O curso de Farmácia da Unicamp se manteve como o terceiro melhor classificado do Brasil no Ranking Universitário Folha 2024, publicado no último dia 21 de outubro. Os cursos da USP (mantidos pelas Faculdades de Ciências Farmacêuticas de São Paulo e Ribeirão Preto) e da UFMG (mantido pela Faculdade de Farmácia, em Belo Horizonte) foram novamente classificados em primeiro e segundo lugar, seguindo uma tendência iniciada em 2018. É o décimo ano do ranking — a Folha de S. Paulo não realizou o ranqueamento entre 2020 e 2022. Desde o início do RUF, o curso da Unicamp está classificado entre os melhores do país, entre 584 cursos.
Confira mais um vídeo da série “Minha Pesquisa”, produzido pela equipe da Assessoria de Comunicação da FCF.
Neste mês, a convidada é a farmacêutica Samira Elisa Alves Geraldo, doutoranda em Farmacologia orientada pela Profª Drª Laura de Oliveira Nascimento no Laboratório de Tecnologia Farmacêutica da FCF.
Samira investiga como esferas lipídicas carregadas com medicamentos podem aprimorar o tratamento de infecções pulmonares, beneficiando a qualidade de vida de muitos pacientes. Essas esferas nanométricas, invisíveis a olho nu, são feitas de lipídios e oferecem uma forma eficaz de transportar fármacos. Devido ao seu tamanho minúsculo, elas penetram facilmente em células e tecidos, potencializando a absorção e a eficácia do tratamento, além de protegerem os medicamentos da degradação antes de chegarem ao alvo no corpo.
Os Congressos de Iniciação Científica da Unicamp, realizados anualmente, visam apresentar os resultados dos projetos de Iniciação Científica e Tecnológica desenvolvidos na Universidade. Esses eventos contribuem para o aprimoramento das habilidades essenciais à pesquisa acadêmica e favorecem a interação entre pesquisadores de diferentes níveis e áreas.
A 32ª edição do Congresso será realizada entre os dias 6 e 8 de novembro de 2024. As sessões de pôsteres acontecem das 15h30 às 17h30.
Participarão 40 graduandos do curso de Farmácia da Unicamp. Haverá também a apresentação de uma estudante de Farmácia da PUC-Campinas que faz iniciação científica na FCF, e de estudantes do PIBIC-EM da rede pública de Piracicaba, que desenvolvem projeto na Faculdade de Odontologia de Piracicaba sob orientação da Profª Drª Karina Cogo Müller, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.
Doutorandos da Unicamp estão convidados a participar do Congresso na condição de avaliadores.
Apresentações em 6/11/2024 (Exatas e Tecnológicas)
Reportagem publicada na Revista do Farmacêutico n. 154, publicação do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, destacou o cuidado farmacêutico em cosmetologia, a partir do relato da professora Gislaine Ricci Leonardi, da FCF/Unicamp, coordenadora do Grupo Técnico de Trabalho (GTT) de Cosmetologia do CRF-SP
Cosméticos e produtos de higiene são produtos que interferem diretamente na saúde das pessoas e o farmacêutico pode atuar no segmento aproveitando seu conhecimento técnico e científico
Cosméticos são vendidos livremente nas prateleiras de drogarias e até mesmo pela internet, mas precisariam ser preparados e apresentados com responsabilidade para o público. O farmacêutico pode atuar na orientação desta classe de produtos de várias maneiras, aproveitando seu conhecimento em formulações, ingredientes e efeitos dos produtos na pele e em seus anexos.
Esta atuação é ampla e pode proporcionar um cuidado integral e personalizado aos indivíduos. Além da orientação sobre a escolha do produto adequado e modo correto de utilização, o farmacêutico pode atuar na manipulação, ou seja, na pesquisa e desenvolvimento de novas formulações. O vasto conhecimento técnico adquirido em várias disciplinas durante a graduação em Ciências Farmacêuticas permite ao farmacêutico um conhecimento amplo sobre as formulações cosméticas.
Cosméticos são preparações constituídas por substâncias naturais e sintéticas de uso externo nas diversas partes do corpo humano, como pele, unha, sistema capilar, lábios, órgãos genitais externos, dentes e membranas de mucosa da cavidade oral, com o objetivo de limpar, perfumar, alterar aparência, corrigir odores corporais, proteger e manter essas diversas partes do corpo humano saudáveis e bonitas.
Profª Drª Gislaine Ricci Leonardi
Para a Dra. Gislaine Ricci Leonardi, docente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp e coordenadora do Grupo Técnico de Trabalho (GTT) de Cosmetologia do CRF-SP, o farmacêutico é um profissional bastante capacitado para atuar na área cosmética. Segundo a professora, a disciplina de cosmetologia possibilita ao farmacêutico atuação profissional, tanto na parte de pesquisa e desenvolvimento das formulações, quanto na parte dos estudos de segurança e eficácia das formulações.
Dra. Gislaine acrescenta que além da graduação, o profissional pode se especializar em cosmetologia por meio de cursos de pós-graduação stricto sensu. “Isto tem permitido a formação de mestres e doutores expertises nas ciências cosméticas. Logo, há muitos farmacêuticos capacitados em orientar sobre a escolha e uso racional de dermocosméticos, promovendo cuidado farmacêutico à população, para que esta possa envelhecer com mais qualidade de vida e consequentemente mais saúde”, ressaltou.
A especialista considera que cosméticos também podem ser usados para prevenção do envelhecimento precoce da pele. Para tanto, indica a aplicação contínua de produtos adequados em todas as partes do corpo. “No entanto, algumas dessas partes como face, pescoço e colo necessitam de cuidados mais intensos, uma vez que são nessas regiões que se notam os sinais precoces do envelhecimento cutâneo”, observou.
Dra. Gislaine explica que a Unicamp, em parceria com a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC), realizou alguns projetos de extensão que visavam oferecer oficinas de automaquiagem a pacientes oncológicas do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism). A atividade consistia em oficinas sobre uso racional de cosméticos, técnicas de maquiagem a serem utilizadas no dia a dia e orientações gerais de cuidado farmacêutico sobre o cuidado da saúde da pele.
As ações educativas ofereceram técnicas de maquiagem. Na frente do espelho as próprias pacientes aplicavam a automaquiagem aprendida, pintando toda a região da face com itens individuais de maquiagem. Ao final da ação, os pesquisadores verificaram relatos das pacientes de que a maquiagem as influenciavam positivamente no bem-estar e no enfrentamento da doença.
“Há décadas estudos demonstram a clara relação entre autoestima e atratividade física, reconhecendo também a importância do assunto no relacionamento interpessoal. As oficinas contribuíram para adesão ao tratamento, uma vez que foi possível criar um vínculo entre as pacientes e a equipe envolvida, tornando o tratamento mais humanizado. Foi possível observar os efeitos positivos, que demonstraram melhora na autoestima, na esperança e, consequentemente, na qualidade de vida das participantes”, concluiu a Dra. Gislaine.
O Dr. Gustavo Mercaldi, pesquisador do LNBio / CNPEM e professor visitante do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, está recrutando graduados nas áreas de saúde interessados em cursar a pós-graduação, em projeto multidisciplinar envolvendo técnicas de biologia molecular, bioquímica, biofísica, química-biológica e biologia celular. A bolsa TT-3 é de 40 horas semanais. Os interessados podem enviar currículo e histórico escolar de graduação para o endereço de e-mail gustavo.mercaldi [at] lnbio.cnpem.br
Até o dia 27 de setembro, o Projeto de Extensão Raízes recebe inscrições de estudantes para a Semana de Cuidado Farmacêutico — SECUFA, que acontecerá de 28 a 30 de novembro de 2024 (quinta-feira a sábado).
O trabalho foi defendido em novembro de 2023. Atualmente, Akila é pós-doutoranda no Laboratório de Farmacologia do Trato Urogenital e Inflamação, no Departamento de Medicina Translacional – Área de Farmacologia da Faculdade de Ciências Médicas, onde dá continuidade aos estudos relacionados à disfunção da bexiga diabética, condição que afeta mais da metade dos pacientes diagnosticados com diabetes mellitus.
A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp faz parte da trajetória acadêmica de Akila. Em 2017, ela ingressou na primeira turma do curso de Mestrado, logo depois de se formar médica veterinária pela Universidade de Sorocaba. Orientada pela Drª Ana Lúcia Tasca Gois Ruiz, defendeu a primeira dissertação de mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, em julho de 2019.
Durante sua formação na pós-graduação na Unicamp, Akila atuou no Programa de Estágio Docente da FCF em diversas disciplinas do curso de graduação em Farmácia, como Metodologia e Informação Científica, Farmacoepidemiologia, Saúde Coletiva nas Ciências Farmacêuticas, Laboratório Clínico I, Biologia Molecular, e Plantas Medicinais e Tóxicas, tendo atendido mais de duzentos estudantes de graduação. Entre suas experiências mais recentes relacionadas ao ensino, está a apresentação do trabalho Curricularização da extensão na graduação em farmácia: experiência em saúde coletiva no IX Congresso de Extensão em Cultura da UFABC, em coautoria com a doutoranda Vanessa Gomes Lima e a Profª Drª Taís Freire Galvão.
Neste 17 de setembro, Dia Mundial da Segurança do Paciente promovido pela Organização Mundial da Saúde, o Comitê de Farmacovigilância do CRF-SP, coordenado pela Profª Drª Patricia Moriel, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, organizou um webinar com o tema Possíveis riscos no uso de semaglutida e outros análogos de GLP-1, trazendo orientações para o manejo dos pacientes. O webinar também teve a participação do Dr. Maurício Wesley Perroud Junior, do Hospital Estadual de Sumaré.
Medicamentos que contêm princípios ativos da classe dos agonistas do receptor de peptídeo semelhante ao glucagon (GLP-1) — semaglutida (Ozempic, Rybelsus, Wegovy), liraglutida (Saxenda, Victoza), liraglutida + insulina degludeca (Xultophy), lixisenatida (Soliqua), tirzepatida (Mounjaro) e dulaglutida (Trulicity) — provocam o retardamento gástrico e podem aumentar o risco de aspiração em procedimentos com anestesia geral ou sedação profunda, conforme recente alerta emitido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa.
A aspiração e a pneumonia por aspiração podem ser causadas pela inalação acidental de alimentos ou líquidos para uma via respiratória ou podem ainda ocorrer quando o conteúdo do estômago volta para a garganta.
A orientação é que os profissionais de saúde devem questionar os pacientes que serão submetidos a cirurgias com anestesia ou sedação profunda acerca do uso desses medicamentos. Além disso, devem adotar medidas para garantir a ausência de conteúdo gástrico residual antes da realização de procedimentos anestésicos.
Notícias de interesse e o webinar na íntegra estão a seguir:
Egressos dos cursos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp há pelo menos cinco anos poderão concorrer ao Prêmio Egresso Destaque da Unicamp 2024.
O formulário de inscrição estará aberto de 14 a 28 de outubro de 2024. Entre os documentos necessários, estão uma carta de motivação, currículo atualizado, cópia de diploma e outros documentos. Os candidatos deverão ter perfil na Plataforma Alumni Unicamp.
O projeto está vinculado à pesquisa de doutorado em Ciências Farmacêuticas de Amancio Damasceno, farmacêutico e mestre em Ciências da Saúde e Biológicas pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, orientado pela professora Elisdete. O objetivo é treinar um modelo de linguagem de grande porte (LLM) para leitura de bulas de medicamentos e geração de resumos precisos e atualizados de como utilizar o medicamento que sejam mais fáceis de entender por pacientes e profissionais de saúde.
“Um destaque importante é que, dos nove projetos de IA selecionados, seis são liderados por mulheres, isso é um avanço significativo, pois a tecnologia historicamente tem sido dominada por homens”, sublinhou Ana Estela Haddad, professora titular da USP e atual secretária de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, que participou do Seminário Marco Zero da Chamada Grand Challenges de Inteligência Artificial, realizado no último dia 28 de agosto. O encontro foi o primeiro contato entre pesquisadores e gestores do Ministério da Saúde, para alinhamento das propostas selecionadas em relação às expectativas e as necessidades das áreas técnicas envolvidas e discussão da aplicabilidade ao Sistema Único de Saúde. Também estão previstos seminários parciais e um seminário final.