo que a metodologia seja aplicada por todos os laboratórios e hospitais interessados.

Catharino já trabalha no desenvolvimento de uma versão desse teste para a comercialização em farmácias, como já ocorre com os autotestes de covid-19 disponíveis no mercado. O professor da Unicamp evita, porém, fazer qualquer previsão de quando deverá estar disponível para o público. Segundo ele, o lançamento dependerá do interesse dos laboratórios no produto. O cientista acrescenta que a nova tecnologia também servirá de base para o desenvolvimento de exames para outras doenças, abrindo um grande leque de possíveis novos testes no futuro.

O novo teste é a terceira tecnologia desenvolvida pelo Laboratório Inovare envolvendo a covid-19, que passou a ser o principal foco de estudos nos últimos dois anos, em virtude da pandemia que atingiu o mundo. Uma delas é a definição de novos protocolos de tratamentos para pacientes durante o colapso do sistema de saúde de Manaus, no início de 2021, quando houve uma explosão dos casos da doença na capital amazonense. 

“Fizemos o acompanhamento em tempo real dos pacientes e analisamos os resultados dos vários medicamentos usados isoladamente e em conjunto. A partir daí, verificamos quais eram os mais eficientes e foram definidos novos protocolos de tratamento”, explica Catharino. 

A outra tecnologia é uma fita para identificar os casos positivos da covid sem a necessidade de coleta de amostra de sangue ou de muco nasal, que são os métodos usados hoje.

A fita é colocada na nuca da pessoa e o resultado sai rapidamente. Porém, essa tecnologia não chegou ao mercado. Para o coordenador do Inova, a pandemia e a necessidade de se encontrar soluções rapidamente para salvar vidas deram origem a um “boom tecnológico” na área médica, com o desenvolvimento de novos tratamentos, como as vacinas e medicamentos. “Isso foi o ‘start’ de novas tecnologias que serão aproveitadas nos próximos anos”, afirma Catharino.

Edimarcio A. Monteiro/ edimarcio.augusto@rac.com.br

13/07/2022 às 09:00.
Atualizado em 13/07/2022 às 09:00

Matéria da Correio Popular: Leia também no site do jornal.

FCF recebe o professor Mandip Sachdeva

No último dia 11 de julho, visitou a Universidade Estadual de Campinas o professor Mandip Singh Sachdeva, do College of Pharmacy & Pharmaceutical Sciences da Florida A&M University, em Tallahassee, onde coordena o Sachdeva Laboratory, cuja equipe de pesquisadores utiliza a nanotecnologia com foco no tratamento de doenças como o câncer de mama e o câncer de pulmão, além de ferimentos na córnea e obesidade.

Na ocasião, o prof. Sachdeva — que está no Brasil como professor visitante da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, com financiamento do Programa Fulbright — ministrou a palestra Cannabidiol loaded extracellular vesicles sensitize triple-negative breast cancer to doxorubicin in vivo (em português: “Vesículas extracelulares carregadas de canabidiol sensibilizam câncer de mama triplo negativo à doxorrubicina in vivo”), discutindo o emprego terapêutico de canabinóides (Δ9-THC e CBD) na regulação da proliferação, metástase, angiogênese e diferenciação de células cancerígenas. O estudo foi publicado em 2021 no International Journal of Pharmaceutics.

Também dialogou com docentes e estudantes de graduação e pós-graduação do curso de Farmácia e dos Programas de Ciências Farmacêuticas, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, de Biologia Funcional e Molecular, do Instituto de Biologia, e de Biologia Buco-Dental, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba.

O professor Mandip Sachdeva, da Florida A&M University, e o professor Paulo Rosa, da FCF/Unicamp (Foto: Prof. Marcelo Bispo de Jesus)

Pós-graduandas da FCF conquistam o Desafio Unicamp 2022 na categoria Voto Popular

A equipe NanoSilver venceu o Desafio Unicamp 2022, organizado pela Agência de Inovação da Unicamp — Inova, na categoria Voto Popular.

Formado pelas estudantes de pós-graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas Érica Mendes dos SantosJúlia Cedran Côco e Luiza Aparecida Luna Silvério, do Laboratório de Farmacotécnica e Cuidado em Saúde — LaFateCS, e Kátia de Pádua Silva, do Laboratório de Farmacologia de Antimicrobianos e Microbiologia — LabFAM, o time teve mentoria acadêmica da Drª Raluca Savu, pesquisadora do Centro de Componentes Semicondutores e Nanotecnologias, e da Profª Drª Ljubica Tasic, do Instituto de Química, credenciada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas.

Leia mais: Agro prevalece e emplaca dois vencedores na Final do Desafio Unicamp

Ao longo do processo, a equipe também teve mentorias com Tiago Dias, Vital Yasumaru, Talita da Silva Ferreira, Marcos Vaz e Erik J. Sander, da University of Florida. As pós-graduandas desenvolveram um modelo de negócios para produção e venda de um spray para assepsia das mãos, voltado inicialmente para estabelecimentos como escolas de educação infantil e buffets infantis, com foco na prevenção de acidentes. O saneante, a base de água, utiliza a tecnologia de nanopartículas de prata elaborada na Unicamp, sendo um substituto seguro para o álcool em gel.

O pitch da equipe por ser visto a seguir:

O Desafio Unicamp, que chega à décima segunda edição em 2022, é um programa de desenvolvimento de habilidades empreendedoras com mentorias acadêmicas, empresariais, internacionais, capacitação de Lean Canvas e impacto socioambiental, além de treinamentos de pitch, ao longo de quatro meses. Os finalistas passaram por duas fases de avaliação antes de serem selecionados para apresentar o pitch na final do programa.

FCF na Grande Final do Desafio Unicamp 2022

A equipe NanoSilver, formada pelas estudantes de pós-graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas Érica Mendes dos Santos, Júlia Cedran Côco e Luiza Aparecida Luna Silvério, do Laboratório de Farmacotécnica e Cuidado em Saúde — LaFateCS, e Kátia de Pádua Silva, do Laboratório de Farmacologia de Antimicrobianos e Microbiologia — LabFAM, é uma das seis finalistas do Desafio Unicamp 2022, organizado pela Agência de Inovação da Unicamp — Inova, que chega à 12ª edição neste ano.

As discentes convidam toda a comunidade FCF para assistir às apresentações no dia 30 de junho, quinta-feira, às 15 horas, por meio virtual. As inscrições podem ser feitas nesta página.

Na ocasião, o público participante poderá votar na equipe, que concorre ao prêmio da categoria Voto Popular, além das categorias Geral e Impacto Socioambiental.

Trabalhos de conclusão de curso do 1º semestre 2022

Consulte aqui os links de transmissão e as datas das apresentações dos TCCs do primeiro semestre de 2022:

AlunoOrientaçãoTrabalho de conclusão de curso
13/06 9hMatheus Henrique MartinsRodrigo Ramos CatharinoA importância dos recursos de tecnologia na gestão da saúde – Analytics, Automações, Big Data e Inteligência Artificial
13/06 14hMariana Ambiel FaccioliGislaine Ricci Leonardi e Jose Oscar Figueroa PachecoAnálise de perfumes alcoólicos e não alcoólicos incorporados em diferentes tipos de emulsão
14/06
8h
Monize Valéria Ramos da SilvaCatarina Rapôso Dias CarneiroEstabelecimento de linhagens tumorais de pacientes e predição de perfis de crescimento e responsividade a novos tratamentos
14/06 9hLuiza Domingues MonticoPriscila Gava Mazzola e Érica Mendes dos SantosAvaliação das atividades biológicas, in vitro, dos extratos do café
14/06 16hArimi HoritaRodrigo Ramos CatharinoPerfil lipidômico do arbovírus Chikungunya em células HeLa
15/06 10hNathália Rodrigues RochaDaniel Fábio Kawano e Mario Antonio BragaPerformance de Aplicação de Revestimentos Farmacêuticos
15/06 14hBianca Alves SchimitdPedro Paulo CorbiComplexos de Ag(I) e Cu(II) com sulfametazina: síntese, caracterização, avaliação da atividade antibacteriana e estudo da interação com biomoléculas
15/06 14hAlessandra de Sousa MesquitaAna Valéria Colnaghi SimionatoVolatile organic compounds analysis optimization and biomarker discovery in urine of Non-Hodgkin lymphoma patients before and during chemotherapy
20/06 10hGiovanna Jardim Vieira P. dos SantosMarcelo Ganzarolli de OliveiraWound healing action of nitric oxide-releasing self-expandable collagen sponge
20/06 13hNatália Helena AlvesJoão Ernesto de CarvalhoProdutos incorporados com canabidiol (CBD): aspectos regulatórios, claims e monitoramento de tendências no mercado de bebidas, alimentos e healthcare
20/06
14h30
Maria Isabela de Oliveira BatistaTaís Freire GalvãoMapeamento de benzodiazepínicos comercializados no Brasil de 2014 a 2020
22/06
9h
Lara de Oliveira RodriguesWanda Pereira AlmeidaInterações medicamentosas na farmacoterapia da Doença de Alzheimer e da Doença de Parkinson: revisão de literatura
22/06
14h
Isabella Aparecida LimaGislaine Ricci LeonardiAvaliação da comedogenicidade do uso de produtos cosméticos em homens e mulheres de 15 a 24 anos: revisão bibliográfica
27/06
14h
Júlia Constantino CamilliMary Ann Foglio e Núbia de Cássia Almeida QueirozModelos experimentais in vivo de osteonecrose dos maxilares induzida por bisfosfonatos e plantas medicinais com potencial terapêutico: revisão de literatura
28/06
10h
Larissa dos Santos FonsecaLaura de Oliveira Nascimento e Danilo Costa GeraldesPellet biopolimérico para veiculação gastrorresistente da proteína C-Ficocianina
28/06
10h30
Fernanda MarquesPriscila Gava Mazzola e Cinthia Madeira de SouzaEfeito da exposição de fármacos e ototoxicidade em neonatos: uma revisão da literatura
28/06
15h
Davina de AlmeidaCatarina Rapôso Dias Carneiro e Liana Melo-Thomas Inferior colliculus stimulation affects 6-OHDA induced lateralization in parkinsonian rats

Processo Seletivo — Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas

Está publicado o Edital CPG/FCF 1/2022, referente ao processo seletivo para ingresso no segundo semestre de 2022, com vagas para os cursos de Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas.

O período de inscrições será de 6 a 10 de junho de 2022. O processo seletivo será realizado de 27 de junho a 1º de julho, em data e horário a serem divulgados na convocação dos candidatos.

As atividades dos candidatos aprovados para as vagas oferecidas nesse edital terão início em agosto de 2022.

Calourada 2022

Prezada Comunidade FCF

A Calourada Unicamp 2022 está chegando e receberemos os novos estudantes com atividades que estão sendo programadas pelas unidades, pela PRG e pelos órgãos de serviços da Universidade. Receberemos também os alunos de 2021 que estão chegando pela primeira vez ao campus. No dia 14 de março acontecerá a abertura oficial organizada pela PRG com a recepção dos ingressantes no CDC (Centro de Convenções) com as boas vindas da Reitoria e posteriormente atividades programadas durante o dia todo. No dia 15 de março acontecerá a recepção das unidades, organizada para os nossos alunos pela Recepção de Calouros da FCF! E teremos a Calourada estendida para todo o mês de março. Participem! Esse é um momento de integração e de comemoração aos estudantes que acabam de entrar na UNICAMP. Link: https://www.prg.unicamp.br/calourada-2022/ Acompanhem a programação da Calourada. A Coordenação de Graduação da Farmácia deseja boas vindas aos novos estudantes de 2021 e 2022!

Tecnologia amplia estabilidade de proteína cicatrizante do abacaxi

Composição em pó desenvolvida na Unicamp mantém integridade da bromelina por até 90 dias. Desenvolvimento colabora para que a substância natural, extraída de cascas e talos da fruta, seja aplicada em produtos farmacêuticos e cosméticos

Texto: Ana Paula Palazi | Foto: Pedro Amatuzzi | Publicado em 16 de dezembro de 2021

O abacaxi é cultivado em praticamente todo o território nacional. Para além de um alimento nutritivo e refrescante, que é a cara do verão, a fruta possui a bromelina: um complexo de substâncias com propriedades terapêuticas, cicatrizantes e anti-inflamatórias. A bromelina está presente em todas as partes do abacaxi, verde ou maduro, da raiz à coroa, só que essa enzima é muito instável e se degrada facilmente, reduzindo as possibilidades de uso pela indústria.

Com o desafio de superar essa limitação na busca por curativos sustentáveis, um grupo de pesquisadores da Unicamp colocou em prática a expressão “descascar o abacaxi”, utilizada para tarefas complicadas, e desenvolveu uma composição contendo nanopartículas liofilizadas que preservam a bromelina em temperatura refrigerada por até 90 dias.

Dessa forma, em pó, ela pode ser aplicada em sprays, emplastos, pomadas e outros produtos farmacêuticos e cosméticos. A tecnologia teve pedido de patente depositado pela Agência de Inovação Inova Unicamp e aguarda parcerias com a indústria para avançar na fase de testes e desenvolvimento de novos produtos.

“Buscamos o desenvolvimento de produtos que reduzam impactos a partir de ativos de origem natural, como os resíduos da industrialização do abacaxi, para que possam ter um fim mais nobre e diferente do descarte. Nossa solução propõe encapsular a substância, diferente de estudos nos quais a bromelina vem apenas decorando nanopartículas do lado de fora”, disse a professora e pesquisadora da Unicamp Priscila Gava Mazzola.

Secagem a frio da bromelina

Na formulação para o tratamento de feridas elaborada pela equipe ligada à Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e à Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp, a bromelina faz parte de uma mistura que contém outros dois componentes: a quitosana (extraída das cascas de crustáceos, como camarão, caranguejo e lagosta) que funciona como agente encapsulador e a maltose (um açúcar muito usado na produção de cervejas) que protege a composição contra variações térmicas as quais podem degradar a bromelina.

“Fizemos a encapsulação da bromelina em nanopartículas de quitosana, porém, percebemos que, na formulação líquida, a bromelina ainda se degradava. Em nova etapa, procuramos liofilizar a composição bromelina-quitosana com um açúcar como lioprotetor. Utilizamos a maltose e a partícula se manteve estável e eficaz por até três meses”, explicou a farmacêutica e pesquisadora Janaína Artem Ataide.

A liofilização é uma técnica muito utilizada na indústria e consiste na secagem a vácuo a partir do congelamento do produto, retirando a água por sublimação. Alguns alimentos vendidos como purê de batatas e frutas desidratadas, além de medicamentos, passam por esse processo para manterem íntegras algumas propriedades desejáveis. O resultado da pesquisa foi publicado, recentemente, em artigo científico no Journal of Drug Delivery Science and Technology.

“Nesse processo, adicionamos os lioprotetores que são moléculas para aumentar a proteção térmica. Eles mimetizam o que acontece na própria natureza. Alguns peixes que vivem em lagos com temperaturas subglaciais têm concentrações de açúcares nas células e, isso, permite a sua sobrevivência”, explica o farmacêutico e pesquisador Danilo Costa Geraldes.

Leia também o artigo sobre as atividades in vitro da formulação na Nature Scientific Reports.

Mercado promissor

O Brasil produz em média 1,7 bilhão de abacaxis ao ano, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), e grande parte dos resíduos industriais da produção de frutas em calda, sucos e geleias vai para alimentação de animais. A tecnologia propõe o aproveitamento integral da fruta, agregando valor à produção.

No país, o uso mais comum da bromelina é associado a amaciantes de carne, isso porque, entre as propriedades do complexo está o de quebrar moléculas de outras proteínas. Em ferimentos e queimaduras, essa atividade fibrinolítica auxilia na limpeza e remoção das células mortas, acelerando a cicatrização e reduzindo edema, hematomas e dor.

A quitosana, por sua vez, possui características adesivas, antifúngicas e bacteriostáticas já usadas em sistemas de liberação modificada de fármacos como antibióticos, anti-inflamatórios e anti-hipertensivos. A bromelina com nanoestruturação baseada em quitosana apresenta uma alternativa para uma produção verde de cosméticos e medicamentos.

“A composição desenvolvida não contém solventes orgânicos ou aditivos sintetizados quimicamente, como conservantes. É obtida por processo sustentável, baseado em excipientes naturais, biocompatíveis e bioabsorvíveis, que não apresentaram toxicidade nos testes in vitro em culturas de células”, destaca a professora e pesquisadora Laura de Oliveira Nascimento.

A composição também apresentou maior taxa de incorporação da bromelina quando comparada com a forma líquida. O pó liofilizado, por seu baixo teor de água, adere melhor a feridas com exsudato (etapa natural da cicatrização, na qual o ferimento expele líquido), enquanto a quitosana, rapidamente hidratada, adere melhor ao tecido a ser reparado.