Defesa de Dissertação de Mestrado — Andreza Sonego Furlan

Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

Andreza Sonego Furlan

Exercícios faciais associados, ou não, ao uso de cosmético para rejuvenescimento facial

Auditório da FCF

Presidente
Profª Drª Gislaine Ricci Leonardi — FCF / Unicamp

Membros titulares
Drª Valéria Romero
Profª Drª Patrícia Froes Meyer — Universidade Potiguar

Membros suplentes
Profª Drª Michelle Franz Montan Braga Leite — FOP / Unicamp
Profª Drª Priscila Gava Mazzola — FCF / Unicamp
Drª Gabriela Trindade de Souza e Silva — FCF / Unicamp

Resumo

O envelhecimento é um processo natural que envolve reabsorção óssea, perda de volume subcutâneo, frouxidão ligamentar e flacidez cutânea. Este estudo teve como objetivo analisar a eficácia de exercícios faciais com o uso de um peso facial, associados ou não a um cosmético contendo tetraisopalmitato de ascorbila e tripeptídeo sintético, na pele dos participantes. A parte experimental foi conduzida na Faculdade de Ciências Farmacêuticas, especificamente no Centro de Especialidades em Ciências Cosmética e Dermatológica (CeCD) e no Centro de Engenharia Biomédica (CEB), ambos na Unicamp. Foram recrutados participantes saudáveis com idades entre 30 e 65 anos. Todas as formulações foram codificadas e distribuídas por um investigador independente para garantir o caráter duplo-cego do estudo. Avaliou-se a eficácia in vivo utilizando técnicas biofísicas não invasivas de análise da pele e eletromiografia, com o objetivo de elucidar os efeitos do cosmético e da ginástica facial na pele, bem como a associação entre o uso da formulação e a prática de exercícios físicos. Foram utilizadas medidas instrumentais e questionários de autoavaliação para analisar parâmetros da pele. Um dispositivo de peso facial de 18g foi criado para intensificar os movimentos durante os exercícios, visando acelerar o fortalecimento dos músculos faciais. Dois estudos clínicos foram realizados com 80 participantes. No ensaio clínico 1, os voluntários foram divididos em dois grupos, conforme a presença ou ausência do cosmético ativo e da ginástica facial. No ensaio clínico 2, os voluntários foram divididos em três grupos, onde o primeiro grupo somente usou o cosmético, o segundo grupo realizou ginástica facial e usou cosmético e o terceiro grupo apenas realizou a ginástica facial. Os grupos que realizaram a ginástica facial aprenderam uma série de exercícios isométricos e miofuncionais através de treinamento presencial e vídeos educativos. Os procedimentos foram realizados diariamente durante 60 dias, com análises realizadas no início (T0) e no final do período (T60). Os resultados do estudo clínico mostraram que na comparação das amplitudes de ativação muscular houve uma tendência de melhora, entretanto não apresentou diferença significativa entre os grupos 1 e 2 no ensaio clínico 1, avaliadas pelas medidas de RMS e frequência mediana na eletromiografia. No entanto, no ensaio clínico 2, a formulação cosmética demonstrou efeitos positivos na firmeza e elasticidade da pele, contribuindo para a reversão dos sinais de envelhecimento cutâneo. As avaliações dos participantes confirmaram esses efeitos, indicando melhora na aparência da pele, rugas e linhas de expressão em todos os grupos. A eletromiografia, contudo, nas condições experimentais deste estudo, não mostrou ser uma técnica adequada para medir a intervenção de exercícios faciais com fins estéticos. Concluímos que a utilização de diferentes parâmetros de realização dos exercícios (tempo, peso, repetições, etc), e equipamentos de avaliação de eficácia clínica, devem ser estudados para elucidar os efeitos dos exercícios faciais, assim como novas metodologias para avaliação da massa muscular da face. estes estudos são necessários e importantes, pois contribuirão para o avanço da ciência na área estética. apesar disto este estudo científico foi bastante relevante pois abre caminho para novas e importantes descobertas científicas.