Início Autores Posts por Pós-Graduação

Pós-Graduação

182 POSTS 0 COMENTÁRIOS

Pesquisadores acham fentanil no sangue de usuários de drogas

Opioide de uso hospitalar potencializa outros entorpecentes e pode levar a morte

Texto: Ronnie Romanini | Foto: Rodrigo Zanotto (Correio Popular)

Notícia em PDF

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox), da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), emitiu um alerta após encontrar fentanil, um opioide de uso hospitalar, em substâncias psicoativas na região de Campinas. O fentanil é extremamente potente e, atualmente, é a droga que mais mata pessoas nos Estados Unidos (EUA).

Ela é considerada muito mais forte do que a heroína, além de ser extremamente viciante e causar uma abstinência dolorosa. Embora especialistas acreditem que o Brasil não viverá uma epidemia de abuso da substância, como acontece nos EUA, o alerta é importante para pelo menos três grupos específicos: profissionais que trabalham em serviços de emergência e no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU); usuários de substâncias psicoativas e agentes de segurança pública, que eventualmente possam participar de apreensões da droga.

O fentanil foi detectado em pacientes que utilizaram drogas de abuso por meio de análises realizadas pelo Laboratório de Análises Toxicológicas (LTA) do CIATox. Drogas de abuso é um termo genérico para um conjunto de substâncias que são consumidas indiscriminadamente sem a prescrição de um profissional competente. O professor José Luiz da Costa, coordenador executivo do CIATox, e o mestre em Ciências do Laboratório de Toxicologia, Rafael Lanaro, também responsável pelas análises, explicaram que os pacientes haviam utilizado drogas como K2 (canabinoide sintético), LSD e cocaína, batizadas com fentanil. Ainda houve a utilização do opioide em um provável golpe de “Boa noite, Cinderela”. 

No momento, o alerta tem especial utilidade para o SAMU e demais serviços de emergência, possibilitando que os profissionais que prestam socorro estejam atentos para identificar indícios de intoxicação por opioides. Os principais sintomas de abuso da substância psicoativa são conhecidos como “tríade opioide”: depressão neurológica, depressão respiratória e pupila miótica — quando a pupila se contrai e fica bastante fechada, pequena. Ao observar sinais de baixo nível de consciência e falta de ar, os profissionais podem agir rapidamente e salvar a vida do paciente, já que há um antídoto para combater a intoxicação.

“Se a pessoa tem esses três sintomas, o clínico tem que ter essa percepção de que pode ser fentanil. Ele pode consultar o CIATox, o que é bem importante, mas em uma situação de emergência ele tem esse treinamento para usar o antídoto Naloxona, que existe e está disponível. Em outros países, como os EUA, é comum a população ter Naloxona em casa”, explicou Lanaro.

O alerta aos profissionais de saúde é ainda mais necessário considerando que a cocaína e o crack são as drogas prevalentes nos casos de intoxicação no Brasil, portanto o tratamento é direcionamento para estas substâncias – abrindo a possibilidade de um médico de emergência sequer considerar a possibilidade de um opioide. As equipes devem estar atentas para a possibilidade, mesmo que rara, de intoxicação por fentanil e utilizar o antídoto. Ele é seguro, tem resposta relativamente rápida e recupera a função respiratória prejudicada, ajudando a controlar a situação do paciente e eventualmente salvando vidas.

Outro motivo importante para o alerta é que o uso do fentanil é comum em alguns procedimentos médicos para minimizar a dor, como na intubação. A apreensão de 31 frascos de fentanil em uma operação da Polícia Civil no Espírito Santo elevou a preocupação, pois um aumento do número de substâncias, como a cocaína, contaminadas com o opioide, pode levar a mais casos de intoxicação e ter um grande efeito no socorro e no tratamento.

“Se há uma depressão respiratória e o paciente vai intubar, usa-se fentanil. Então, vai aumentar ainda mais a exposição e o que seria para ajudar pode causar uma piora”, disse o Lanaro, responsável técnico pelas análises toxicológicas do CIATox.

Em São Paulo, o Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) apreendeu 1.229 frascos de fentanil entre 2020 e 2022, totalizando 12.290 ml. No dia 8 de fevereiro deste ano, o Denarc confiscou 810g da substância em Carapicuíba. Calcula-se que esta quantia pode representar 500 mil doses.

Os casos de 2023

O CIATox identificou em ao menos quatro pacientes o uso involuntário de fentanil. Em um dos casos, o opioide foi utilizado como “Boa noite, Cinderela”. Ele foi encontrado em uma garota que suspeitava ter sido dopada. Na análise, nenhuma das substâncias comumente utilizadas no golpe do “Boa noite, Cinderela” foi encontrada. De acordo com Lanaro, ela contou que em uma festa encontrou uma pessoa que usou cocaína. Ela não se lembrava mais de nada a partir deste momento.

“Ela disse que não é usuária, nunca tinha usado drogas. Chegou no hospital inconsciente. E chamou a atenção porque fentanil sendo utilizado como ‘Boa noite, Cinderela’ é extremamente perigoso, e foi o que aconteceu agora no início do ano.” 

Nos demais casos, os pacientes relataram ter usado algum tipo de substância psicoativa e também não tinham conhecimento de fentanil, porém a análise mostrou que as drogas estavam contaminadas. Um havia usado cocaína, outro LSD e o terceiro o canabinoide sintético K2.

“No caso do K2, um usuário diz que está usando essa droga, mas quimicamente podem ser inúmeras moléculas, inúmeras substâncias, e estamos percebendo isso. Esse paciente em nenhum momento recebeu fentanil no hospital, não estava intubado. Ele não tinha sintomas de intoxicação por opioide, mas foi encontrado um nível de fentanil”.

No caso da cocaína, por exemplo, o paciente também se mostrou surpreso com a detecção. Ele confirmou que tinha usado cocaína, mas não fentanil.

“A gente não sabe dizer os motivos pelos quais colocam o fentanil nas drogas, mas esses quatro casos não foram agudos. Foram casos em que o efeito principal era outra droga, mas a presença do opioide chamou a atenção – em uma concentração que não estava causando efeito agudo. Ninguém foi intubado, mas tinha esse efeito diferente de 2016. Os casos de 2016 foram casos agudos, graves, em que foi preciso entrar com antídoto”.

Cuidado na apreensão

Os especialistas do CIATox apontaram que o alerta também é útil para os integrantes das forças policiais, que, eventualmente, podem participar de apreensões da substância.

Para exemplificar, o coordenador executivo do CIATox, José Luiz da Costa, mostrou um vídeo à reportagem. Dois policiais dos EUA contam a experiência que tiveram ao inalar por acidente a substância. Ao lacrá-la em um saco, o ar saiu espalhando uma pequena quantidade de pó. Eles relataram dificuldade para respirar, profunda desorientação e a sensação de que o corpo estava desligando totalmente. Nos Estados Unidos, laboratórios de síntese são muito mais comuns. Apenas em 2022, estima-se que cerca de 70 mil pessoas morreram por causa do fentanil nos Estados Unidos.

Aqui no Brasil, a recomendação é que os policiais não se descuidem e protejam-se com luvas e máscaras em caso de participação em alguma apreensão.

Por enquanto, os especialistas do CIATox analisam que o fentanil pode causar mortes, mas o uso não deve evoluir muito no Brasil. A preocupação é necessária, especialmente na contaminação de drogas mais utilizadas. Ele considera ser difícil que laboratórios de síntese de fentanil sejam encontrados no Brasil. O mais provável, de acordo com o professor José Luiz, é que a droga utilizada de maneira não terapêutica seja produto de descaminho da indústria farmacêutica. Isso pode acontecer por meio de roubo de carga ou de desvio em hospitais, por exemplo. 

Ele destacou a parceria entre o CIATox e o governo federal, que firmaram um convênio por três anos com o investimento de mais de R$ 2 milhões. 

“O financiamento desse laboratório, de como estamos fazendo esse monitoramento hoje em dia, é do governo federal, por meio de um convênio firmado entre a Unicamp e a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (SENAD), do Ministério da Justiça. Desde o ano passado fazemos esse monitoramento sobre o uso de drogas em hospitais, festas e assim por diante”, concluiu.

Ingressante da vaga olímpica no curso de Farmácia da Unicamp é destaque do Instituto Butantan

Leia mais: Medalhistas da Olimpíada Brasileira de Biologia chegam à faculdade pública sem vestibular e comemoram: ‘chorei de alegria’

No início do mês, o Instituto Butantan noticiou o ingresso de dois estudantes na Universidade Estadual de Campinas por meio das Vagas Olímpicas. A instituição é organizadora da Olímpiada Brasileira de Biologia — OBB, uma das treze olimpíadas aceitas para ingresso no curso de Farmácia.

Este foi o curso escolhido pela estudante Tainá Poma da Silva, medalhista de ouro da OBB 2022, que conseguiu a tão sonhada vaga na universidade pública. Ela ocupou a vaga do curso de Farmácia da Unicamp reservada ao ingresso na modalidade Vagas Olímpicas, alternativa de acesso aos cursos de graduação da Universidade desde 2019. Em 2023, as Vagas Olímpicas da Unicamp chegou à quinta edição com recorde de inscritos. Neste ano, a vaga da Farmácia foi disputada por sete candidatos, relação candidato-vaga que é maior do que a da segunda fase do Vestibular Unicamp para o mesmo curso.

O texto divulgado pelo Butantan:

Quando soube que havia entrado em uma universidade pública chorei de alegria”, diz Tainá Poma da Silva, 18 anos, aprovada em farmácia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na modalidade olímpica 2023. Isso porque, no ano anterior, a estudante conquistou o certificado de ouro na Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), organizada anualmente pelo Instituto Butantan.

Apaixonada por biologia, Tainá não poupou esforços ao participar do evento por três vezes, até conquistar seu objetivo. “Minha maior motivação foi saber que algumas universidades públicas contavam com a modalidade olímpica. Me esforcei para mandar bem na OBB, já que não teria condições de pagar por faculdades privadas”, afirma.

As chamadas “vagas olímpicas” são conferidas por um sistema de pontuação que tem como base o desempenho obtido pelo aluno, combinado a critérios específicos determinados por cada universidade – dispensando, assim, a necessidade de um vestibular. “Isso representa mais uma via de ingresso nas melhores universidades públicas do Brasil e uma transformação no método de seleção, reconhecendo aquilo que o estudante tem de melhor”, explica a coordenadora nacional da OBB, Sonia de Andrade Chudzinski.

Durante o período preparatório para a olimpíada, Tainá contou com a ajuda de um de seus professores, que organizou grupos de reforço para participantes da OBB. Além disso, ela organizou grupos de estudos em parceria com as amigas. “O apoio que demos umas às outras foi essencial. No final, todas nós conquistamos medalhas”, explica a jovem, reconhecendo a força e o exemplo que é para outras meninas. 

O apoio da família, sempre fundamental, fez da escolha mais uma alegria. Agora, Tainá vislumbra novas possibilidades para o seu futuro: quer fazer atendimento ao público, mas também trabalhar em laboratório.


7ª SAF Talks: 3 a 5 de abril de 2023

7ª SAFTalks é um evento online e gratuito que tem como objetivo a apresentação de temas inovadores e importantes para o crescimento não só profissional mas também pessoal do participante — além de proporcionar aos alunos de Farmácia um maior contato com as mais recentes temáticas e inovações no ramo.

As inscrições devem ser feitas pela Plataforma Even3.

As atividades terão uma hora e meia de duração e ao final haverá um momento de interação entre o palestrante e os participantes, onde será possível esclarecer quaisquer dúvidas ou curiosidades.

Em sua 7ª edição, contará com duas palestras e uma mesa-redonda, uma por noite, com início às 19 horas. ministradas nos dias 3, 4 e 5 de abril de 2023. O evento incluirá brindes e sorteios fornecidos pelos nossos apoiadores!

Ao final de cada atividade, será disponibilizado um formulário para atestar a presença do participante e assim gerar o certificado de participação.

3/4 — 19:30 — Mesa-Redonda Troca de Experiências na Pesquisa Científica entre alunos de Graduação e Pós-Graduação com Karen de Oliveira Cruvinel, Leonardo Costalonga Rodrigues, Leticia Rogge Nogueira dos Santos e a Profª Drª Gislaine Ricci Leonardi

4/4 — 19:30 — Palestra O Futuro da Farmacogenômica no Brasil com a Profª Drª Patricia Moriel

5/4 — 19:30 — Palestra Processos Seletivos e a Indústria Farmacêutica com Phelipe Conrado e Danieli Favero

CAFARMA publica nova edição de A Bula

O Centro Acadêmico de Farmácia Viviane Ferrinho — CAFARMA publicou nova edição de A Bula, seu boletim informativo, que chega ao 37º número.

Na publicação, os estudantes comentam a sanção da Lei 17.618/2023, que institui a política estadual de fornecimento gratuito de medicamentos formulados de derivado vegetal à base de canabidiol, em associação com outras substâncias canabinóides, incluindo o tetrahidrocanabidiol, em caráter de excepcionalidade pelo Poder Executivo nas unidades de saúde pública estadual e privada conveniada ao Sistema Único de Saúde – SUS; os estágios obrigatórios do curso de graduação; experiências em disciplinas oferecidas pelo Instituto de Química; iniciação científica; o antivírus oral Paxlovid™, para tratamento da COVID-19; projetos de extensão; um guia de sobrevivência na Unicamp; depoimentos de ex-integrantes do Centro Acadêmico; e um caça-palavras.

CIATox de Campinas emite alerta sobre abuso de novas substâncias psicoativas contendo fentanil na Região Metropolitana de Campinas

Arte de Renata Amoedo (O Globo)

Acesse aqui a íntegra do documento

Considerando o alerta publicado pelo Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas (CIATox) em 6 de julho de 2016, que informava a presença de selos de LSD contendo fentanil, e a matéria recém divulgada pela Rede Globo, no último domingo (19), referente à apreensão de fentanil junto a traficantes feita pela Polícia Civil do Espírito Santo, a equipe do CIATox de Campinas alerta sobre a presença de fentanil em casos de intoxicação por drogas de abuso atendidos em unidades de emergência referenciada da Região Metropolitana de Campinas durante o ano de 2023.

Análises toxicológicas realizadas pelo Laboratório da Análises Toxicológicas (LTA) do CIATox de Campinas confirmaram a presença de fentanil em casos de uso abusivo de diferentes substâncias psicoativas (SPA) como “K2”, “LSD” e “cocaína” e em um caso da aplicação de possível golpe “Boa noite Cinderela”.

Assim, diante da presença de fentanil em diferentes SPA confirmada por exames toxicológicos, o CIATox de Campinas alerta o SAMU e os Serviços de Emergência para o monitoramento da presença de manifestações clínicas sugestivas de intoxicação por opioides, como miose, depressão respiratória e neurológica relacionada ao uso abusivo de fentanil presente em diferentes tipos de SPA.

Nos pacientes que evoluem com síndrome opioide, particularmente depressão respiratória, está indicado o uso do antídoto naloxona. Maiores detalhes sobre as indicações e uso da naloxona nas intoxicações opioides podem ser obtidos no material produzido pelo CIATox de Campinas, disponível neste link.

Por fim, o CIATox sugere em todos os casos de pacientes com suspeita de abuso de SPA, as amostras biológicas sejam coletadas, se possível, antes dos procedimentos e de uso de medicações, e enviadas para exame toxicológico no LTA do CIATox de Campinas, após contato telefônico inicial com o plantão do CIATox.

O CIATox de Campinas oferece assistência 24 horas pelo telefone (19) 3521 7555.

Campinas, 20 de março de 2023.

Prof. Dr. José Luiz da Costa
Coordenador Executivo do CIATox de Campinas /FCM/HC/Unicamp
Prof. Dr. Fábio Bucaretchi
Coordenador Associado do CIATox de Campinas /FCM/HC/Unicamp
Farm. Msc. Rafael Lanaro
Laboratório de Toxicologia CIATox/FCM/HC/Unicamp

Vírus zika pode combater o câncer de próstata, diz estudo

Texto: Edimarcio A. Monteiro | Foto: Flávia Luísa Dias (Correio Popular)

Notícia em PDF

Pesquisa realizada pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) revela a viabilidade do uso do vírus zika no combate ao câncer de próstata, o mais comum em homens acima de 50 anos. O estudo, que mostra que o patógeno tem a capacidade de inibir a proliferação do tumor, teve início em 2019, sendo pioneiro no mundo nessa área. Os resultados obtidos foram publicados recentemente no Journal of Proteome Research, revista científica da Sociedade Americana de Química (American Chemical Society, em inglês). “Os resultados obtidos confirmam a viabilidade de um potencial tratamento do câncer de próstata”, garante o coordenador do Laboratório Innovare de Biomarcadores da Unicamp, Rodrigo Ramos Catharino.

O tumor é predominante em todas as regiões do país. Até 2025, 72 mil novos casos devem ser registrados a cada ano, de acordo com estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca). A projeção aponta para um aumento de 13,91% em relação à média de 65.840 casos constatados no triênio 2020-2022. Levando em conta os homens de todas as idades, o câncer de próstata é segundo mais comum, atrás apenas do de pele não melanoma.

Pesquisadores da Unicamp, liderados por Catharino, passaram a estudar o vírus zika após o surto de infecção no Brasil em 2015, quando o mico-organismo foi associado ao aumento de casos de microcefalia em bebês no Nordeste após a contaminação das mães durante a gravidez. O patógeno é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo vetor da dengue e da chikungunya. Os estudos buscavam avaliar os efeitos em diversos tipos de fluídos humanos, como a saliva, e investigar o potencial das células da próstata como reservatório viral. 

Durante a pesquisa, financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), foi constatado o uso potencial do vírus zika como arma contra o câncer de próstata. Mesmo após ser inativado em alta temperatura, foi verificado que o vírus é capaz de inibir a proliferação de células tumorais. O trabalho publicado na revista científica analisou os efeitos do patógeno nas células da próstata sadias e atingidas pelo câncer. No entanto, a pesquisa mostrou que o vírus pode levar a um processo inflamatório persistente em células saudáveis, com efeitos danosos ao sistema reprodutor masculino.

Próximo passo 

“Agora, temos estudar a quantidade certa a ser usada, o melhor momento de exposição, fazer as adequações necessárias para evitar esse efeito colateral e definir a forma correta de uso como tratamento”, explica o pesquisador da Unicamp. De acordo com Catharino, esse próximo passo da pesquisa ainda será em laboratório para avaliação dos prós e contras antes da utilização em organismos complexos, como seres vivos. 

Ele explica que “ainda é cedo” para se ter uma previsão de quando o tratamento poderá estar disponível para o homem. A pesquisa envolve a exposição das células saudáveis e tumorais ionizadas em um espectrômetro de massa de alta resolução, que permite que se conheça com precisão as massas de substâncias químicas. Com isso, o aparelho revela os efeitos após a exposição do vírus zika em três tempos diferentes: cinco, dez e 15 dias após a infecção. 

No caso dos carcinomas, os efeitos surgem já no primeiro período, o que indica seu caráter anticâncer. A morte das células do tumor foi progressiva nos três estágios de exposição. Já a inflamação nas células saudáveis ocorre quando a infecção é prolongada. Nesse caso, há alterações marcantes do metabolismo, especialmente em glicerolipídios, ácidos graxos e acilcarnitinas, com o uso a longo prazo podendo ocasionar o próprio câncer de próstata. 

“Todas essas questões devem ser e foram fundamentalmente levantadas nessa fase de teste para que futuros pacientes que optem por tratamentos desse tipo possam ter todas as informações necessárias”, ressalta Catharino. Além disso, acrescenta, as próximas etapas da pesquisa podem apontar os meios para evitar esse efeito colateral. Além do apoio da Fapesp, os pesquisadores buscam outras fontes de fomento e recursos junto à iniciativa privada para a evolução da pesquisa.

A doença 

“No Brasil, o câncer de próstata atinge um em cada seis homens, ou seja, é um problema bastante comum”, explica o oncologista Fernando Maluf. No entanto, somente um homem em cada 41 morrerá da doença. “Ele é responsável por cerca de 10% de todas as mortes provocadas por câncer em pacientes do sexo masculino no Brasil, ficando atrás apenas do tumor de pulmão”, acrescenta o médico. 

De acordo com ele, o avanço do tumor é gradual e ocorre lentamente. Quando a doença não é diagnosticada, passa a invadir as estruturas ao redor, como as vesículas seminais, a bexiga e o reto. Em casos mais avançados, pode atingir, através dos vasos sanguíneos, os ossos e depois o fígado e o pulmão, configurando metástase. “Doenças muito avançadas, em geral, são situações onde não foi percebido, através dos sintomas, que o tumor estava se desenvolvendo ou aquele homem não fez o acompanhamento regular que foi recomendado”, alerta o oncologista. 

A próstata é responsável pela produção dos nutrientes e fluidos que constituem o esperma. O diagnóstico da doença é feito através do exame de toque retal, ultrassonografia da próstata e checagem do PSA (antígeno prostático específico), marcador tumoral detectado por exame de sangue. Em tumores mais volumosos, o paciente sente dificuldade para urinar, ardor e jato urinário fraco, acorda várias vezes à noite para urinar, apresenta gotejamento de urina e, mais raramente, queixa-se de dor e da presença de sangue na urina e no esperma. 

Os homens sem risco maior de desenvolver câncer de próstata devem começar a fazer os exames preventivos aos 50 anos. Já as pessoas com familiares portadores da doença diagnosticada antes dos 65 anos apresentam alto risco de desenvolver o tumor. Por isso, devem começar o acompanhamento médico aos 40 anos. Os descendentes de negros apresentam maior risco de ter o tumor e devem começar a fazer os exames aos 45 anos. 

Fazer uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente são recomendações importantes para se prevenir a doença. O tratamento depende do tamanho e da classificação do tumor, assim como da idade do paciente. As terapias disponíveis atualmente podem incluir a remoção cirúrgica da próstata, radioterapia, hormonoterapia e uso de medicamentos. De acordo com o Inca, o tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição solar sem proteção, infecção pelo vírus HPV e imunossupressão estão entre os fatores de risco para a doença.

Zika 

Em 2015, durante uma epidemia de zika e o aumento de casos de microcefalia nos estados do Nordeste, estudos confirmaram a capacidade do vírus de infectar e destruir as células progenitoras neurais, que nos fetos em desenvolvimento dão origem aos diversos tipos de células cerebrais. No final do ano passado, um estudo revelou que aproximadamente um terço dos filhos de mães infectadas durante a gravidez apresentou, nos primeiros anos de vida, anormalidades consistentes com a Síndrome da Zika Congênita (SZC).

O trabalho foi realizado por uma equipe formada por pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e de outras 25 instituições do Brasil, com apoio da London School of Hygiene & Tropical Medicine. “As manifestações da síndrome envolvem deficiências neurológicas funcionais, anormalidades de neuroimagem, alterações auditivas e visuais e microcefalia. Tais disfunções aparecem mais frequentemente de forma isolada do que em combinação, com menos de 0,1% das crianças expostas apresentando duas delas simultaneamente”, divulgou a Fiocruz. 

O vírus zika foi isolado pela primeira vez em macacos na Floresta Zika de Kampala, em Uganda, no ano de 1947. O primeiro caso de infecção humana foi relatado na Nigéria em 1953. Desde então, o patógeno expandiu sua abrangência geográfica para vários países da África, Ásia, Oceania e Américas. 

Após o registro de 4.129 casos de zika no Brasil em 2015, com 1.046 mortes, atingindo o pico de 8.587 notificações e 605 vítimas fatais em 2016, os números da doença decaíram no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, 419 casos foram registrados em 2022, sem nenhum óbito. O Estado de São Paulo não teve nenhum paciente com zika no passado.

Colação de grau do 2º semestre de 2022

Foto: Fabricio Nakanishi

A emoção marcou a cerimônia de colação de grau dos formandos curso de graduação em Farmácia do segundo semestre de 2022. A sessão solene foi realizada na tarde da sexta-feira, 3 de março, no Auditório do GGBS, e teve a presença de docentes e funcionários da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e pais, familiares e amigos dos formandos, que lhe homenagearam com flores amarelas.

Após o juramento proferido pela acadêmica Suelen de Paula de Souza, a Profª Drª Priscila Gava Mazzola, diretora associada da FCF, que presidiu a cerimônia, outorgou o grau de farmacêutico aos formandos presentes.

Em seu discurso, a oradora da turma Larissa dos Santos Fonseca falou sobre a importância do encerramento deste ciclo para que outros se iniciem. Rememorou os fatos marcantes a vida acadêmica, como o bandejão e suas funcionárias, as festas e as aulas. De fato, nesses anos, a Unicamp foi a “segunda casa” dos estudantes que, por muitas vezes, mudaram de cidade e até de estado. Ressaltou, também os laços de amizades que se fortaleceram ao longo do curso: “Aqui, formaram-se laços que o tempo não desfaz. São conexões para a vida. São os amigos feitos aqui que se tornaram também a nossa família, o nosso lar, e com eles compartilhamos diversos momentos, bons e ruins. Rimos, choramos, viramos noites estudando, aconselhamos e fomos aconselhados, fomos porto seguro e fizemos deles também o nosso porto, e até quando desistir era uma das opções, esses laços nos mantiveram de pé até aqui”. Agradeceu os professores do curso: “vocês contribuíram não só para nossa formação como profissionais, mas também para nossa formação como pessoas”.

O Prof. Dr. Daniel Fábio Kawano, paraninfo da turma, a Profª Drª Taís Freire Galvão, patronesse da turma, e Profª Drª Wanda Pereira Almeida, coordenadora do curso de graduação e professora homenageada, dirigiram suas mensagens aos novos farmacêuticos.

Finalmente, a farmacêutica Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp Cristina Tanikawa, delegada regional adjunta da Seccional de Campinas do Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo, anunciou a farmacêutica Julia Soto Rizzato como ganhadora do Prêmio Paulo Minami.

483 farmacêuticos

A primeira turma do curso de Farmácia da Unicamp concluiu o curso em 2008 e colocou grau no início 2009. Desde então, a Universidade já formou 404 farmacêuticas e 79 farmacêuticos, totalizando 483 profissionais que ocupam diversas posições no mercado de trabalho. A lista completa está publicada na página da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

Segunda SECUFA consolida extensão na FCF

Nos dias 13 e 14 de dezembro foi realizada a segunda edição da Semana de Cuidado Farmacêutico — SECUFA. Professores, estudantes de graduação e pós-graduação e farmacêuticos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas atenderam o público presente na entrada do Hospital de Clínicas da Unicamp para orientação quanto ao uso e ao descarte de medicamentos, à automedicação, à prevenção e ao tratamento de hipertensão e diabetes, além de realizar a medição de pressão arterial e de glicemia dos participantes.

A organização do evento foi feita pelos acadêmicos matriculados na disciplina FR309 — Projetos de Extensão II, sob a coordenação geral das estudantes Laura Reydon e Laura Hara, do quarto ano do curso de graduação. Entre os docentes da FCF, a organização ficou por conta dos professores Karina Cogo Müller e Daniel Fábio Kawano e teve a participação dos professores Rodrigo Ramos Catharino, Patricia Moriel, Wanda Pereira Almeida e da farmacêutica Luiza Gomes de Campos Nascimento.

O evento de extensão, apoiado pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura — ProEC, tem a intenção de promover a vivência de alunos na prática profissional e devolver o conhecimento gerado na Universidade para a sociedade. Uma nova edição está prevista para acontecer em 2023.

Tecnologia identifica a presença de agrotóxicos em legumes e hortaliças

Traços de agroquímicos foram encontrados em cerca de 30% de tomates certificados como orgânicos

por Liana Coll | PUBLICADO NO JORNAL DA UNICAMP, EDIÇÃO 681

Será que tudo que é vendido como alimento orgânico é realmente orgânico? Visando responder essa pergunta, um grupo de pesquisadores da Unicamp desenvolveu uma plataforma que permite identificar a presença de agrotóxicos em tomates. Utilizando inteligência artificial, foi constatado que aproximadamente 30% das amostras dos tomates certificados como orgânicos contêm traços de resíduos químicos. Agora, os cientistas querem extrapolar a análise para outros alimentos e desenvolver um chip para tornar o teste acessível aos produtores e consumidores.

A pesquisa foi realizada por professores e pós-graduandos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e resulta também de uma parceria anterior com o Instituto de Computação (IC). A união entre as áreas possibilitou a combinação de dois métodos: o uso do espectrômetro de massa, que mede o peso das moléculas, e o aprendizado de máquinas – ramo da inteligência artificial –, que permitiu a criação de um modelo para a identificação das substâncias.

A tecnologia resultou em um processo rápido de mapeamento das moléculas. Após a coleta do material na região do pedúnculo do tomate por meio de uma placa de silício, a amostra é colocada em uma solução dentro de tubos e vai para o espectrômetro. As substâncias coletadas são identificadas usando inteligência artificial. Tudo isso é feito em aproximadamente dez minutos.

Além de identificar os marcadores de agrotóxicos, a plataforma também mapeia as substâncias naturais e benéficas dos tomates, como licopeno, betacaroteno A plataforma identifica os marcadores de agrotóxicos e mapeia as substâncias naturais e benéficas dos tomates O professor Rodrigo Catharino: “Tudo isso gera um conjunto extremamente específico e robusto para dizer se determinado legume ou hortaliça é orgânico ou não” e vitamina C. A pesquisa deu origem à dissertação de mestrado de Arthur de Oliveira, orientada pelo professor Rodrigo Catharino. Coordenador do Laboratório Innovare de Biomarcadores, onde o estudo é realizado, o docente explica que, na análise, não são procurados alvos específicos. A presença das moléculas é encontrada no processo.

É como se fosse uma atividade de mineração, explica o pesquisador. “Depois da ‘mineração’, escolhemos as substâncias e voltamos para o processo para fazer outros testes, como por exemplo o realizado dentro do espectrômetro. O objetivo é assegurar que realmente se trata daquela molécula e se isso faz sentido do ponto de vista químico. Tudo isso gera um conjunto extremamente específico e robusto para dizer se determinado legume ou hortaliça é orgânico ou não.”

Foto de um homem que aparece do peito para cima. Ele está em um laboratório, usa avental, é branco, tem o cabelo preto e curto
O professor Rodrigo Catharino: “Tudo isso gera um conjunto extremamente específico e robusto para dizer se  determinado legume ou hortaliça é orgânico ou não” (Foto: Felipe Bezerra)

Certificação

Catharino aponta que o tomate foi escolhido por ser uma das principais culturas do Brasil e por concentrar os agrotóxicos no pedúnculo, tornando mais fácil a análise. Para a pesquisa, foram coletadas 80 amostras de tomates orgânicos e 80 de não orgânicos da região de Campinas (SP).

Um dos agrotóxicos encontrados nas amostras foi o Carbendazim. O produto é um dos mais utilizados no país, que é o recordista mundial em uso de defensivos químicos. Em 2022, o Carbendazim foi proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Há um calendário para a sua gradual eliminação, mas um projeto de Decreto Legislativo busca reverter a decisão. Associada ao risco de câncer, a substância já é banida em diversos países.

“Na nossa pesquisa, encontramos produtos certificados como orgânicos com marcadores de normal [com agroquímicos]. Ou seja, aquele que está certificado nem sempre é orgânico, o que era uma suspeita que tínhamos desde o começo. Cerca de 30% das amostras dos orgânicos não são. Esse não é um número baixo e isso mostra que existem falhas na certificação que podem ser sanadas com essa tecnologia, desenvolvida no próprio país”, avalia.

Futuramente, o professor espera que haja uma interlocução com os órgãos de certificação para que a plataforma desenvolvida ajude a assegurar que quem procura um produto orgânico, de fato, esteja comprando um alimento sem agroquímicos.

“Nós gostaríamos de um dia transferir essa tecnologia para os órgãos fiscalizadores. Por isso, buscamos ampliar essa pesquisa e descobrir novos caminhos. Com as tecnologias desenvolvidas, podemos ajudar tanto o agronegócio como também a fiscalização e a regularização. Hoje, as pessoas buscam mais qualidade na alimentação, e isso passa pelo setor agropecuário. Podemos ajudar na certificação de diversos produtos”, diz.

Além de poder ser utilizada em qualquer cultivo agrícola, a plataforma desenvolvida pode, também, ser extrapolada para outros tipos de alimento. No caso das carnes, por exemplo, pode ser verificado se houve sofrimento por parte do animal. Essa é uma das possibilidades levantadas por Catharino.

“Se um determinado animal é machucado, ele deixa marcadores de estresse e, ao fazer as perguntas corretas dentro da tecnologia que temos disponível, isso pode ser identificado. São possibilidades que temos a oferecer aqui nos laboratórios da Unicamp. Estamos, agora, na fase de exploração e de formulação de novas perguntas para, então, desenvolver caminhos novos.”

O estudo que deu origem à plataforma foi publicado em uma das mais prestigiadas revistas da área, a Food Chemistry, sob o título “Tomato classification using mass spectrometry-machine learning technique:A food safety enhancing platform”.

Trabalhos de conclusão de curso do 2º semestre de 2022

No segundo semestre de 2022, 21 estudantes apresentam o trabalho de conclusão de curso de graduação em Farmácia, para obtenção do título de farmacêutica e farmacêutico:

Aluno(a)OrientaçãoTrabalho de conclusão de curso
7/11
9h30
Tamiris AnselmoGislaine Ricci LeonardiVeículos clássicos e inovadores empregados na cosmetologia: revisão da literatura
7/11
14h
Amanda Pellison NascimentoKarina Cogo MüllerRelação entre a microbiota intestinal, diabetes e o papel dos probióticos: revisão de literatura
8/11
9h
Suelen de Paula de SouzaPaulo Cesar Pires RosaDetecção de nitrosaminas em medicamentos: uma revisão sobre os riscos e controle
9/11
16h30
Gabriel Silva LeiteDaniel Fabio Kawano e Xisto Antônio de Oliveira NetoDesenvolvimento e síntese de um novo inibidor da enzima DNA metiltransferase
11/11
10h
Celeste Mingorance ManentiJoão Ernesto de CarvalhoUso terapêutico de cannabis medicinal
11/11
13h30
Victor Bitiano BazaniKarina Cogo MüllerContaminação de produtos farmacêuticos pelo complexo Burkholderia cepacia e seus possíveis impactos na saúde e na indústria
11/11
13h30
Vitória Rodrigues InácioFernanda Ramos GadelhaDiversidade genética do Tripanosoma cruzi: relação com as formas clínicas da doença e o tratamento
16/11 9hLarissa Silva Fernandes CangussúWanda Pereira AlmeidaUso de psicoestimulantes para o tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): uma revisão de literatura
16/11
14h
Thalia Lara de SouzaFernanda Viviane MarianoImpactos da pandemia da COVID-19 no atendimento de pacientes com tumores de cabeça e pescoço
17/11
9h
Cynthia Mara Pereira BezerraMarcelo LancellottiAnálise do efeito das nanopartículas de sílica mesoporosa SBA-15 e SBA-16 na detecção de SARS-CoV-2 por RT-qPCR
17/11
10h
Elina Sawa Akioka IshikawaLaura de Oliveira NascimentoDesenvolvimento e caracterização físico-química de nanopartículas de quitosana contendo doxiciclina
17/11
10h
Flora Miranda UlgheriMarcelo LancellottiDengue e arboviroses emergentes: uma revisão
17/11
10h
Júlia Soto RizzatoTaís Freire GalvãoDisparidade racial na frequência do exame dos pés em brasileiros com diabetes: Análise da Pesquisa Nacional de Saúde, 2019
17/11
14h
Milena Gomes SantanaJoão Ernesto de CarvalhoO impacto da pandemia de COVID-19 na dispensação de terapia antirretroviral para pacientes vivendo com HIV no Brasil
17/11
14h
Carla Grazielle Guerazzi Pousa PereiraWanda Pereira AlmeidaRiscos do uso de medicamentos isentos de prescrição sem orientação
18/11
8h
Beatriz Taine de MoraesDaniel Fabio KawanoProjeto Raízes: construção e execução de um projeto de extensão universitária com foco no cuidado farmacêutico
18/11
9h
Mariana Akemi NoronhaAndré Moreni LopesAuto-montagem de micelas baseadas em lipolissacarídeos (LPS) para a encapsulação de (bio)moléculas hidrofóbicas
18/11
14h
Giulliana Galdini CostaFernanda Janku CabralSilenciamento dos genes que codificam enzimas modificadoras de histonas em estágios parasitários do Schistosoma mansoni
18/11
16h
Ioná de Oliveira JupyPaulo Cesar Pires RosaEtodolaco: uma revisão sobre suas propriedades, métodos de análise e regulatório
22/11
14h
Allana França FagundesMary Ann Foglio e Bruno da Fonseca dos SantosO uso de antocianinas para o tratamento da herpes e cicatrização, uma revisão