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Graduandos em Farmácia participam do XXX Congresso de Iniciação Científica da Unicamp

Os Congressos de Iniciação Científica da Unicamp acontecem anualmente e têm como objetivo divulgar os resultados dos projetos de Iniciação Científica e Tecnológica realizados por alunos de graduação da Unicamp, bem como de outras instituições. Visam também contribuir para o desenvolvimento de competências necessárias à pesquisa acadêmica, promovendo a oportunidade de interação entre pesquisadores de todos os níveis e áreas.

Em 2022, trigésima edição do Congresso de Iniciação Científica terá a participação de vinte e quatro graduandos e graduandas em Farmácia, orientados por docentes da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, da Faculdade de Ciências Médicas e do Instituto de Biologia. Também participarão do Congresso, entre mais de 1,4 mil inscritos, dois estudantes do curso de Química e um estudante do curso de Medicina da Unicamp, além de uma graduanda em Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera de Campinas, que realizam a iniciação científica na FCF.

As apresentações da área Biológicas acontecerão na quarta-feira, 27 de outubro, no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp.

Estudantes do curso de graduação em Farmácia

Aluno(a)Orientador(a)ProjetoPôster
Ariane Tedeschi RampazzoPatricia MorielIdentificação de microRNAs circulantes como possíveis biomarcadores da doença do coronavírus 2019 (COVID-19)B0064
Beatriz Soncini De OliveiraMary Ann FoglioRevisão bibliográfica dos efeitos deletérios do tratamento onco-hematológico na indução da mucosite oralB0062
Camila Fernandes CorreiaFernanda Janku CabralEpigenética na interação parasito-hospedeiro em Schistosoma mansoniB0417
Carolini Motta NeriPatricia MorielIdentificação de microRNAs plasmáticos como possíveis biomarcadores de gravidade da doença do coronavírus 2019 (COVID-19)B0065
Cynthia Mara Pereira BezerraMarcelo LancellottiAnálise do efeito das nanopartículas de sílica mesoporosa SBA-15 e SBA-16 na detecção de SARS-CoV-2 por RT-qPCRB0061
Gabriel Silva LeiteDaniel Fabio KawanoPlanejamento de novos inibidores da enzima DNA metiltransferaseB0055
Giovana da Costa VenancioCatarina Raposo Dias CarneiroSíntese do ácido 5-aminolevulínico (5-ALA) para aplicação em cirurgia guiada por fluorescência para gliomas: produção nacional e de baixo custoB0052
Jéssica Cristina AlvesGislaine Ricci LeonardiDesenvolvimento de formulações cosméticas antienvelhecimentoB0056
João Victor Alves BrossiJosé Luiz da CostaEstudo descritivo das suspeitas de exposição tóxica ao paracetamol atendidas presencialmente pelo CIATox-Campinas de 2018 a 2020B0057
Júlia Lima OliveiraLaura de Oliveira NascimentoSistemas de liberação combinados para delivery do doxiciclina via bucalB0059
Julia Tiemi SiguemotoPatricia MorielRelação de polimorfismo da enzima do CYP1A2 e reações adversas induzida pela clozapina em pacientes com transtorno psiquiátricoB0066
Juliana Oliveira dos SantosSimone AppenzellerDrogas modificadoras do percurso da doença na artrite idiopática juvenil: adesão e suspensão do tratamentoB0216
Juliana Quinholi RochaAna Paula Couto DavelResposta de células endoteliais in vitro à presença de micropartículas isoladas de pacientes com COVID-19B0409
Larissa Aparecida FerreiraFabio Trindade Maranhão CostaEstratégia de análises computacional para o reposicionamento de drogas antitumorais com capacidade anti-plasmodial em Plasmodium falciparumB0416
Lethicia Camboin De OliveiraGonçalo Amarante Guimarães PereiraConstrução de uma linhagem de levedura modelo para triagem de inibidores da Oxidase Alternativa de Moniliophthora perniciosaB0421
Leticia Cristina Moreira CarvalhoJosé Luiz da CostaManchas de sangue seco em papel (dried blood spots, DBS) como técnica de microextração em toxicologia forense post mortem para identificação de antidepressivos tricíclicosB0058
Leticia Rogge Nogueira dos SantosEder de Carvalho PincinatoCuidados farmacêuticos em usuários de medicamentos à base de Cannabis sativaB0102
Luiza Pires Ferreira Novaes da SilvaGilberto De Nucciβ1-β3-adrenérgicos receptores são capazes de modular as contrações induzidas por 6-nitrodopamina e EFS em ducto do canal deferente isolado de ratoB0118
Mariana Minski FurtadoMaria Luiza Silveira MelloApoptose em células HeLa cultivadas em presença de valproato de sódio e de 5-aza-deoxicitidinaB0437
Marina Gasparotto de AndradeGabriel Forato AnhêEstudo do efeito da tasimelteona na agregação e adesão de plaquetas humanasB0115
Patrick Hideki Fuzimoto AlvaresRodrigo Ramos CatharinoAvaliação metabolômica de doenças neurológicas agudas: identificação de potenciais marcadores diagnósticos e prognósticosB0067
Riky AikawaStephen HyslopAção da doxiciclina sobre as alterações hemodinâmicas causadas pelo veneno da serpente Bothrops jararacussu (jararacuçu)B0218
Samira Elisa Alves GeraldoLaura de Oliveira NascimentoCaracterização de sistemas nanoestruturados para veiculação de levofloxacina via intravenosaB0060
Thalia Lara de SouzaFernanda Viviane MarianoImpactos da pandemia da COVID-19 no atendimento de pacientes com tumores de cabeça e pescoçoB0114

Estudantes de outros cursos orientados na FCF

Aluno(a)Orientador(a)ProjetoPôster
Francisco Mastrobuono Cordeiro de AlmeidaMary Ann FoglioTocotrienol 70%: avaliação de parâmetros de reprodutibilidade e segurança in vitroB0063
Mariana Melo Silva OliveiraCatarina Raposo Dias CarneiroAnálise metabolômica de macrófagos modulados com molécula isolada de veneno de aranha: potencial aplicação no desenvolvimento de novos tratamentos para o câncerB0053
Thayná Fernanda FonsecaCatarina Raposo Dias CarneiroPadronização de inducação de glioblastoma por cirurgia estereotáxica em modelo murino B0054
Wesley Willian Gomes da SilvaTaís Freire GalvãoPrevalência de deficiência de vitamina A em mulheres em idade fértil no Brasil: revisão sistemática e meta-análiseB0068

Pesquisas do LAFTex são premiadas em simpósio internacional

Pesquisadores e pós-graduandos do Laboratório de Fitoquímica, Farmacologia e Toxicologia Experimental — LAFTex participaram do III Simpósio Internacional em Investigações Químico-Farmacêuticas, realizado na Universidade do Vale do Itajaí — Univali, campus de Itajaí, Santa Catarina.

O evento, cuja temática foi “Desafios de Inovação em Fitomedicamentos”, ocorreu entre os dias 28 e 30 de setembro de 2022, simultaneamente ao I Encontro Ibero-Americano de Plantas Medicinais Dr. Mahabir Gupta e ao I Congresso Luso-Brasileiro de Ciências e Tecnologias em Saúde, com apoio da Universidad de Salamanca e da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Unicamp apoiou a participação de quatro pós-graduandos com recursos financeiros do Programa de Apoio à Pós-Graduação — PROAP, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior — CAPES.

A mestranda Daniele Affonso e a doutoranda Núbia Queiroz, durante o evento

Premiações

Entre os trabalhos do grupo de pesquisa, o pôster Avaliação in vitro dos monoterpenos limoneno, carvona e eucaliptol sobre a migração celular, de autoria da mestranda Daniele Affonso e de suas orientadoras, a pesquisadora Ana Ruiz e a professora titular Mary Ann Foglio, ganhou o prêmio de Menção Honrosa na categoria Mestrado.

A doutoranda em Ciências Médicas Núbia de Cássia Almeida Queiroz, orientada pela professora titular Mary Ann Foglio, recebeu o 2º Prêmio Jovem Pesquisador Univali — Grupo A pelo trabalho desenvolvido com o título Avaliação do gel de Arrabidaea chica (Humb & Bonpl) Verlot para tratar mucosite oral em pacientes portadores de doenças onco-hematológicas: protocolo estudo clínico.

Ao todo, foram apresentados apresentados seis trabalhos pelo LAFTex:

TrabalhoAutores
ANÁLISE QUÍMICA E BIOLÓGICA DO EXTRATO BRUTO DE FRIDERICIA CHICA L. E COENCAPSULAÇÃO COM TOCOTRIENOL 70% UTILIZANDO PEG-PCLAilane S. Freitas, Ilza M. O. Sousa, André M. Lopes, Luan S. D. Rabelo, Mayra G. Biccigo, Kaio Buglio, Daniele D. Affonso, João E. de Carvalho, Ana L. T. G. Ruiz e Mary Ann Foglio
AVALIAÇÃO DE TEOR DE FENÓLICOS, FLAVONÓIDES E ATIVIDADE ANTIOXIDANTE DO RESÍDUO LIOFILIZADO DA PRODUÇÃO ORGÂNICA E HIDROPÔNICA DA FRAGARIA SPPMayra G. Biccigo, Camila S. Soares, Ilza Maria de O. Sousa, Luan S. D. Rabelo, Ailane S. Freitas, Kaio Eduardo Buglio, Mary Ann Foglio
AVALIAÇÃO DO GEL DE ARRABIDAEA CHICA (HUMB & BONPL) VERLOT PARA TRATAR MUCOSITE ORAL EM PACIENTES PORTADORES DE DOENÇAS ONCO-HEMATOLÓGICAS: PROTOCOLO ESTUDO CLÍNICONúbia de Cássia Almeida Queiroz, Aline S Jamel, Ilza Maria de Oliveira Souza, Erich V de Paula, Afonso C Vigorito, Cleber N Alexandre, Carmen P Lima, João E de Carvalho, Mary ann Foglio
AVALIAÇÃO DO EXTRATO AQUOSO DE FRIDERICIA CHICA (BONPL) L.G. LOHMANN MICROEMCAPSULADOLuan S. D. Rabelo, Ilza M. Oliveira Sousa, Ailane S. Freitas, Jhéssica K. C. Frota, Mayra G. Biccigo, Vitória R.G.F. Muniz, Marcos R. Mafra e Mary Ann Foglio
AVALIAÇÃO IN VITRO DOS MONOTERPENOS LIMONENO, CARVONA E EUCALIPTOL SOBRE A MIGRAÇÃO CELULARDaniele D. Affonso, Ana Lucia. T. G. Ruiz, Mary Ann Foglio
MENTHA AQUATICA ESSENTIAL OIL – INFLUENCE ON IN VITRO CELL MIGRATIONLucia E. O. Braga, Gisele G. da Silva, Ilza M. O. Souza, Mary Ann Foglio, Ana Lucia Tasca Gois Ruiz

FCF recebe pesquisadores estrangeiros para discutir farmacogenômica e epigenética

Imagem: National Human Genome / Research Institute

No mês de novembro, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas receberá os pesquisadores estrangeiros Susumu Kobayashi (Harvard Medical School e Beth Israel Deaconess Medical Center), Nicolás René Saavedra Cuevas e Kathleen Francinette Saavedra Peña (Universidad de La Frontera, Chile), que ministrarão aulas na disciplina Farmacogenômica e Epigenética (CF046 — Tópicos Especiais em Ciências Farmacêuticas, turma A, 1 crédito), sob responsabilidade da professora Patricia Moriel.

As aulas da disciplina acontecerão no Anfiteatro da Farmacologia, localizado no 3º piso do prédio FCM-10, entre o CAISM e o HC, nas seguintes datas e horários:

  • 26/10 [quarta] (9h às 12h) — aula introdutória com a professora Patricia Moriel
  • 1/11 [terça] (9h às 11h) e 4/11 [sexta] (9h às 13h) — aulas com o prof. Susumu Kobayashi
  • 11/11 [sexta] 18/11 [sexta] (9h às 11h) — aulas com os profs. Nicolás René Saavedra Cuevas e Kathleen Francinette Saavedra Peña

Matrícula

Os estudantes de pós-graduação poderão se matricular na disciplina até 6 de outubro ou incluir a disciplina no período de alteração de matrícula (11 a 13 de outubro).

O procedimento deve ser feito no e-DAC, menu “Matrícula” e “Alterar matrícula”.

Mais informações podem ser obtidas com a Secretaria de Pós-Graduação da FCF pelo e-mail seccpg@fcf.unicamp.br.

Pesquisa FAPESP: Clareador dental de cogumelo

Produto com menos efeitos adversos é desenvolvido em projeto interdisciplinar de universidades paulistas

Tiago Jokura, da Revista Pesquisa FAPESP | Foto: Pedro Amatuzzi / Inova Unicamp

Um tipo de cogumelo apreciado no Brasil e muito utilizado na culinária asiática poderá ser uma alternativa em um futuro próximo para um dos procedimentos odontológicos mais comuns no país, o clareamento dental. A novidade, criada por um grupo interdisciplinar de pesquisadores das universidades Estadual de Campinas (Unicamp) e Federal de São Paulo (Unifesp), é uma substância feita a partir de um extrato à base de shimeji-preto capaz de remover manchas dos dentes. Segundo seus inventores, o produto desgasta menos o esmalte dentário e não apresenta o efeito colateral da hipersensibilidade, comum após a aplicação de clareadores convencionais disponíveis no mercado.

A fim de acelerar o desenvolvimento de um modelo comercial do novo clareador, a startup WeBee, spin-off da Unicamp, firmou com as duas universidades um contrato de licenciamento do pedido de patente da formulação, depositado no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Com recursos do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe), da FAPESP, a WeBee pretende testar o extrato em duas formulações: como gel – aplicado em moldes dentais – e enxaguatório bucal. “Tudo correndo bem, prevemos que a primeira versão comercial ficará pronta em cerca de 20 meses”, informa a biotecnologista Dayse Alexia, criadora da startup.

A empreendedora enumera as principais vantagens da invenção, formulada à base de água e do fungo. “Além da composição natural, o extrato provoca menos efeitos colaterais do que os clareadores tradicionais, que podem causar dor, hipersensibilidade, inflamação da gengiva, sensibilidade gástrica, alterações de pH e desmineralização da estrutura dentária.”

A odontologista Débora Alves Nunes Leite Lima, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), da Unicamp, explica que os clareamentos mais comuns, com peróxido de hidrogênio e carbamida, já são capazes de remover pigmentos sem comprometer a estrutura dental. Contudo, essas substâncias podem causar alterações microscópicas no esmalte, como a desmineralização dos dentes. “O agente clareador de shimeji também beneficia pacientes que apresentem alguma alergia ou sensibilidade a formulações convencionais”, afirma Lima, que integrou a equipe responsável pela inovação.

A nova aplicação estética em odontologia empregando fungos comestíveis coube a um time de pesquisadores de três unidades da Unicamp – a FOP, a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e a Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) – e do Programa de Pós-graduação em Medicina Translacional da Escola Paulista de Medicina (EPM) da Unifesp. Os inventores e a WeBee foram reconhecidos em maio pela Unicamp com o Prêmio Inventores, que tem como foco contratos de licenciamento de propriedade intelectual.

“A investigação se originou a partir da tese de Maria Cibelle Pauli, uma das minhas alunas no doutorado pela Unifesp”, conta a farmacêutica Gislaine Ricci Leonardi, atualmente professora de cosmetologia da FCF-Unicamp. Motivada pelo potencial da pesquisa de Pauli, focada em clareamento dental, Leonardi convidou o engenheiro de alimentos Juliano Lemos Bicas, do Departamento de Ciência de Alimentos e Nutrição da FEA-Unicamp, para participar do projeto.

“A professora Gislaine me procurou para investigarmos clareadores dentais feitos a partir de alimentos. Sugeri, então, estudarmos as enzimas oxirredutases, que já sabíamos que têm a propriedade de degradar pigmentos”, recorda-se Bicas. “A partir daí, testamos quatro tipos de cogumelos vendidos em supermercados: shitake, shimejis branco e preto, e cogumelo paris, todos eles ricos em enzimas oxirredutases. Desses, o que apresentou melhores resultados foi o shimeji-preto.”

Nos testes em laboratório, o extrato de shimeji se mostrou seguro tanto em aplicações in vitro como em partes de dentes bovinos – essa fase da pesquisa foi aprovada pela Comissão de Ética no Uso de Animais da Unicamp. A próxima etapa do desenvolvimento, em planejamento, prevê o teste das duas diferentes formulações (gel e enxaguatório) em humanos.

Durante os estudos, os pesquisadores tiveram uma surpresa quando procederam à esterilização da matéria-prima. Ao expor o cogumelo a altas temperaturas, a expectativa era de que o processo inibisse a ação das enzimas. “Em vez de inativar a propriedade clareadora, o aquecimento aumentou o potencial do extrato. Isso sugere que a ação de clareamento talvez não seja provocada exclusivamente ou diretamente pelas enzimas. Ainda não sabemos o porquê disso”, conta Bicas.

Uma desvantagem do extrato de shimeji é clarear cerca de 25% a menos do que os produtos convencionais. “Curiosamente, esse pode ser um aspecto positivo da formulação, já que muitas vezes a pessoa prefere uma aparência mais natural em vez daquele branco artificial nos dentes”, conta o engenheiro de alimentos da Unicamp.

Para a odontologista Amélia Mamede, diretora de Promoção da Saúde da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) que não participou da pesquisa, o produto, considerado por ela “conservador”, deve trazer benefícios aos usuários por ser uma tecnologia sustentável. “Esse tipo de estudo e desenvolvimento deve ser incentivado em todas as universidades para que haja mais tecnologias sustentáveis e apoiadas no tripé ambiental, econômico e social.”

A nova aplicação estética do shimeji-preto também pode resultar em ganhos para os produtores de fungo, normalmente pequenos empreendedores. Como o talo e outras parcelas descartáveis do fungo são tão eficazes no clareamento como as partes vendidas nos supermercados – principalmente o chapéu –, os produtores poderiam aumentar a renda e ao mesmo tempo diminuir o desperdício do cultivo. “Como não precisamos da parte comestível para fazer o clareador, nossa demanda não compete com o alimento”, destaca Bicas. “Em vez de descartar os talos, os pequenos produtores poderiam vendê-los, obtendo uma fonte de renda extra.”

Empreendedorismo
A criação de spin-offs como a WeBee já existe há décadas na Unicamp. Esse movimento, porém, intensificou-se recentemente em razão de mudanças regulatórias favoráveis aos micro e pequenos negócios, como a sanção do Projeto de Lei Complementar no 146/2019, conhecido como marco legal das startups e do empreendedorismo inovador, em 2021 (ver Pesquisa FAPESP no 305), e a aprovação da Política de Inovação da Unicamp, em 2019.

Ana Frattini, diretora-executiva da Agência de Inovação Inova, afirma que a meta da agência é estimular a criação de pelo menos duas spin-offs por ano e fazer o licenciamento de 20 novas tecnologias. De acordo com ela, o modelo adotado pela instituição estimula a transferência de conhecimento gerado na universidade por meio da criação de novos negócios baseados em ciência e tecnologia, com potencial de gerar impacto social, econômico e ambiental.

“Ao licenciar uma tecnologia da Unicamp, os empreendedores reduzem o tempo, o custo e o risco envolvidos no desenvolvimento de inovações”, comenta a executiva. “Esse modelo movimenta o conceito da tríplice hélice, no qual universidade, governo e empresas interagem para que a inovação aconteça e gere impactos positivos na sociedade.”

Projeto
Produto clareador dental à base de resíduo industrial do processamento de cogumelos (no21/04241-9); Modalidade Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (Pipe); Pesquisadora responsável Dayse Alexia de Carvalho de Brito (WeBee); Investimento R$197.967,96.

Este texto foi originalmente publicado por Pesquisa FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o original aqui.

Pós-Graduação da FCF oferece curso de estratégias para publicação de artigos científicos

Preciso Publicar Meu Paper — Estratégias para Publicar seu Trabalho Científico é o tema do curso que será ministrado por André Moreni Lopes, pesquisador visitante convidado da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas.

O objetivo do curso é estimular, proporcionar e capacitar o aluno de pós-graduação, a partir de problemas e situações reais, a redigir textos científicos — dissertações, teses, e, principalmente, de artigos científicos.

As aulas terão início em 11 de outubro de 2022, às 14 horas, e ocorrerão às terças e quintas-feiras, das 14h às 16h, até o dia 6 de dezembro.

Interessados podem se matricular de 4 a 6 de outubro

De 4 a 6 de outubro — período de matrícula em disciplinas da 2ª metade do 2º período letivo de 2022 da pós-graduação da Unicamp —, os interessados, desde que sejam estudantes regularmente matriculados em um curso de pós-graduação da Unicamp, poderão solicitar a matrícula na disciplina CF043 — Tópicos Especiais em Ciências Farmacêuticas I, turma A. O procedimento deve ser feito pelo e-DAC, link “Matrícula” e “Alterar matrícula”.

Processo Seletivo — Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas

Está publicado o Edital CPG/FCF 2/2022, referente ao processo seletivo para ingresso no primeiro semestre de 2023, com vagas para os cursos de Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas.

O período de inscrições será de 24 a 31 de outubro de 2022. O processo seletivo será realizado de 21 a 25 de novembro de 2022, em data e horário a serem divulgados na convocação dos candidatos.

As atividades dos candidatos aprovados para as vagas oferecidas nesse edital terão início em março de 2023.

FCF recebe o professor Mandip Sachdeva

No último dia 11 de julho, visitou a Universidade Estadual de Campinas o professor Mandip Singh Sachdeva, do College of Pharmacy & Pharmaceutical Sciences da Florida A&M University, em Tallahassee, onde coordena o Sachdeva Laboratory, cuja equipe de pesquisadores utiliza a nanotecnologia com foco no tratamento de doenças como o câncer de mama e o câncer de pulmão, além de ferimentos na córnea e obesidade.

Na ocasião, o prof. Sachdeva — que está no Brasil como professor visitante da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo, com financiamento do Programa Fulbright — ministrou a palestra Cannabidiol loaded extracellular vesicles sensitize triple-negative breast cancer to doxorubicin in vivo (em português: “Vesículas extracelulares carregadas de canabidiol sensibilizam câncer de mama triplo negativo à doxorrubicina in vivo”), discutindo o emprego terapêutico de canabinóides (Δ9-THC e CBD) na regulação da proliferação, metástase, angiogênese e diferenciação de células cancerígenas. O estudo foi publicado em 2021 no International Journal of Pharmaceutics.

Também dialogou com docentes e estudantes de graduação e pós-graduação do curso de Farmácia e dos Programas de Ciências Farmacêuticas, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, de Biologia Funcional e Molecular, do Instituto de Biologia, e de Biologia Buco-Dental, da Faculdade de Odontologia de Piracicaba.

O professor Mandip Sachdeva, da Florida A&M University, e o professor Paulo Rosa, da FCF/Unicamp (Foto: Prof. Marcelo Bispo de Jesus)

Pós-graduandas da FCF conquistam o Desafio Unicamp 2022 na categoria Voto Popular

A equipe NanoSilver venceu o Desafio Unicamp 2022, organizado pela Agência de Inovação da Unicamp — Inova, na categoria Voto Popular.

Formado pelas estudantes de pós-graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas Érica Mendes dos SantosJúlia Cedran Côco e Luiza Aparecida Luna Silvério, do Laboratório de Farmacotécnica e Cuidado em Saúde — LaFateCS, e Kátia de Pádua Silva, do Laboratório de Farmacologia de Antimicrobianos e Microbiologia — LabFAM, o time teve mentoria acadêmica da Drª Raluca Savu, pesquisadora do Centro de Componentes Semicondutores e Nanotecnologias, e da Profª Drª Ljubica Tasic, do Instituto de Química, credenciada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas.

Leia mais: Agro prevalece e emplaca dois vencedores na Final do Desafio Unicamp

Ao longo do processo, a equipe também teve mentorias com Tiago Dias, Vital Yasumaru, Talita da Silva Ferreira, Marcos Vaz e Erik J. Sander, da University of Florida. As pós-graduandas desenvolveram um modelo de negócios para produção e venda de um spray para assepsia das mãos, voltado inicialmente para estabelecimentos como escolas de educação infantil e buffets infantis, com foco na prevenção de acidentes. O saneante, a base de água, utiliza a tecnologia de nanopartículas de prata elaborada na Unicamp, sendo um substituto seguro para o álcool em gel.

O pitch da equipe por ser visto a seguir:

O Desafio Unicamp, que chega à décima segunda edição em 2022, é um programa de desenvolvimento de habilidades empreendedoras com mentorias acadêmicas, empresariais, internacionais, capacitação de Lean Canvas e impacto socioambiental, além de treinamentos de pitch, ao longo de quatro meses. Os finalistas passaram por duas fases de avaliação antes de serem selecionados para apresentar o pitch na final do programa.

FCF na Grande Final do Desafio Unicamp 2022

A equipe NanoSilver, formada pelas estudantes de pós-graduação da Faculdade de Ciências Farmacêuticas Érica Mendes dos Santos, Júlia Cedran Côco e Luiza Aparecida Luna Silvério, do Laboratório de Farmacotécnica e Cuidado em Saúde — LaFateCS, e Kátia de Pádua Silva, do Laboratório de Farmacologia de Antimicrobianos e Microbiologia — LabFAM, é uma das seis finalistas do Desafio Unicamp 2022, organizado pela Agência de Inovação da Unicamp — Inova, que chega à 12ª edição neste ano.

As discentes convidam toda a comunidade FCF para assistir às apresentações no dia 30 de junho, quinta-feira, às 15 horas, por meio virtual. As inscrições podem ser feitas nesta página.

Na ocasião, o público participante poderá votar na equipe, que concorre ao prêmio da categoria Voto Popular, além das categorias Geral e Impacto Socioambiental.

Processo Seletivo — Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas

Está publicado o Edital CPG/FCF 1/2022, referente ao processo seletivo para ingresso no segundo semestre de 2022, com vagas para os cursos de Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas.

O período de inscrições será de 6 a 10 de junho de 2022. O processo seletivo será realizado de 27 de junho a 1º de julho, em data e horário a serem divulgados na convocação dos candidatos.

As atividades dos candidatos aprovados para as vagas oferecidas nesse edital terão início em agosto de 2022.