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Em agosto, FCF recebe pesquisadora portuguesa para disciplina concentrada sobre formulações cosméticas

A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp receberá no mês de agosto a professora Joana Marques Marto, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa. A pesquisa portuguesa visita a Universidade a convite da professora Gislaine Ricci Leonardi, coordenadora de pesquisa da FCF e líder do Centro de Especialidades em Ciências Cosmética e Dermatológica.

As pesquisas da professora Joana Marto se relacionam ao desenvolvimento e à caracterização de produtos de aplicação tópica, cutânea e oftálmica, na área dos medicamentos e cosméticos, com especial interesse em reologia e mecanismos de permeação cutânea.

Os estudantes interessados no assunto poderão se matricular na disciplina Formulações Cosméticas: da Pesquisa à Extensão, cujos encontros serão nos dias 2 de agosto (sexta-feira) e nos dias 5 a 8 de agosto (segunda a quinta-feira), das 13h às 17 horas. O oferecimento é para a pós-graduação em Ciências Farmacêuticas (disciplina CF043 — Tópicos Especiais em Ciências Farmacêuticas I) e para a graduação em Farmácia (disciplina eletiva FR039 — Tópicos Especiais em Ciências Farmacêuticas I), com dois créditos. As matrículas estão abertas até o dia 19 de julho.

Observação importante: No Caderno de Horários publicado pela Diretoria Acadêmica, a disciplina consta com oferecimento aos sábados, adaptação necessária para o oferecimento de maneira concentrada, para que não haja conflito com outras disciplinas.

Coordenador de Pós-Graduação da FCF participa de delegação da Unicamp na Itália

Em comitiva multidisciplinar liderada pelo Reitor da Unicamp, o professor Marcelo Lancellotti, coordenador de Pós-Graduação da FCF, visitou instituições em Roma, Turim e Milão para articulação de parcerias institucionais de pesquisa e de mobilidade de estudantes e pesquisadores

Leia mais: Delegação articula parcerias com universidades e distritos de inovação italianos

Leia mais: Delegation articulates partnerships with Italian universities and innovation districts

Na semana de 24 a 28 de junho, uma delegação da Unicamp percorreu o território italiano com o objetivo de abrir oportunidades de financiamento de pesquisas e projetos da Unicamp naquele país. O professor Marcelo Lancellotti, coordenador de Pós-Graduação da FCF, participou da missão junto ao Reitor Antonio José de Almeida Meirelles, o professor Rafael de Brito Dias, da FCA, assessor da DERI; a professora Angela Christina Lucas, da FCA, assessora da Pró-Reitoria de Pesquisa; o professor Ricardo Miranda Martins, diretor do IMECC, a professora Ana Silvia Prata, diretora associada da FEA; a professora Esther Luna Colombini, diretora associada do IC; e Ludmila Fávero Romani Pioli, assistente para cooperação internacional da DERI.

A programação começou em Roma, na manhã da segunda-feira, 24 de junho, com uma visita à Embaixada do Brasil em Roma. A delegação se reuniu com o embaixador Renato Mosca e com Fernanda Maria Rocha Soares dos Santos, chefe do setor de Ciência, Tecnologia e Cooperação Educacional da Embaixada do Brasil em Roma, que também acompanhou a comitiva ao Consiglio Nazionale delle Ricerche (CNR), o Conselho Nacional de Pesquisa da Itália, e à Università degli Studi di Roma “Ton Vergata”.

No dia 25, ainda na capital, a visita foi à Università degli Studi di Roma Tre.

No dia 26, a equipe visitou a Università degli Studi di Torino (Unito) e o Politecnico di Torino (Polito), em Turim.

No dia 27, já em Milão, a visita foi ao Politecnico de Milano (Polimi) e o distrito de inovação Kilometro Tosso SpA, em Bergamo. No dia 28, conheceram a Università degli Studi di Milano (Unimi) e o Milano Innovation District.

Do ponto de vista da pós-graduação, a visita abre caminho para o estabelecimento de acordos institucionais para internacionalização, ampliando colaborações já iniciadas pontualmente por iniciativa de docentes e estudantes. Na FCF, podemos destacar o recente estágio do exterior da estudante de mestrado Lívia Alves dos Reis Moura, farmacêutica pela Unicamp, na Università Cattolica del Sacro Cuore, realizado em 2023.

Jornal Nacional: Remédios vendidos na internet como naturais contêm substâncias de uso controlado, diz estudo

Assim como qualquer medicamento, os fitoterápicos verdadeiros estão sujeitos às regras e à fiscalização da Anvisa. O comércio de remédios por redes sociais ou em shoppings virtuais é proibido.

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Pós-Graduação da FCF oferece disciplina de inverno sobre farmacogenômica

A pós-doutoranda Carolina Dagli Hernandez, vinculada ao Laboratório de Farmácia Clínica da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, ministrará uma disciplina de férias de inverno sobre Introdução à Farmacogenômica. O oferecimento é do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas.

O curso versará  sobre uma revisão de genômica, conceito e introdução da farmacogenômica, genes envolvidos no metabolismo de fármacos e influência da farmacogenômica na resposta e reações adversas dos fármacos. Serão quatro encontros, nos dias 10, 11, 15 e 16 de julho.

As inscrições são de 28 de junho a 1º de julho de 2024. No requerimento, deverá ser informada a disciplina CF046 — Tópicos Especiais em Ciências Farmacêuticas, turma A.

Consulte informações.

Laboratório de Toxicologia Analítica recruta pós-doc na área de gestão executiva de projetos

O Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas, Universidade Estadual de Campinas, publicou edital de seleção de um bolsista de pós-doutorado para bolsa do Programa de Apoio à Gestão de Grandes Centros Temáticos de Pesquisa (Deliberação CEPE-A-001/2024, de 06/02/2024), concedida pela Pró-Reitoria de Pesquisa da Unicamp, A bolsa a ser implementada é da modalidade Bolsa PPDG – Gestão Executiva de Projetos e tem valor líquido mensal de R$ 9.047,40 (nove mil e quarenta e sete reais e quarenta centavos), em regime de dedicação exclusiva de até dois anos, renováveis por mais dois anos, mediante aprovação de relatório de atividades.

As inscrições são até 5 de julho de 2024.

A vaga visa a apoio na gestão de atividades acadêmico-científicas dos projetos de pesquisa, ensino e extensão desenvolvidos pelo Laboratório de Toxicologia Analítica do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas. A gestão acadêmica desses projetos envolve o desenvolvimento de atividades comuns diferentes linhas de pesquisa em Toxicologia e questões específicas como as relacionadas com a aquisição de equipamentos e materiais para laboratório. De forma geral o(a) bolsista deverá realizar atividades de gestão acadêmica de projetos, assistência técnico-financeira, promoção de eventos científicos e workshops, organização de resultados (plano de gestão de dados), relatórios e outras atividades apresentadas no plano de trabalho.

Mais detalhes estão disponíveis no edital.

“Minha Pesquisa”: Ylse Elisa Guerrero Vega

Confira mais um vídeo da série Minha Pesquisa, produzido pela equipe da Assessoria de Comunicação da FCF.

Neste mês, a convidada é Ylse Elisa Guerrero Vega, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, orientada pelo Prof. Dr. Paulo César Pires Rosa. Na pesquisa, Ylse, que é farmacêutica-bioquímica formada pela Universidad Nacional Mayor de San Marcos, no Peru, avalia o papel do amido como excipiente em comprimidos revestidos de losartana, um medicamento anti-hipertensivo.

Liga Acadêmica da FCF é destaque no 36º Congresso Brasileiro de Cosmetologia

O 1º Encontro Nacional de Ligas Acadêmicas de Cosmetologia teve lugar durante o 36º Congresso Brasileiro de Cosmetologia, promovido pela Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC), que aconteceu na cidade de São Paulo nos dias 4 a 6 de junho.

Os estudantes de graduação em Farmácia da Unicamp Gabrielle Albanez Gomes, Itala Lorrayne da Silva Pereira, Karoline da Silva Farias, Luiz Eduardo Fabbri Filho, Maria Eduarda Eid Martins e Mariana Minski Furtado, da Liga Acadêmica de CosmetologiaEmbaixadora Oficial do Congresso —, puderam trocar experiências com estudantes de outras nove ligas acadêmicas congêneres.

No canto esquerdo da fotografia estão a Profª Drª Gislaine Ricci Leonardi, orientadora da Liga Acadêmica da Unicamp; o Prof. Dr. André Rolim Baby, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP; e o coordenador do Congresso, o Dr. Silas Arandas Monteiro e Silva, que desenvolveu pesquisa de pós-doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp.

Jornal da Unicamp: Pesquisador vira saião do avesso

Guilherme Perez Pinheiro é atualmente pesquisador de pós-doutorado na FCF, com bolsa da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, por meio do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) Pós-Doutorado Estratégico

Publicado na Edição 707 do Jornal da Unicamp, link | Texto: Mariana Garcia Foto: Antonio Scarpinetti

Estudo detalha diferenças na composição antioxidante de duas espécies da planta medicinal

Uma pesquisa de doutorado que analisa a composição metabólica de duas plantas medicinais distintas – ambas conhecidas como saião e utilizadas no Brasil para os mesmos fins – revelou diferenças significativas na quantidade e na variedade de seus componentes com ação antioxidante, sobretudo flavonoides e fenóis. O estudo, realizado por Guilherme Pinheiro no Instituto de Biologia (IB) da Unicamp, comprovou que a Kalanchoe pinnata e a Kalanchoe crenata não devem ser empregadas de maneira intercambiável. O trabalho apontou, ainda, a presença de compostos bioativos em plantas ornamentais do mesmo gênero taxonômico, o que indica uma potencial ação terapêutica.

O trabalho de Pinheiro integra uma linha de pesquisa dedicada a investigar a composição fitoquímica das plantas medicinais mais populares no Brasil, em curso no Laboratório de Metabolômica e Espectrometria de Massas (LabMetaMass) da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp. “O objetivo foi construir um arcabouço de compostos químicos, muitos dos quais ainda não registrados na literatura, para pesquisas futuras sobre substâncias bioativas, como são chamadas as moléculas e os compostos moleculares produzidos por vegetais que, quando ingeridos por nós, produzem efeitos benéficos ou nocivos para o nosso organismo”, afirma o pesquisador. Financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o estudo foi orientado pela professora da FCF Alexandra Sawaya, coordenadora do LabMetaMass.

A primeira descoberta de Pinheiro se deu no início do estudo. Logo após receber as mudas com as quais trabalharia, adquiridas de produtores de plantas medicinais, o biólogo e sua orientadora constataram que duas espécies diferentes estavam sendo comercializadas com o mesmo nome popular e, portanto, com o mesmo propósito. Encontradas em toda a extensão do território brasileiro, a K. crenata, uma planta nativa, e a K. pinnata, originária da África, são comumente usadas para tratar problemas respiratórios e gastrointestinais, além de feridas. Todavia, o consumo deve ser feito com parcimônia. “É muito comum, quando alguém descobre que o saião faz bem para dor de estômago, por exemplo, passar a comer todo dia. Por tradição, sabemos que são espécies seguras e medicinais. Porém, dependendo da concentração, há um potencial tóxico”, alerta Sawaya.

Praticamente idênticas quando brotam, basta começarem a se desenvolver para que despontem as primeiras singularidades. Ao acompanhar a evolução das mudas, Pinheiro notou o surgimento de diferenças morfológicas relevantes nas folhas – a parte utilizada para fins fitoterápicos – e decidiu conduzir um estudo com o objetivo de conferir se as espécies possuíam as mesmas propriedades. Para tanto, coletou folhas de cada espécie em cinco estágios distintos de desenvolvimento – do mais jovem ao mais maduro – e preparou um extrato específico para cada uma. Todas as soluções foram submetidas à análise metabolômica, processo que permite examinar o conjunto de metabólitos, ou seja, moléculas resultantes da metabolização das substâncias de um organismo. “Os compostos usados na produção de fitoterápicos são todos originados do metabolismo da planta”, justifica.

“A metabolômica abrange toda a variabilidade da composição química de um organismo. Não se concentra em nenhum composto específico, mas no maior número possível. Assim, é possível trabalhar de um ponto neutro, a partir do que a planta traz e do tratamento dado a essas informações, e identificar quais marcadores são relevantes ou não, em relação à genética, ao cultivo e à idade da folha, por exemplo”, explica Sawaya. Seu estudo envolve tanto os produtos resultantes do metabolismo primário do vegetal – açúcares, lipídios e outras substâncias básicas para suas funções essenciais –, como também os metabólitos secundários, envolvidos em funções diversas, como a proteção contra patógenos e a interação com o ambiente. “Esses são os principais envolvidos com as propriedades terapêuticas”, pontua o biólogo.

Para diferenciar os metabólitos de cada extrato, Pinheiro combinou o emprego de duas metodologias, a cromatografia e a espectrografia de massa. Enquanto a primeira separa cada composto químico presente em uma solução, a segunda fornece a relação entre massa e carga das moléculas desmembradas. “A metabolômica trabalha com um volume muito grande de amostras e olha para milhares de coisas de uma vez, o que gera um resultado de alta complexidade. Foram levantados mais de 2 mil compostos por amostra”, destaca. Após consultar bancos de dados, o biólogo listou centenas de fórmulas e elaborou uma proposta de composição para cada uma.

O resultado da comparação metabolômica da K. crenata e da K. pinnata mostrou que, em todas as fases do desenvolvimento, os extratos preparados com as folhas da planta africana apresentaram maior atividade antioxidante e mais fenóis e flavonoides – duas classes de compostos químicos que possuem ação bioativa comprovada – em relação às soluções correspondentes da espécie brasileira. A análise também mostrou que os extratos de folhas mais jovens apresentaram maior potencial fitoterápico, independentemente do vegetal avaliado. “Como muitas pessoas confundem as duas plantas, utilizando uma pensando ser a outra, é importante que saibam dessa diferença, pois a K. pinnata contém uma quantidade de bioativos muito superior, principalmente quando as folhas novas são consumidas”, sinaliza Sawaya.

Dada a superioridade antioxidante da K. pinnata, Pinheiro conduziu um novo experimento, focado exclusivamente na planta africana, dessa vez para avaliar a resposta de seu metabolismo a certas alterações ambientais. Trabalhou, então, com duas variáveis controláveis – água e luz – e cultivou as mudas em seis cenários distintos. Em três deles, modulou a disponibilidade hídrica; no restante, a luminosidade. “Não houve variabilidade entre indivíduos, porque usamos clones”, esclarece o pesquisador. Passados 15 dias, Pinheiro analisou a metabolômica de todos os grupos, repetindo o processo anterior. “Vimos que todas as mudas se mostraram parecidas quimicamente, o que revela tratar-se de uma espécie bastante estável. No universo das plantas medicinais, esse resultado é excelente, pois confirma que é possível cultivá-la em casa, no campo ou em outros ambientes. As propriedades permanecerão relativamente intactas”, pondera a orientadora.

Para concluir a pesquisa, Pinheiro combinou a abordagem metodológica anterior com um trabalho de bioprospecção, para o qual utilizou um software que fornece um prognóstico do potencial de bioatividade de compostos químicos, e fez o levantamento do potencial medicinal de outras 21 espécies pertencentes ao gênero Kalanchoe, todas comercializadas como plantas ornamentais. O pesquisador listou centenas de compostos, alguns dos quais ainda não identificados na literatura acadêmica, e elencou quais dessas espécies têm maior probabilidade de aproveitamento como fitoterápicos.

VivaBem UOL: Farmacêutico formado pela Unicamp fala sobre medicamentos consumidos no Brasil, mas proibidos em outros países

Kauê de Oliveira Chinaglia, farmacêutico formado pela Unicamp e atualmente estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, sob orientação do Prof. Dr. José Luiz da Costa, foi consultado pelo VivaBem UOL a respeito de medicamentos proibidos em outros países, mas consumidos no Brasil, como a dipirona, sibutramina e clobutinol. Leia mais: Dipirona, nimesulida e mais: por que eles são proibidos?

A reportagem também foi republicada na Seleções do Reader’s Digest e na Forum.

Em abril, Chinaglia foi consultado pelo VivaBem UOL a respeito do consumo de zinco.