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Defesa de Tese de Doutorado — Kátia de Pádua Silva

agosto 28 @ 09:00 - 12:00

Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

Kátia de Pádua Silva

Avaliação da atividade da sinvastatina na via do mevalonato em Staphylococcus aureus

Auditório da FCF

Presidente
Profª Drª Karina Cogo Müller — FCF / Unicamp

Membros titulares
Profª Drª Carolina Borsoi Moraes Holanda de Freitas — FCF / USP
Prof. Dr. Carlos Henrique Gomes Martins — ICBIM / UFU
Profª Drª Wanda Pereira Almeida — FCF / Unicamp
Prof. Dr. Fabio Marcio Squina — UNISO

Membros suplentes
Drª Ana Lucia Tasca Gois Ruiz — FCF / Unicamp
Profª Drª Angela Faustino Jozala — UNISO
Profª Drª Vera Lucia Mores Rall — UNESP – Botucatu

Resumo
A sinvastatina é um fármaco utilizado para a redução dos níveis de colesterol e que já demonstrou in vitro ação antimicrobiana contra algumas espécies de microrganismos, incluindo Staphylococcus aureus. O seu mecanismo de ação como agente hipolipemiante ocorre pela inibição da enzima HMG-CoA redutase I na via da produção de mevalonato nas células eucarióticas, enquanto o seu mecanismo de ação antimicrobiano ainda é desconhecido. A enzima bacteriana difere estruturalmente da eucariótica, o que levanta questões sobre o possível mecanismo de ação da sinvastatina em microrganismos Sendo assim, o objetivo do presente estudo é avaliar o mecanismo de ação da sinvastatina na via do mevalonato de S. aureus. Para isso, foi realizada a clonagem e expressão heteróloga da HMG-CoA redutase de S. aureus em Escherichia coli e a enzima recombinante foi utilizada nos ensaios de inibição enzimática na presença da sinvastatina, pravastatina e tenivastatina. A predição da estrutura tridimensional da SaHMGR foi realizada utilizando o AlphaFold 3, e com essa estrutura, foi realizado docking molecular com sinvastatina e pravastatina. A enzima SaHMGR foi devidamente purificada para utilização nos ensaios cinéticos no qual, foi obtido um valor de Km de 0,69 μM para o substrato HMG-CoA e de 577,7 μM para o cofator NADPH. Houve diferença significativa entre os grupos atividade e inibição, indicando assim um potencial inibitório das estatinas, sobretudo da sinvastatina com inibição de 64,40 ± 28,0% na concentração de 1 µM (p<0.001) e um valor IC₅₀ de 2,47 μM, além da redução na atividade específica dessa enzima. A estrutura predita pelo AF3 apresentou a maioria dos resíduos de aminoácidos nas regiões estruturadas com pontuações de confiança muito altas (plDDT > 90) o que sugere uma boa precisão do modelo. Os resultados de docking sugerem que o modo de ligação da sinvastatina no sítio de ligação da enzima HMG-CoA redutase de S. aureus é semelhante ao encontrado na literatura para enzimas da mesma classe. Os resultados obtidos reforçam o potencial de estatinas como inibidores enzimáticos em bactérias patogênicas, contribuindo para o desenvolvimento de novas abordagens frente ao reposicionamento de fármacos e à resistência antimicrobiana.

Detalhes

Data:
agosto 28
Hora:
09:00 - 12:00
Categorias de Evento:
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