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Pós-Graduação

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Extensão: FCF faz divulgação científica através do humor

A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp recebeu o comediante Rominho Braga para um stand-up com alunos de escola pública. A ideia foi mostrar que dá para falar de ciência e da vida universitária de um jeito leve e divertido — aproximando a Unicamp da comunidade externa.

Esse é um projeto de extensão realizado pelas professoras Valquíria Aparecida Matheus e Catarina Raposo Dias Carneiro, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC/Unicamp).

📚 Humor, ciência e educação juntos pra inspirar futuros universitários!

Jornal da Unicamp: Veneno de aranha age no controle de tumor cerebral

A picada da aranha armadeira (Phoneutria nigriventer), também conhecida como aranha da bananeira, muito comum no Sul e Sudeste do Brasil, causa dor extrema. O veneno pode provocar convulsão e até paralisia em adultos – em crianças e animais, há perigo de morte. Esse potente caráter neurotóxico atrai, há décadas, pesquisadores que investigam a ação da peçonha da espécie no sistema nervoso central e os efeitos nas células tumorais. Em tese de doutorado, desenvolvida pelo programa de Biologia Molecular e Morfofuncional do Instituto de Biologia (IB), a biomédica Natália Barreto dos Santos realizou testes laboratoriais com moléculas isoladas do veneno em amostras tumorais humanas. A capacidade de redução da migração de células de tumores cerebrais de diferentes graus de malignidade, como o glioblastoma (o mais agressivo e com alta mortalidade) foi identificada na pesquisa.

Além de ganhar o Prêmio Tese Destaque 2024/2025 da Unicamp, o trabalho resultou na criação de um biobanco de linhagens tumorais. Santos, ainda, dará continuidade à investigação das células isoladas durante o doutorado em seu pós-doutorado na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF). “Conseguimos isolar duas moléculas que têm efeitos diferentes, mas complementares. Nós chamamos estas duas moléculas de LW9 e LW11. Já patenteamos a LW9 junto com um quimioterápico, fazendo um produto associado. Também vamos patentear a LW11 associada à LW9”, anuncia a pesquisadora.

“É muito importante esse caráter translacional, que sai da pesquisa básica para a aplicação humana”, indica a orientadora da tese, professora Catarina Rapôso, da FCF, que há mais de vinte anos pesquisa veneno de animais peçonhentos. “Sempre acreditei na aplicação farmacológica dos venenos.”

Santos coletou 14 amostras de células tumorais de pacientes do neurocirurgião João Luiz Vitorino Araujo, coordenador do Setor de Neurocirurgia Oncológica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e coorientador da tese. Após acompanhar as cirurgias realizadas na Santa Casa de São Paulo, a pesquisadora fez os testes em três amostras para analisar a responsividade às moléculas isoladas do veneno. “Vimos que tumores com diferentes graus, ou seja, independente do perfil molecular, foram responsivos ao veneno, reduzindo a migração. A ação funciona em diferentes gliomas”, explica.

A imagem mostra a professora Catarina Rapôso, orientadora da pesquisa. A professora está mostrando o recipiente onde as células tumorais foram congeladas
A professora Catarina Rapôso, orientadora da pesquisa: células tumorais coletadas foram congeladas e compõem um biobanco, possibilitando outros estudos

Biobanco

As amostras coletadas pela biomédica compõem agora um biobanco de linhagens tumorais. As células podem ser usadas em outras pesquisas da Unicamp. Se cultivadas em placas e congeladas, elas não morrem, explica a orientadora. “Foi um grande desafio trazer e acondicionar da melhor maneira possível, processar as amostras, congelar e depois descongelar para fazer os estudos, porque quando você extrai do paciente, ela é suscetível à contaminação por fungo ou bactéria. Há o risco de não sobreviver”, descreve Santos.

Em outubro, a biomédica dará início a uma parceria com a Universidade da Califórnia (UCLA), nos Estados Unidos. “Vou aprender técnicas novas e vou fazer análises para avaliar o mecanismo de ação da molécula para trazer para o laboratório e utilizar em outros estudos”, planeja a pesquisadora, que considera a premiação da Tese Destaque um reconhecimento de todo o esforço de pesquisa. “Nos incentiva a querer buscar melhores tratamentos para os pacientes e uma melhora de qualidade de vida para eles”, resume.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano há 11 mil novos casos de câncer do Sistema Nervoso Central (SNC) – cérebro ou medula espinhal – no Brasil, dos quais 88% são no cérebro. Um dos grandes problemas do glioma, principalmente o glioblastoma, é que ele é um tumor que se difunde muito pelo parênquima, parte funcional do cérebro, composta pelos neurônios e células gliais, observa Santos. “Isso dificulta muito o tratamento. É por isso que ele é muito agressivo. Quando o cirurgião vai operar, ele não consegue pegar todos esses limites da difusão dos gliomas. Então fica ali parte do tumor e ele volta a crescer. O glioblastoma não tem cura. Mesmo que opere, responde pouco aos medicamentos”, acrescenta Rapôso.

A imagem mostra uma aranha armadeira, andando sobre o terreno de areia amarelada com pequena pedras
A aranha armadeira: peçonha tem efeito sobre células tumorais

Barreiras

Desde que começou a pesquisar o efeito do veneno bruto da aranha armadeira no SNC, a orientadora observou que ele era capaz de quebrar a barreira hematoencefálica. “Os vasos do cérebro são muito protegidos. Essa superproteção dos neurônios impede, muitas vezes, a ação dos medicamentos. Há medicamentos bons para um tumor cerebral que não chegam ao sistema nervoso central porque são barrados. Mas o veneno da aranha entra e altera essa barreira. Por cerca de doze horas ela fica aberta. Isso chamou muito a minha atenção e resolvemos investigar as células da glia”, diz.

Essas células existem em maior número que os próprios neurônios no sistema nervoso central, realizam as funções cognitivas e neurológicas e têm o papel de proteger e controlar a nutrição dos neurônios. O veneno da armadeira tem ação direta nos astrócitos, células da glia que, quando sofrem mutações, geram os gliomas. Essa ação reduz a invasividade nelas.

Em seu mestrado, Santos avaliou o veneno bruto e sua ação focada no glioblastoma, utilizando nos testes uma linhagem de glioblastoma que já existia no laboratório. No doutorado, em vez do veneno bruto, isolou as células e coletou as amostras humanas incluindo outros subtipos de gliomas menos agressivos, como o astrocitoma. “Estamos usando agora as células sintéticas. Isso é um passo muito importante para chegarmos a um fármaco, porque já testamos as sintéticas, que têm o mesmo efeito nos tumores”, explica Rapôso.

Diferentes tumores

De acordo com a orientadora, há também avanços da pesquisa com relação a outros tipos de tumores. “Temos agora um trabalho com câncer de mama cujo resultados são promissores”, diz Rapôso. O próximo passo são os testes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

“Temos também parceria com uma clínica veterinária e uma outra pesquisa voltada para uso em animais, que pode resultar em um medicamento veterinário. São muitas etapas, mas estamos em um caminho promissor”, acredita a professora. “Câncer é uma doença que demanda controle, para que a pessoa, ou animal, tenha uma expectativa de vida longa e com qualidade. A pesquisa traz algo a mais para ajudar nesse controle”, indica.

Vida em Pesquisa: Estudo investiga potencial farmacológico de abelhas nativas sem ferrão

Texto de Hebe Rios publicado no Jornal da Unicamp

Fotografia de Cícero R. C. Omena

Tese disponível no Repositório da Produção Científica e Intelectual da Unicamp: Caracterização química dos voláteis em própolis de abelhas nativas


No inverno, quando pessoas com doenças respiratórias lotam hospitais e postos de saúde, parece ser ainda mais importante conhecer pesquisas que procuram novos medicamentos para combater esse tipo de mal. A partir de um estudo sobre o potencial da inalação de compostos voláteis das colmeias no tratamento de problemas pulmonares, uma hoje doutora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp iniciou uma nova investigação. Em busca de descobrir os potenciais farmacológicos das substâncias presentes em colmeias de abelhas sem ferrão nativas do Brasil, a pesquisadora Mariana Budoia Gabriel concentrou-se, em sua tese, no estudo dos compostos voláteis extraídos de amostras de própolis e geoprópolis.

“A variedade de espécies sem ferrão é tão grande quanto são raros os estudos sobre essas abelhas”, afirmou Mariana Gabriel. Segundo a pesquisadora, alguns estudos apontam haver mais de 300 espécies, e outros até mais de mil. Daí seu interesse em pesquisar as espécies nativas e desenvolver um método padrão, para análise dos compostos voláteis, que permitisse novos estudos do tipo.

A tese “Caracterização química dos voláteis em própolis de abelhas nativas” apresenta a análise de 74 amostras de espécies de diversas regiões do país. A pesquisadora busca identificar as diferenças e semelhanças na composição dos voláteis do (geo)própolis entre diferentes espécies de abelhas em uma mesma região e também amostras das mesmas espécies, mas em regiões diferentes do Brasil, levando em conta as condições geográficas, climáticas e botânicas. O estudo identificou, por exemplo, que o (geo)própolis de cada espécie de abelha apresenta um aroma característico.   

A pesquisa indicou que a composição química volátil do (geo)própolis de abelhas nativas brasileiras é determinada principalmente pela espécie de abelha, mais do que pela flora regional onde as resinas são coletadas. Conhecer a composição é um grande passo para novos estudos que avaliem o potencial farmacológico desses compostos. Para isso é necessário continuar estudando a diversidade de espécies do Brasil com o objetivo de identificar as aplicações farmacêuticas dos compostos voláteis. 

Assista à reportagem do programa Vida em Pesquisa:

FCF na mídia: Gel cicatrizante acelera tratamento de mucosite em pacientes oncológicos

Texto publicado originalmente no Portal da Inova — Agência de Inovação da Unicamp, com repercussão em outros veículos, incluindo o Jornal da Unicamp

Leia mais: Extrato de planta nativa do Brasil é usado em medicamentos para lesões cutâneas

Feito com extrato de planta nativa do Brasil, o gel tem sido utilizado em pacientes oncológicos para o tratamento de mucosite com testes que apontaram redução significativa no tempo de recuperação

Esta é uma das reportagens da série especial que compõe a Revista Prêmio Inventores 2025. A série destaca tecnologias da Unicamp licenciadas ou absorvidas pelo mercado e empresas spin-offs acadêmicas criadas no último ano. 

Texto: André Gobi – Inova Unicamp | Fotos: Pedro Amatuzzi – Inova Unicamp

Pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveram um gel para o tratamento de lesões cutâneas capaz de acelerar processos de cicatrização. Devido à sua eficácia, foi iniciado estudo clínico fase 2/3 com o gel em casos de pacientes oncológicos para o tratamento de mucosite oral — inflamações comuns em casos de cânceres de cabeça, pescoço e transplantes de medula óssea. 

O estudo que resultou no gel vem sendo realizado por um grupo multidisciplinar composto por pesquisadores de diversas unidades e centros da Universidade sob coordenação da pesquisadora Mary Ann Foglio, docente da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp. Para o desenvolvimento do gel, foram usados extratos padronizados da Arrabidaea chica Verlot, sinonímia de Fridericia chica L., planta nativa do Brasil. 

A partir do extrato da planta, foram desenvolvidas composições farmacêuticas em sistemas de liberação micro e nanoparticulados e lipossomas, assim como os seus processos de obtenção, gerando duas tecnologias protegidas que podem derivar outros produtos para o tratamento de lesões cutâneas. As tecnologias foram licenciadas com apoio da Agência de Inovação Inova Unicamp para o Instituto Sociocultural Brasil China (Ibrachina), que avançará no desenvolvimento e testes das tecnologias

Pesquisa já dura mais de duas décadas

A pesquisa que resultou no gel mucoadesivo cicatrizante teve início em 2003 com o estudo da variabilidade da espécie a partir de amostras da planta de diversas localidades do Brasil. Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), o estudo monitorou as propriedades químicas e farmacológicas da planta e constatou que algumas de suas variedades produziam as substâncias com propriedades cicatrizantes em maior quantidade. 

Após o estudo dessas variedades aliado ao monitoramento dos componentes bioativos e estudos farmacológicos foi possível a padronização do extrato e desenvolvimento da formulação mucoadesiva. Esses dados permitiram o início dos estudos clínicos no ambulatório de oncologia de cabeça e pescoço do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp e, em seguida, foram ampliados para estudo multicêntrico no ambulatório de transplante de medula óssea do HC e na Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), em Manaus, no estado do Amazonas.

Alternativa eficiente para pacientes em tratamentos oncológicos

Segundo Foglio, o principal uso do gel mucoadesivo tem sido para tratar a mucosite oral, condição que é um desafio no tratamento de pacientes com câncer, podendo surgir como efeito colateral da quimioterapia ou da radioterapia. Nesse sentido, o gel mucoadesivo se apresenta como uma alternativa eficiente para evitar infecções secundárias que comprometem ainda mais a saúde do paciente.

“Muitas vezes o paciente vai a óbito não pelo câncer em si, mas sim pela mucosite oral, que acarreta em outros problemas de saúde, até impedindo que o paciente se alimente”, diz a pesquisadora.

Ela explica que o tratamento da mucosite oral com o gel desenvolvido na Unicamp leva, em média, de dois a cinco dias. É um avanço significativo, considerando que o tratamento convencional com laser pode levar até quinze dias, aumentando o risco de outras complicações de saúde. Para chegar a essa média, foi realizado um estudo clinico randomizado, no qual foi comparado o uso do gel mucoadesivo à base de Arrabidaea chica com o uso de laser.  

“Essa redução no tempo de tratamento é muito importante, pois cada dia de um paciente oncológico faz toda a diferença. Quanto mais tempo com a ferida, mais o paciente está vulnerável”, ressalta Foglio.

Segundo a docente, com base nos dados obtidos até o momento, no ambulatório de transplante de medula óssea do HC, foi aprovado pelo comitê de ética, em abril de 2025, um adendo permitindo que todos os pacientes que desenvolverem mucosite oral, após a profilaxia com laser, poderão ser tratados exclusivamente com o gel mucoadesivo de Arrabidaea chica Verlot. 

Apresentação adequada pode viabilizar o produto 

A atual fase da pesquisa está focada em desenvolver uma apresentação que possibilite o armazenamento do produto em temperatura ambiente, o que diminuiria significativamente os custos de produção, transporte e armazenamento, segundo a pesquisadora.

O extrato da Arrabidaea chica possui um grande poder antioxidante que o leva a uma degradação muito rápida, sendo necessário mantê-lo sob refrigeração para que seja conservado. Uma apresentação que permita seu armazenamento em temperatura ambiente é fundamental para que o produto se torne viável comercialmente.

Tecnologia licenciada e potencial de mercado 

Mesmo em fase de testes, com apoio da Inova Unicamp, a tecnologia já foi licenciada para o Instituto Sociocultural Brasil China (Ibrachina). Um dos interesses do Instituto na tecnologia é fazer com que ela chegue ao mercado e melhore a qualidade de vida dos pacientes que sofrem com mucosite oral, explica Li Li Min, docente da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) da Unicamp e coordenador de pesquisa do Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (CPDI) Ibrachina e Ibrawork, que é residente no Parque Científico e Tecnológico da Unicamp, ambiente sob gestão da Inova Unicamp. 

“A Inova foi fundamental nesse processo, pois além de viabilizar a execução de um edital e seleção de projetos, também intermediou o licenciamento. A Agência tem sido uma parceira desde a entrada do CPDI no Parque da Unicamp”, ressalta Min. 

O contato entre a Ibrachina e a pesquisa com a Arrabidaea chica foi por meio do edital Open Innovation voltado para projetos de inovação na área da saúde humana, aberto pelo Instituto em 2024 dentro da Unicamp. Na ocasião, o projeto coordenado pela professora Mary Ann Foglio foi um dos selecionados pelo edital em um processo que contou com apoio da Inova Unicamp.

PRÊMIO INVENTORES 2025

Esta é a 18ª edição do Prêmio Inventores que a Inova Unicamp organiza com o propósito de reconhecer e valorizar os inventores engajados na transferência de tecnologias da Universidade e na criação de empresas spin-offs acadêmicas no último ano.

INVENTORES PREMIADOS NESTE LICENCIAMENTO:

Mary Ann Foglio (FCF), João Ernesto de Carvalho, Ana Lucia Tasca Góis Ruiz, Michelle Pedroza Jorge, Patricia Maria Wiziack Zago, Glyn Mara Figueira, Ilza Maria de Oliveira Sousa, Rodney Alexandre Ferreira Rodrigues, Leila Servat Medina (CPQBA), Marcos Nogueira Eberlin, Elaine Cristina Cabral Polcelli (IQ), Maria Helena Andrade Santana, Viviane Ferre de Souza (FEQ), Fabiana Volpe Zanutto (IB), Marcos Akira d’Ávila e Taís Helena Costa Salles (FEM) foram premiados na categoria Propriedade Intelectual Licenciada no Prêmio Inventores 2025, organizado pela Inova Unicamp.

PROGRAMAÇÃO DE HOMENAGENS DE 2025:

A Inova Unicamp organizou uma série de homenagens em comemoração ao Prêmio Inventores de 2025, como as reportagens relacionadas a casos premiados, disponíveis para leitura nos sites da Inova Unicamp e do Prêmio Inventores, bem como em formato e-book na Revista Prêmio Inventores.

No dia 19 de agosto, a Inova Unicamp também promoveu o Webinar Prêmio Inventores, compartilhando casos de sucesso na proteção da propriedade intelectual e transferência de tecnologia da Universidade. Assista à gravação do Webinar no YouTube da Inova Unicamp.

As fotos da cerimônia de comemoração estão disponíveis no Flickr da Inova Unicamp.

Os premiados também receberam um certificado de reconhecimento, confira a lista completa de todos os premiados no site do Prêmio Inventores da Unicamp.

A edição de 2025 tem o patrocínio de ClarkeModet e FM2S.

3. Saúde e Bem-Estar
Tecnologia voltada a ODS 3. Saúde e Bem-Estar.

FCF publica edital do Prêmio Egresso Destaque 2025

Egressos dos cursos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp há pelo menos cinco anos poderão concorrer ao Prêmio Egresso Destaque da Unicamp 2025.

O formulário de inscrição estará aberto de 5 a 30 de setembro de 2025. Entre os documentos necessários, estão uma carta de motivação, currículo atualizado, cópia de diploma e outros documentos. Os candidatos deverão ter perfil na Plataforma Alumni Unicamp.

O edital pode ser consultado abaixo:

Documentos
Deliberação CONSU-A-014/2023 — Cria o Prêmio Egresso Destaque da Unicamp e estabelece seu regulamento
Edital FCF n. 07/2025 — Prêmio Egresso Destaque da Unicamp

Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas oferta vagas para o PEC-PG

O Edital nº 12/2025 da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) visa selecionar até 650 bolsistas estrangeiros, não brasileiros, para cursar programas de pós-graduação no Brasil por meio do Programa de Estudantes-Convênio de Pós-Graduação (PEC-PG) — 100 na modalidade Doutorado Pleno, 350 na modalidade Doutorado Sanduíche e 200 na modalidade Mestrado Pleno.

A CAPES financiará as bolsas de estudo, cujos valores mensais são de R$ 2.100,00 para mestrado e R$ 3.100,00 para doutorado, além de um auxílio-saúde de R$ 400,00 mensais. O Ministério das Relações Exteriores (MRE) arcará com o auxílio-retorno ao país de origem ao final do programa. Os custos de viagem para o Brasil e outras despesas iniciais são de responsabilidade do candidato.

O Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas está ofertando vagas:

Vagas

Mestrado Pleno (até 24 meses): 3 vagas (Ljubica Tasic, Marta Cristina Teixeira Duarte e Priscila Gava Mazzola)

Doutorado Pleno (até 48 meses): 6 vagas (Laura de Oliveira Nascimento, Ljubica Tasic, Marcelo Lancellotti, Marta Cristina Teixeira Duarte, Mary Ann Foglio e Priscila Gava Mazzola)

  • Para o Mestrado Pleno e Doutorado Pleno: inscrições de 14 de agosto às 17 horas de 29 de setembro de 2025 (Horário de Brasília) e início dos estudos no primeiro semestre de 2026

Doutorado Sanduíche (entre 6 e 10 meses): 8 vagas (Ana Lucia Tasca Gois Ruiz, Catarina Raposo Dias Carneiro, Karina Cogo Müller, Laura de Oliveira Nascimento, Ljubica Tasic, Marcelo Lancellotti, Marta Cristina Teixeira Duarte e Priscila Gava Mazzola)

  • Para o Doutorado Sanduíche, o candidato precisa já ser aluno regular de doutorado em uma IES no exterior e ter cursado no mínimo um ano do programa. Inscrições de 1º de outubro às 17 horas de 30 de dezembro de 2025 e início dos estudos em agosto de 2026.

Idiomas: Português, Espanhol e Inglês

Países de origem dos candidatos

África (29 países): África do Sul, Angola, Argélia, Benin, Botsuana, Burkina Faso, Cabo Verde, Camarões, Costa do Marfim, Egito, Etiópia, Gabão, Gana, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Mali, Marrocos, Moçambique, Namíbia, Nigéria, Quênia, República Democrática do Congo, República do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Tanzânia, Togo, Tunísia e Zâmbia.

América Latina e Caribe (27 países): Argentina, Barbados, Belize, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador, Equador, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.

Ásia (10 países): Bangladesh, China, Coreia do Sul, Índia, Irã, Líbano, Paquistão, Síria, Tailândia e Timor-Leste.

Europa (7 países): Armênia, Bulgária, França, Hungria, Macedônia do Norte, Polônia e Turquia.

Em outubro, disciplina eventual de pós-graduação abordará metodologias ativas e TDIC no ensino farmacêutico

Imagem gerada com inteligência artificial generativa

De 21 a 24 de outubro, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas receberá o professor Márcio Ferrari (UFRN) para a disciplina eventual “Metodologias Ativas e Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação no Ensino Farmacêutico“.

O curso tem apoio da CAPES, por meio do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação Estratégico de Consolidação dos Programas de Pós-Graduação stricto sensu acadêmicos.

Serão oferecidas 30 vagas, com preferência para estudantes dos cursos de Doutorado e Mestrado em Ciências Farmacêuticas e do Programa Integrado de Formação — PIF da FCF.

Estudantes de outros programas de pós-graduação e estudantes especiais estarão em lista de espera e serão admitidos caso haja disponibilidade de vagas após as inscrições dos estudantes do PPG Ciências Farmacêuticas.

As inscrições seguirão o cronograma a seguir:

Cronograma

AçãoPeríodo
Inscrições22 a 26 de setembro
Formulário
O formulário será aberto às 9 horas do dia 22/9
Confirmação de interesse2 e 3 de outubro
Convocação da lista de espera6 a 10 de outubro
Encaminhamento da lista de matriculados à Diretoria Acadêmica10 de outubro
Oferecimento da disciplina21 a 24 de outubro

Informações sobre a disciplina:

CF087 — Metodologias Ativas e Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação no Ensino Farmacêutico

Docente: Prof. Dr. Márcio Ferrari (CCS / UFRN)

Turma: A

Créditos: 2 créditos

Carga horária: 30 horas práticas

Ementa: Reflexão crítica acerca do processo ensino-aprendizagem na era digital. Taxonomia de Bloom como instrumento no planejamento do processo de ensino-aprendizagem. Uso de metodologias ativa no processo de ensinagem e sua adaptação nos diferentes segmentos da educação farmacêutica. Acesso ao conhecimento por meio de Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação como processo de dinamização dos ambientes de aprendizagem. Abordagem avaliativa por meio de simulação superando a mera memorização.

Conteúdo programático

  • Taxonomia de Bloom (revisada e digital) e domínios da aprendizagem
  • Metodologia Baseada em Projeto e em Simulação
  • Metodologia Baseada em Equipe (TBL)
  • Sala de aula invertida
  • Dinâmica de aprendizado – Fishbowl – Aquário
  • Painel interativo – cola e descola
  • Tecnologias Digitais da Informação e da Comunicação: Forms. Office – QRcode – questionário; Kahoot; Nearpod; Plickers; Poll
  • Everywhere; Socrative; Wordle.net
  • Avaliação com a técnica do OSCE (Objective Structured Clinical Examination).

Realização da disciplina

  • 21 de outubro (terça-feira), das 14h às 18h
  • 22 de outubro (quarta-feira), das 8h às 12h e das 14h às 18h
  • 23 de outubro (quinta-feira), das 8h às 12h e das 14h às 18h
  • 24 de outubro (sexta-feira), das 8h às 12h

Atenção: frequência mínima de 75% da carga horária para aprovação

Bibliografia

Jornal da Unicamp: Livro sobre saúde da pele une teoria e prática

Publicação da Editora da Unicamp orienta profissionais sobre uso adequado de cosméticos

Em uma época marcada pela popularização de um estilo de vida saudável, é necessário garantir que os produtos comercializados possuam fundamentação científica adequada. Diante disso, as especialistas em cosmetologia Gislaine Ricci Leonardi e Mariane Massufero Vergilio escreveram o livro Cosmetologia clínica e cuidado farmacêutico para a saúde da pele. A obra reúne anos de estudos e pesquisas sobre a ciência dos cosméticos e integra a Série Extensão Universitária, uma iniciativa da Editora da Unicamp em parceria com a Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (Proeec).

Nesta entrevista ao Jornal da Unicamp, as autoras, em respostas dadas por escrito, abordam não apenas o processo de criação e o conteúdo do livro, mas também seu impacto direto na sociedade. De acordo com elas, o livro visa preencher lacunas de conhecimento na cosmetologia clínica, área que ainda carece de referências robustas, capacitando diversos tipos de profissionais no atendimento às demandas de uma sociedade que vive mais. “O avanço tecnológico e a pesquisa científica na área cosmética vêm proporcionando uma nova compreensão sobre a pele, beneficiando todos os profissionais que atuam na orientação quanto ao uso de formulações cosméticas.” Confira.

Jornal da Unicamp – De que maneira os resultados obtidos com esse projeto podem impactar o meio acadêmico?

Autoras – A cosmetologia clínica é um campo novo para a profissão farmacêutica, com o compromisso de promover a saúde da pele atendendo também às demandas por beleza e bem-estar. Essa obra visa contribuir com o desenvolvimento da área cosmética, que vai além da criação de formulações eficazes e seguras, atuando também na prevenção ao envelhecimento precoce e a outras condições cutâneas. A escrita do livro consolida a importância da extensão universitária, que possibilitou identificar lacunas entre a cosmetologia e a saúde da pele. As vivências com diferentes públicos revelaram demandas reais por orientações adequadas sobre o uso de cosméticos. Assim, muitas das nuances apresentadas foram elaboradas a partir dessas necessidades. A obra propõe ainda uma nova abordagem formativa para a atuação farmacêutica, integrando a cosmetologia clínica como instrumento de promoção da saúde e do bem-estar.

JU – Qual a importância dos projetos de extensão na área da saúde para as universidades? Quais os resultados imediatos para a comunidade?

Autoras – A extensão universitária vive um momento singular, consolidando-se como uma dimensão essencial na formação dos cursos de graduação. A área farmacêutica, especialmente a cosmetologia, oferece diversas possibilidades para projetos de extensão em saúde. O farmacêutico é um profissional-chave na orientação e educação sobre cosméticos, oferecendo uma fonte confiável de conhecimento para usuários e outros profissionais. Suas atividades clínicas atendem à necessidade social de informações corretas e acompanhamento adequado.

Por meio desses projetos, estudantes desenvolvem habilidades técnicas e humanas, fortalecendo a formação ética e promovendo uma atuação alinhada às necessidades reais da população. A cosmetologia clínica contribui para a prevenção e o suporte terapêutico de condições relacionadas com a pele, além de orientar o uso consciente e seguro de cosméticos.

Essa atuação promove saúde, qualidade de vida, bem-estar e autoestima, além de combater a desinformação e as fake news. Assim, garante-se o acesso a informações confiáveis, prevenindo o uso inadequado de produtos e evitando efeitos adversos.

JU – Como a experiência e os resultados retratados em Cosmetologia clínica podem se estender para outras áreas da saúde?

Autoras – Esse livro é voltado a profissionais da saúde, como farmacêuticos, dermatologistas, esteticistas, biomédicos e outros especialistas que recomendam o uso de cosméticos, especialmente os de grau 2. Também pode interessar a estudantes e entusiastas da área cosmética que desejam aprofundar seu conhecimento sobre a pele.

JU – O livro tem como foco principal o cuidado farmacêutico. Como outras áreas da saúde (dermatologia, por exemplo) podem fazer uso desse trabalho?

Autoras – A cosmetologia clínica, como subárea do cuidado farmacêutico, carece de materiais de referência robustos. Esse livro busca suprir essa lacuna ao preparar gerações de farmacêuticos, capacitando-os a atender às necessidades de uma sociedade que vive mais e que deseja incluir mais qualidade e bem-estar em seu planejamento de vida, principalmente no que diz respeito aos cuidados com a pele. O avanço tecnológico e a pesquisa científica na área cosmética vêm proporcionando uma nova compreensão sobre a pele, beneficiando todos os profissionais que atuam na orientação quanto ao uso de formulações cosméticas.

JU – Quanto pesou, na elaboração do livro, a abordagem de questões teóricas e exemplos práticos para a saúde da pele?

Autoras – A elaboração do livro resultou de anos de estudo sobre a e de dedicação à ciência da pele e dos cosméticos. Sempre tivemos o compromisso de unir rigor científico e aplicabilidade prática, o que exige uma abordagem multidisciplinar bastante complexa. Um dos maiores desafios foi justamente traduzir o conhecimento técnico e os dados científicos em orientações claras e acessíveis, que possam ser aplicadas no cuidado farmacêutico e na promoção da saúde da pele. Essa conexão entre teoria e prática impôs-se como uma prioridade desde o início da idealização da obra.

JU – Nos dias atuais, com as mudanças climáticas e as temperaturas extremas, a saúde da pele tem sido alvo de mais pesquisas e estudos acadêmicos?

Autoras – Vivemos em um país tropical, onde as temperaturas aumentam a cada ano, elevando a incidência de câncer de pele. A demanda pelo SUS [Sistema Único de Saúde] tem crescido, especialmente para atender casos de ceratose actínica, câncer, feridas e outras lesões cutâneas. As mudanças climáticas, como o aquecimento global, a poluição e a redução da camada de ozônio, impactam diretamente a saúde da pele, nosso maior órgão de contato com o meio ambiente. Esses fenômenos podem causar alterações na microbiota cutânea e danos ao DNA e podem favorecer o surgimento de doenças dermatológicas, como dermatites, infecções e malignidades. Assim, o padrão e a incidência dessas doenças vêm se modificando, despertando o interesse da comunidade científica. Nesse cenário, a atuação do farmacêutico mostra-se fundamental ao orientar sobre o uso correto de produtos de prevenção. É essencial que a população tenha acesso a informações confiáveis e se conscientize sobre a importância da prevenção para a proteção e manutenção da saúde da pele.


Livro

Título: Cosmetologia clínica e cuidado farmacêutico para a saúde da pele 
Organização: Gislaine Ricci Leonardi e Mariane Massufero Vergilio 
Edição: 1ª 
Ano: 2025 
Páginas: 104 
Dimensões: 14 cm x 21 cm

Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas atinge marca de cem defesas de trabalhos de conclusão

Em 13 de agosto de 2025, o Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas, cujas atividades tiveram início em 2017, atingiu a centésima defesa de trabalho de conclusão. A estudante de mestrado Julia Soto Rizzato defendeu a dissertação intitulada Prioridades de publicação de temas para o desenvolvimento sustentável em periódicos farmacêuticos, orientada pela professora Taís Freire Galvão.

A sessão de defesa foi presidida pela professora Priscila Gava Mazzola e teve a participação da professora Mariangela Ribeiro Resende, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, e da professora Maria Auxiliadora Parreiras Martins, da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, por videoconferência.

A primeira defesa do PPG Ciências Farmacêuticas ocorreu em julho de 2019. Desde então, foram celebradas 58 defesas de mestrado e 42 defesas de doutorado. A lista completa é mantida pela Secretaria de Pós-Graduação.

Defesas do PPG Ciências Farmacêuticas, por ano

Nível2019202020212022202320242025
(até 13/8)
Mestrado44115121210
Doutorado6513135