A farmacêutica Isabella Bagni Nakamura recebeu o Prêmio Egresso Destaque da Unicamp 2025 pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas (Edital FCF/GRAD nº 1/2025).
Técnica em química pela Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado — ETECAP e formada no primeiro semestre de 2020 no curso de Farmácia da Unicamp, quando recebeu o Prêmio Paulo Minami, Isabella é Mestra em Ciências, na área de Fármacos, Medicamentos e Insumos para a Saúde. Defendeu a dissertação Autoavaliação de saúde de acordo com gênero e fatores associados em Manaus, 2019 também na Faculdade de Ciências Farmacêuticas, sob orientação da professora Taís Freire Galvão.
Em sua experiência profissional, destaca-se o desenvolvimento de formulações cosméticas líquidas e semissólidas para cuidados faciais, corporais, capilares e de proteção solar.
A cerimônia de premiação acontecerá no dia 15 de dezembro de 2025, às 15 horas, no Auditório I do Centro de Convenções da Unicamp. O evento será transmitido pelo YouTube.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais da metade da população mundial não utiliza os medicamentos da forma mais adequada. É o chamado uso não racional de medicamentos. Isso inclui o uso de muitos medicamentos por paciente, a utilização de doses insuficientes, o uso excessivo de injeções quando formulações orais seriam mais apropriadas; falhas na prescrição, automedicação inadequada, etc. Neste programa, a professora Elisdete Maria dos Santos de Jesus explica como os farmacêuticos podem atuar para promover o uso racional de medicamentos.
Composição oferece alternativa viável aos sais de alumínio, que podem causar irritações e alergias
Os compostos à base de sais de alumínio são ingredientes comuns usados pela indústria cosmética na formulação de desodorantes e antitranspirantes. Esses sais reduzem ou inibem a liberação do suor pelas glândulas sudoríparas, o que diminui a disponibilidade de substratos para as bactérias presentes na pele, contribuindo, assim, para a redução do mau odor. No entanto, é comum que alguns consumidores tenham maior sensibilidade a esses sais, que podem causar reações adversas na pele. As queixas mais comuns são o surgimento de irritações locais e alergias.
A ausência de alternativas eficazes motivou um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp a buscar uma nova forma de aplicação dos ativos antitranspirantes sem o uso de sais de alumínio. Com esse objetivo, eles desenvolveram uma matriz de nanofibras de polímeros – uma membrana ultrafina, com alta área de superfície – capaz de absorver o suor e, ao mesmo tempo, liberar substâncias antibacterianas.
“As nanofibras são como um tecido delicado, que pode ser aplicado diretamente na pele. Elas têm alta capacidade de absorção do suor e inibem o crescimento das bactérias que causam o mau odor”, explica Valéria Holsback, doutoranda que trabalhou na pesquisa ao lado da professora Gislaine Leonardi, ambas da FCF.
A tecnologia desenvolvida permite, segundo a pesquisadora, criar estruturas com alta capacidade de absorção de líquidos, grande superfície de contato com a pele e liberação controlada de ingredientes ativos, tornando-a ideal para aplicações cosméticas e terapêuticas.
Ainda de acordo com Holsback, para garantir a ação antibacteriana, foram testados dois óleos essenciais para chegar à definição de um que obtivesse resultados mais adequados. Após testes laboratoriais, o capim-limão (lemongrass) se destacou por sua maior eficácia. “Identificamos que, mesmo em concentrações menores, o óleo de capim-limão foi mais eficiente para inibir o crescimento das bactérias associadas à formação do mau odor nas axilas”, observa a pesquisadora.
Holsback também ressalta que, além da ação funcional, a escolha dos ingredientes foi pensada de modo a garantir a segurança e a viabilidade do produto. “Não estamos lidando com substâncias desconhecidas. Todos os componentes escolhidos — os polímeros das nanofibras, o etanol como solvente e o óleo de capim-limão — já são amplamente utilizados em cosméticos”, acrescenta ela, destacando que isso facilita o avanço da tecnologia para etapas posteriores, como os testes em voluntários.
A tecnologia desenvolvida permite criar estruturas com alta capacidade de absorção de líquidos tornando-a ideal para aplicações cosméticas e terapêuticas
Aplicações das nanofibras poliméricas
Entre os principais benefícios da nova tecnologia está a possibilidade de oferecer uma alternativa para pessoas sensíveis aos sais de alumínio. “Atualmente, os sais de alumínio são os únicos ingredientes com ação comprovada para controlar a sudorese. Mas quem tem sensibilidade a esses compostos simplesmente não tem outra opção no mercado”, acrescenta Holsback.
Outro diferencial da tecnologia é a sua versatilidade de aplicação. A membrana pode ser usada como um adesivo aplicado diretamente na pele. “A pessoa poderia aplicar o produto em casa, com facilidade, quando necessário”, diz Holsback. Segundo ela, essa alternativa teria a vantagem de contribuir para a redução do uso de embalagens plásticas, que são comuns nos produtos cosméticos tradicionais.
A pesquisadora também destaca que as possibilidades de uso da matriz de nanofibras vão além dos antitranspirantes. A tecnologia pode ser adaptada para outras finalidades na indústria cosmética, como máscaras faciais com ação hidratante e antioxidante, ou mesmo no setor farmacêutico. “A estrutura da nanofibra — com alta capacidade de absorção e liberação controlada de compostos — pode ser utilizada em curativos medicinais, incorporando anti-inflamatórios, cicatrizantes ou antialérgicos. Na realidade, a tecnologia já é explorada na área médica, e estamos expandindo seu uso para a área cosmética.”
A Agência de Inovação Inova Unicamp estabeleceu a estratégia e realizou o depósito da patente desta tecnologia tanto no Brasil quanto no âmbito internacional, por meio do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT, na sigla em inglês). Dessa forma, a tecnologia está disponível para ser licenciada para uso comercial no país e no exterior. Mais informações sobre este invento podem ser encontradas aqui.
A nova tecnologia está alinhada diretamente ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 da Organização das Nações Unidas (ONU), que trata de assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Ao oferecer uma alternativa mais segura aos sais de alumínio, a matriz de nanofibras contribui para o desenvolvimento de produtos cosméticos mais seguros, inclusivos e acessíveis, promovendo a saúde da pele e o conforto de pessoas sensíveis a ingredientes tradicionais. Além disso, ao promover aplicações mais eficazes com menor quantidade de ativos, a tecnologia reforça práticas mais conscientes e ambientalmente sustentáveis na indústria cosmética.
A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp recebeu três novos professores no segundo semestre de 2025.
Gabriela Trindade
A professora Gabriela Trindade de Souza e Silva foi aprovada no concurso público de provas e títulos para as disciplinas FR015 — Plantas Medicinais e Tóxicas, FR614 — Farmacognosia e FR706 — Fitoterapia.
Farmacêutica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde também cursou o Mestrado, a professora Gabriela chegou à Unicamp em 2018 para cursar o Doutorado em Ciências Farmacêuticas, concluído em 2022, sob orientação do Professor Paulo Rosa.
Ela também atuou na FCF como pesquisadora de pós-doutorado desde março de 2024, dedicando-se à pesquisa e ao ensino, até sua admissão como docente, em 16 de julho de 2025.
Natalícia Antunes
A professora Natalícia de Jesus Antunes, aprovada em concurso público para as disciplinas de FR047 — Métodos Alternativos Aplicados à Análise de Medicamentos, FR044 — Ferramentas de Estudo de Bioprocessos e FR508 — Análise Instrumental e admitida no último dia 1º de outubro, é farmacêutica pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e mestra e doutora em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Toxicologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP).
Entre 2017 e 2025, foi pesquisadora de pós-doutorado da Unicamp junto à pós-graduação em Farmacologia da Faculdade de Ciências Médicas, com estágio na Queen Mary University of London, atuando em projetos de pesquisa supervisionados pelos professores Gilberto De Nucci, José Luiz da Costa e Stephen Hyslop.
Victor Negri
O professor Victor Augusti Negri foi admitido no último dia 15 de outubro. Bacharel e licenciado em Ciências Biológicas e mestrado em Genética e Biologia Molecular pela Unicamp, fez doutorado e pós-doutorado no King’s College London. Também na Inglaterra, foi postdoc fellow e cientista sênior na AstraZeneca.
Victor foi o primeiro colocado no concurso público para as disciplinas FR207 — Genética Humana, FR512 — Biologia Molecular e FR810 — Biotecnologia.
O curso a distância Maconha Medicinal: da planta ao paciente tem o objetivo de capacitar profissionais de saúde, pesquisadores e demais interessados a compreenderem o uso terapêutico da Cannabis, desde sua botânica e cultivo até a aplicação clínica em pacientes, e também de proporcionar visão ampla sobre a produção, regulamentação, padronização e uso seguro de medicamentos à base de Cannabis, além de explorar as evidências científicas e o papel do profissional de saúde na prescrição e acompanhamento de pacientes, fomentando uma prática embasada, ética e voltada ao cuidado integral.
As inscrições estão abertas até o dia 24 de outubro de 2025. O curso começa no dia 31 de outubro de 2025 e se encerra no dia 30 de janeiro de 2026, com 38 horas teóricas, totalmente a distância.
O preço é de R$ 1.646,67, além de taxa de inscrição de R$ 22,00.
A professora responsável é a Profª Drª Priscila Gava Mazzola de Oliveira, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade Estadual de Campinas. Também darão aulas os professores João Ernesto de Carvalho e José Luiz da Costa, também da FCF, o médico Vinicius de Deus Silva Barbosa, do Hospital Sírio-Libanês, e os pós-graduandos Bruno Roberto Perozzo, Claudete da Costa Oliveira, João Gabriel Gouvêa da Silva, Luíza Aparecida Luna Silvério e Vitor Gonçalves da Silva.
Ementa: O curso oferece abordagem abrangente sobre o uso terapêutico de maconha. Serão abordadas desde as características da planta até o desenvolvimento e uso como medicamento. Será apresentada a história da planta, desde os usos ancestrais e ritualísticos, até o proibicionismo e a situação contemporânea, no Brasil e no mundo. A botânica e o cultivo da planta serão explorados, incluindo as principais variedades de Cannabis e suas características químicas, com ênfase nos canabinoides (THC, CBD e outros) e seus efeitos no corpo humano. O processo de extração, padronização e formulação de produtos à base de Cannabis também será detalhado, cobrindo métodos laboratoriais, controle de qualidade e os desafios na produção de medicamentos. O curso destacará as evidências científicas sobre o uso da Cannabis medicinal no tratamento de diversas condições de saúde, além de discutir os mecanismos de ação dos canabinoides. Serão abordados aspectos práticos da prescrição e acompanhamento de pacientes, incluindo o papel do farmacêutico na orientação quanto ao uso seguro e eficaz de produtos de Cannabis. Haverá estudos de casos clínicos, debates sobre os dilemas éticos e sociais envolvendo o uso de maconha medicinal, além de discutir as perspectivas futuras da pesquisa científica e inovações tecnológicas no campo.
Texto: Christian Marra – Inova Unicamp | Fotos: Igor Alisson – Inova Unicamp
Em fase de experimentos com camundongos, método desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp mostrou capacidade de modular o microambiente de tumores e reduzir o crescimento de cânceres; tecnologia ainda precisa ser licenciada por empresas para que as pesquisas avancem antes de ser testada com humanos
Na medicina, apesar dos avanços no controle de alguns tipos de cânceres, os tratamentos disponíveis ainda são limitados, especialmente nos casos de tumores sólidos, que apresentam maior resistência à ação dos medicamentos. As quimioterapias, por sua vez, prolongam a sobrevida, mas em geral causam efeitos colaterais severos e são, muitas vezes, insuficientes para erradicar a doença.
Diante desses complexos desafios, uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (FCF Unicamp) está trabalhando no desenvolvimento de uma nova técnica para fortalecer a resposta imunológica contra o câncer. Para isso, a equipe vem usando um peptídeo (molécula formada pela união de dois ou mais aminoácidos) que foi isolado do veneno da aranha-armadeira, batizado de LW9. Até o momento, nos testes realizados com animais, essa molécula mostrou capacidade de modular o microambiente tumoral, tornando-o menos favorável ao crescimento e à disseminação do tumor.
“Nos experimentos com camundongos, nós identificamos uma fração do veneno que não mata as células tumorais diretamente, mas modula o sistema imunológico. Isso significa que a molécula ajusta o nível de inflamação do tumor em seu microambiente. Essa capacidade de modulação da molécula permite conter a expansão do tumor”, explica a professora da FCF, Catarina Rapôso, coordenadora do estudo, que também teve participação da doutoranda da FCF, Ingrid Trevisan.
Rapôso também observa que a molécula isolada do veneno da aranha não se mostrou tóxica às células dos animais testados. Inicialmente, ela foi extraída do veneno natural para a pesquisa, mas hoje ela é sintetizada em laboratório, com a mesma eficácia registrada nos testes.
Benefícios do novo método no combate ao câncer
Entre os principais benefícios proporcionados pela molécula LW9 estão a redução significativa do crescimento tumoral e a ausência de efeitos adversos nos modelos testados. “Nesses testes, verificamos que, mesmo usando o veneno bruto em doses muito pequenas, os animais não apresentaram sinais de envenenamento. Pelo contrário: mostraram uma melhora geral, alimentando-se melhor e ganhando peso”, relata a pesquisadora. A partir desse resultado, a equipe se concentrou na purificação do composto ativo e, posteriormente, na síntese laboratorial da molécula.
Ainda segundo a professora, a LW9 traz uma abordagem diferenciada dos quimioterápicos tradicionais: “Ela não causa citotoxicidade, ou seja, não é tóxica às células. O que observamos é uma mudança na forma como as células do sistema imunológico e do tumor se comunicam. Ela ajusta a produção de citocinas, substâncias que regulam a inflamação, promovendo um ambiente mais favorável à destruição do tumor”, destaca Rapôso.
A ação da molécula LW9 também se mostrou promissora em diferentes tipos de células tumorais, o que indica um potencial de uso mais amplo no futuro, inclusive em humanos. “Por atuar principalmente na modulação do sistema imunológico e não diretamente sobre a célula tumoral, ela pode ser eficaz em diferentes tipos de tumores sólidos, inclusive em casos nos quais outras terapias falham”, acrescenta a pesquisadora.
Desafios superados na pesquisa do novo método de combate ao câncer
A equipe da FCF Unicamp enfrentou uma série de desafios no desenvolvimento da tecnologia. O primeiro deles foi o próprio manejo da aranha-armadeira, um animal peçonhento e agressivo. “É uma aranha grande, neurotóxica, que exige técnicas específicas de coleta e manejo”, explica Rapôso. Além disso, seu veneno é uma mistura complexa de diversas moléculas, o que exigiu um exaustivo trabalho para isolar e identificar um único componente bioativo. Esta etapa contou com a colaboração do biólogo Thomaz Rocha e Silva, professor e pesquisador do Einstein Hospital Israelita, nas tarefas de coleta das aranhas e da extração e purificação do veneno.
Outro desafio importante foi assegurar que a molécula isolada pudesse ser reproduzida sinteticamente, eliminando a dependência da extração natural, etapa superada com êxito: “Conseguimos sintetizar a LW9 com a mesma estrutura, mesma sequência de aminoácidos e, felizmente, a atividade foi mantida. Inclusive, nos testes com tumor de mama, os resultados foram ainda melhores com o sintético: houve inibição quase total do crescimento tumoral”, explica a professora.
Os primeiros testes foram realizados com camundongos. A equipe agora se prepara para prosseguir os estudos com cães diagnosticados com tumores espontâneos, como linfomas e mastocitomas. “O objetivo é avançar para um estágio mais próximo da realidade clínica. Vamos testar a molécula em animais com câncer natural, para avaliar sua eficácia em um ambiente mais complexo”, detalha Rapôso.
A professora finaliza explicando que este avanço pode representar uma nova linha de combate ao câncer. “Ainda estamos no início, mas os dados indicam que é um caminho promissor. A ideia de que um veneno de aranha possa nos ajudar a tratar o câncer pode parecer surpreendente, mas é um exemplo claro de como a natureza, aliada à ciência, pode oferecer soluções eficazes para problemas antigos. Esperamos que, com os próximos testes, possamos dar mais um passo importante rumo a uma nova terapia”, conclui a pesquisadora.
Patente do novo método de combate ao câncer está disponível para licenciamento
O novo método para fortalecer a resposta imunológica contra o câncer teve a estratégia de proteção e o depósito da patente feito pela Agência de Inovação Inova Unicamp e está disponível para licenciamento para uso comercial. Mais detalhes sobre este invento podem ser consultados aqui.
A tecnologia desenvolvida na Unicamp alinha-se diretamente a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), o ODS 3 (assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades), em virtude dos benefícios que ela pode alcançar em um dos tratamentos clínicos mais desafiadores da medicina atual.
Nos dias 16 e 17 de outubro, a entrada do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp se transforma em um espaço de conscientização sobre cuidados com a pele, hidratação e proteção solar, durante a Semana de Atividades de Pesquisa e Extensão em Cosmetologia (SEAPEC). A ação é promovida por alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), sob orientação da professora Gislaine Ricci, e é contemplada pelo 6º Edital ProEEC PEX, da Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC).
O evento tem como objetivo aproximar a universidade da população, oferecendo orientações práticas sobre fotoproteção e hidratação, temas que, segundo Gislaine, ainda carecem de informação acessível para boa parte da sociedade. “Os alunos vão conversar com os acompanhantes dos pacientes do HC, explicar a importância de proteger a pele da radiação solar e demonstrar o uso correto de produtos como protetores e hidratantes”, contou Gislaine.
À esquerda, Gislaine Ricci, orientadora do projeto e, ao seu lado, a estudante Maria Eduarda Eid Martins, organizadora da SEAPEC.
Cerca de 50 estudantes do curso de Farmácia participam da ação, após passarem por uma capacitação com profissionais da área da cosmetologia. O encontro preparatório ocorreu no início de outubro e contou com a presença da farmacêutica Cristiane de Griotte, coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da Dove, que ministra uma palestra sobre hidratação e doou produtos para as atividades. Esse encontro também contou com a participação do farmacêutico Ricardo Vasconcelos, da Axigram, que conduziu dinâmicas sobre fotoproteção e linguagem acessível na comunicação com o público.
Durante a semana, os participantes realizam testes de hidratação da pele e oferecem orientações personalizadas, considerando diferentes fototipos e condições de exposição solar. “A ideia é promover o autocuidado e a prevenção de doenças, como a ceratose actínica e o câncer de pele, incentivando hábitos simples que podem melhorar a saúde e o bem-estar no envelhecimento”, destacou Gislaine.
Além do impacto social, a docente ressalta o caráter formativo da iniciativa. “Queremos contribuir para a formação de profissionais mais humanos, capazes de dialogar com a comunidade e entender seu papel como agentes de transformação”, afirmou.
O evento tem como objetivo oferecer orientações práticas sobre fotoproteção e hidratação
A ação também integra o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante Maria Eduarda Eid Martins, que participa de toda a organização e coordenação do projeto. Ex-presidente da Liga Acadêmica de Cosmetologia da FCF, a aluna utilizará os dados coletados durante as atividades em sua pesquisa. “Está sendo uma experiência muito legal e um grande prazer. Conseguimos amostras de produtos e levar esse conhecimento sobre saúde para a população é muito importante, tanto para a universidade quanto para a comunidade”, disse.
Para Gislaine, a expectativa é que o SEAPEC se torne uma ação anual dentro da FCF, fortalecendo a integração entre ensino, pesquisa e extensão. “Temos muito conhecimento dentro dos laboratórios, e é fundamental que ele ultrapasse os muros da universidade”, completou.
Os Congressos de Iniciação Científica da Unicamp, realizados anualmente, visam apresentar os resultados dos projetos de Iniciação Científica e Tecnológica desenvolvidos na Universidade. Esses eventos contribuem para o aprimoramento das habilidades essenciais à pesquisa acadêmica e favorecem a interação entre pesquisadores de diferentes níveis e áreas.
A 33ª edição do Congresso acontecerá entre os dias 22 e 24 de outubro de 2025. As sessões de pôsteres acontecem das 15h30 às 17h30.
Participarão 41 graduandos do curso de Farmácia da Unicamp, além de uma graduanda em Medicina, uma graduanda em Odontologia e uma mestranda em Ciências Farmacêuticas que desenvolveram iniciação científica orientadas por professoras da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.
Doutorandos da Unicamp estão convidados a participar do Congresso na condição de avaliadores.
Apresentações em 22/10/2025 (Exatas e Tecnológicas)
A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp recebeu o comediante Rominho Braga para um stand-up com alunos de escola pública. A ideia foi mostrar que dá para falar de ciência e da vida universitária de um jeito leve e divertido — aproximando a Unicamp da comunidade externa.
Esse é um projeto de extensão realizado pelas professoras Valquíria Aparecida Matheus e Catarina Raposo Dias Carneiro, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC/Unicamp).
📚 Humor, ciência e educação juntos pra inspirar futuros universitários!