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Farmacêutica Isabella Bagni Nakamura recebe Prêmio Egresso Destaque

A farmacêutica Isabella Bagni Nakamura recebeu o Prêmio Egresso Destaque da Unicamp 2025 pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas (Edital FCF/GRAD nº 1/2025).

Técnica em química pela Escola Técnica Estadual Conselheiro Antonio Prado — ETECAP e formada no primeiro semestre de 2020 no curso de Farmácia da Unicamp, quando recebeu o Prêmio Paulo Minami, Isabella é Mestra em Ciências, na área de Fármacos, Medicamentos e Insumos para a Saúde. Defendeu a dissertação Autoavaliação de saúde de acordo com gênero e fatores associados em Manaus, 2019 também na Faculdade de Ciências Farmacêuticas, sob orientação da professora Taís Freire Galvão.

Em sua experiência profissional, destaca-se o desenvolvimento de formulações cosméticas líquidas e semissólidas para cuidados faciais, corporais, capilares e de proteção solar.

A cerimônia de premiação acontecerá no dia 15 de dezembro de 2025, às 15 horas, no Auditório I do Centro de Convenções da Unicamp. O evento será transmitido pelo YouTube.

TV Unicamp: Consequências do uso ‘não racional’ de medicamentos

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais da metade da população mundial não utiliza os medicamentos da forma mais adequada. É o chamado uso não racional de medicamentos. Isso inclui o uso de muitos medicamentos por paciente, a utilização de doses insuficientes, o uso excessivo de injeções quando formulações orais seriam mais apropriadas; falhas na prescrição, automedicação inadequada, etc. Neste programa, a professora Elisdete Maria dos Santos de Jesus explica como os farmacêuticos podem atuar para promover o uso racional de medicamentos.

Ficha técnica:

Produção: Fábio Gallacci

Apresentação: Silvio Anunciação

Imagens: Jorge Calhau

Direção de imagens: Bruno Piatto

Edição: Diohny Andrade

Fotografia: Lúcio Camargo

Capa: Paulo Cavalheri

#unicamp #farmacia #medicamentos

Jornal da Unicamp: Pesquisa propõe uso de nanofibras com óleo de capim-limão em antitranspirantes

Composição oferece alternativa viável aos sais de alumínio, que podem causar irritações e alergias

Os compostos à base de sais de alumínio são ingredientes comuns usados pela indústria cosmética na formulação de desodorantes e antitranspirantes. Esses sais reduzem ou inibem a liberação do suor pelas glândulas sudoríparas, o que diminui a disponibilidade de substratos para as bactérias presentes na pele, contribuindo, assim, para a redução do mau odor. No entanto, é comum que alguns consumidores tenham maior sensibilidade a esses sais, que podem causar reações adversas na pele. As queixas mais comuns são o surgimento de irritações locais e alergias.

A ausência de alternativas eficazes motivou um grupo de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) e da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Unicamp a buscar uma nova forma de aplicação dos ativos antitranspirantes sem o uso de sais de alumínio. Com esse objetivo, eles desenvolveram uma matriz de nanofibras de polímeros – uma membrana ultrafina, com alta área de superfície – capaz de absorver o suor e, ao mesmo tempo, liberar substâncias antibacterianas.

“As nanofibras são como um tecido delicado, que pode ser aplicado diretamente na pele. Elas têm alta capacidade de absorção do suor e inibem o crescimento das bactérias que causam o mau odor”, explica Valéria Holsback, doutoranda que trabalhou na pesquisa ao lado da professora Gislaine Leonardi, ambas da FCF.

A tecnologia desenvolvida permite, segundo a pesquisadora, criar estruturas com alta capacidade de absorção de líquidos, grande superfície de contato com a pele e liberação controlada de ingredientes ativos, tornando-a ideal para aplicações cosméticas e terapêuticas.

Ainda de acordo com Holsback, para garantir a ação antibacteriana, foram testados dois óleos essenciais para chegar à definição de um que obtivesse resultados mais adequados. Após testes laboratoriais, o capim-limão (lemongrass) se destacou por sua maior eficácia. “Identificamos que, mesmo em concentrações menores, o óleo de capim-limão foi mais eficiente para inibir o crescimento das bactérias associadas à formação do mau odor nas axilas”, observa a pesquisadora.

Holsback também ressalta que, além da ação funcional, a escolha dos ingredientes foi pensada de modo a garantir a segurança e a viabilidade do produto. “Não estamos lidando com substâncias desconhecidas. Todos os componentes escolhidos — os polímeros das nanofibras, o etanol como solvente e o óleo de capim-limão — já são amplamente utilizados em cosméticos”, acrescenta ela, destacando que isso facilita o avanço da tecnologia para etapas posteriores, como os testes em voluntários.

A tecnologia desenvolvida permite criar estruturas com alta capacidade de absorção de líquidos tornando-a ideal para aplicações cosméticas e terapêuticas
A tecnologia desenvolvida permite criar estruturas com alta capacidade de absorção de líquidos tornando-a ideal para aplicações cosméticas e terapêuticas

Aplicações das nanofibras poliméricas

Entre os principais benefícios da nova tecnologia está a possibilidade de oferecer uma alternativa para pessoas sensíveis aos sais de alumínio. “Atualmente, os sais de alumínio são os únicos ingredientes com ação comprovada para controlar a sudorese. Mas quem tem sensibilidade a esses compostos simplesmente não tem outra opção no mercado”, acrescenta Holsback.

Outro diferencial da tecnologia é a sua versatilidade de aplicação. A membrana pode ser usada como um adesivo aplicado diretamente na pele.  “A pessoa poderia aplicar o produto em casa, com facilidade, quando necessário”, diz Holsback. Segundo ela, essa alternativa teria a vantagem de contribuir para a redução do uso de embalagens plásticas, que são comuns nos produtos cosméticos tradicionais.

A pesquisadora também destaca que as possibilidades de uso da matriz de nanofibras vão além dos antitranspirantes. A tecnologia pode ser adaptada para outras finalidades na indústria cosmética, como máscaras faciais com ação hidratante e antioxidante, ou mesmo no setor farmacêutico. “A estrutura da nanofibra — com alta capacidade de absorção e liberação controlada de compostos — pode ser utilizada em curativos medicinais, incorporando anti-inflamatórios, cicatrizantes ou antialérgicos. Na realidade, a tecnologia já é explorada na área médica, e estamos expandindo seu uso para a área cosmética.”

A Agência de Inovação Inova Unicamp estabeleceu a estratégia e realizou  o depósito da patente desta tecnologia tanto no Brasil quanto no âmbito internacional, por meio do Tratado de Cooperação em Matéria de Patentes (PCT, na sigla em inglês). Dessa forma, a tecnologia está disponível para ser licenciada para uso comercial no país e no exterior. Mais informações sobre este invento podem ser encontradas aqui.

A nova tecnologia está alinhada diretamente ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 3 da Organização das Nações Unidas (ONU), que trata de assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades. Ao oferecer uma alternativa mais segura aos sais de alumínio, a matriz de nanofibras contribui para o desenvolvimento de produtos cosméticos mais seguros, inclusivos e acessíveis, promovendo a saúde da pele e o conforto de pessoas sensíveis a ingredientes tradicionais. Além disso, ao promover aplicações mais eficazes com menor quantidade de ativos, a tecnologia reforça práticas mais conscientes e ambientalmente sustentáveis na indústria cosmética.

Matéria publicada originalmente no site da Inova Unicamp.

FCF dá as boas vindas a três novos professores

A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp recebeu três novos professores no segundo semestre de 2025.

Gabriela Trindade

A professora Gabriela Trindade de Souza e Silva foi aprovada no concurso público de provas e títulos para as disciplinas FR015 — Plantas Medicinais e Tóxicas, FR614 — Farmacognosia e FR706 — Fitoterapia.

Farmacêutica pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), onde também cursou o Mestrado, a professora Gabriela chegou à Unicamp em 2018 para cursar o Doutorado em Ciências Farmacêuticas, concluído em 2022, sob orientação do Professor Paulo Rosa.

Ela também atuou na FCF como pesquisadora de pós-doutorado desde março de 2024, dedicando-se à pesquisa e ao ensino, até sua admissão como docente, em 16 de julho de 2025.

Natalícia Antunes

A professora Natalícia de Jesus Antunes, aprovada em concurso público para as disciplinas de FR047 — Métodos Alternativos Aplicados à Análise de Medicamentos, FR044 — Ferramentas de Estudo de Bioprocessos e FR508 — Análise Instrumental e admitida no último dia 1º de outubro, é farmacêutica pela Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e mestra e doutora em Ciências pelo Programa de Pós-Graduação em Toxicologia da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FCFRP-USP).

Entre 2017 e 2025, foi pesquisadora de pós-doutorado da Unicamp junto à pós-graduação em Farmacologia da Faculdade de Ciências Médicas, com estágio na Queen Mary University of London, atuando em projetos de pesquisa supervisionados pelos professores Gilberto De Nucci, José Luiz da Costa e Stephen Hyslop.

Victor Negri

O professor Victor Augusti Negri foi admitido no último dia 15 de outubro. Bacharel e licenciado em Ciências Biológicas e mestrado em Genética e Biologia Molecular pela Unicamp, fez doutorado e pós-doutorado no King’s College London. Também na Inglaterra, foi postdoc fellow e cientista sênior na AstraZeneca.

Victor foi o primeiro colocado no concurso público para as disciplinas FR207 — Genética Humana, FR512 — Biologia Molecular e FR810 — Biotecnologia.

Curso de extensão a distância “Maconha Medicinal: da planta ao paciente” recebe inscrições até 24 de outubro

O curso a distância Maconha Medicinal: da planta ao paciente tem o objetivo de capacitar profissionais de saúde, pesquisadores e demais interessados a compreenderem o uso terapêutico da Cannabis, desde sua botânica e cultivo até a aplicação clínica em pacientes, e também de proporcionar visão ampla sobre a produção, regulamentação, padronização e uso seguro de medicamentos à base de Cannabis, além de explorar as evidências científicas e o papel do profissional de saúde na prescrição e acompanhamento de pacientes, fomentando uma prática embasada, ética e voltada ao cuidado integral.

As inscrições estão abertas até o dia 24 de outubro de 2025. O curso começa no dia 31 de outubro de 2025 e se encerra no dia 30 de janeiro de 2026, com 38 horas teóricas, totalmente a distância.

O preço é de R$ 1.646,67, além de taxa de inscrição de R$ 22,00.

A professora responsável é a Profª Drª Priscila Gava Mazzola de Oliveira, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Universidade Estadual de Campinas. Também darão aulas os professores João Ernesto de Carvalho e José Luiz da Costa, também da FCF, o médico Vinicius de Deus Silva Barbosa, do Hospital Sírio-Libanês, e os pós-graduandos Bruno Roberto Perozzo, Claudete da Costa Oliveira, João Gabriel Gouvêa da Silva, Luíza Aparecida Luna Silvério e Vitor Gonçalves da Silva.

Ementa: O curso oferece abordagem abrangente sobre o uso terapêutico de maconha. Serão abordadas desde as características da planta até o desenvolvimento e uso como medicamento. Será apresentada a história da planta, desde os usos ancestrais e ritualísticos, até o proibicionismo e a situação contemporânea, no Brasil e no mundo. A botânica e o cultivo da planta serão explorados, incluindo as principais variedades de Cannabis e suas características químicas, com ênfase nos canabinoides (THC, CBD e outros) e seus efeitos no corpo humano. O processo de extração, padronização e formulação de produtos à base de Cannabis também será detalhado, cobrindo métodos laboratoriais, controle de qualidade e os desafios na produção de medicamentos. O curso destacará as evidências científicas sobre o uso da Cannabis medicinal no tratamento de diversas condições de saúde, além de discutir os mecanismos de ação dos canabinoides. Serão abordados aspectos práticos da prescrição e acompanhamento de pacientes, incluindo o papel do farmacêutico na orientação quanto ao uso seguro e eficaz de produtos de Cannabis. Haverá estudos de casos clínicos, debates sobre os dilemas éticos e sociais envolvendo o uso de maconha medicinal, além de discutir as perspectivas futuras da pesquisa científica e inovações tecnológicas no campo.

Em testes, nova terapia contra o câncer usa molécula do veneno de aranha para fortalecer sistema imunológico

Publicação original da Agência de Inovação da Unicamp — Inova

Texto: Christian Marra – Inova Unicamp | Fotos: Igor Alisson – Inova Unicamp

Em fase de experimentos com camundongos, método desenvolvido por pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da Unicamp mostrou capacidade de modular o microambiente de tumores e reduzir o crescimento de cânceres; tecnologia ainda precisa ser licenciada por empresas para que as pesquisas avancem antes de ser testada com humanos

Na medicina, apesar dos avanços no controle de alguns tipos de cânceres, os tratamentos disponíveis ainda são limitados, especialmente nos casos de tumores sólidos, que apresentam maior resistência à ação dos medicamentos. As quimioterapias, por sua vez, prolongam a sobrevida, mas em geral causam efeitos colaterais severos e são, muitas vezes, insuficientes para erradicar a doença.

Diante desses complexos desafios, uma equipe de pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Campinas (FCF Unicamp) está trabalhando no desenvolvimento de uma nova técnica para fortalecer a resposta imunológica contra o câncer. Para isso, a equipe vem usando um peptídeo (molécula formada pela união de dois ou mais aminoácidos) que foi isolado do veneno da aranha-armadeira, batizado de LW9. Até o momento, nos testes realizados com animais, essa molécula mostrou capacidade de modular o microambiente tumoral, tornando-o menos favorável ao crescimento e à disseminação do tumor.

“Nos experimentos com camundongos, nós identificamos uma fração do veneno que não mata as células tumorais diretamente, mas modula o sistema imunológico. Isso significa que a molécula ajusta o nível de inflamação do tumor em seu microambiente. Essa capacidade de modulação da molécula permite conter a expansão do tumor”, explica a professora da FCF, Catarina Rapôso, coordenadora do estudo, que também teve participação da doutoranda da FCF, Ingrid Trevisan.

Rapôso também observa que a molécula isolada do veneno da aranha não se mostrou tóxica às células dos animais testados. Inicialmente, ela foi extraída do veneno natural para a pesquisa, mas hoje ela é sintetizada em laboratório, com a mesma eficácia registrada nos testes.

Benefícios do novo método no combate ao câncer

Entre os principais benefícios proporcionados pela molécula LW9 estão a redução significativa do crescimento tumoral e a ausência de efeitos adversos nos modelos testados. “Nesses testes, verificamos que, mesmo usando o veneno bruto em doses muito pequenas, os animais não apresentaram sinais de envenenamento. Pelo contrário: mostraram uma melhora geral, alimentando-se melhor e ganhando peso”, relata a pesquisadora. A partir desse resultado, a equipe se concentrou na purificação do composto ativo e, posteriormente, na síntese laboratorial da molécula.

Ainda segundo a professora, a LW9 traz uma abordagem diferenciada dos quimioterápicos tradicionais: “Ela não causa citotoxicidade, ou seja, não é tóxica às células. O que observamos é uma mudança na forma como as células do sistema imunológico e do tumor se comunicam. Ela ajusta a produção de citocinas, substâncias que regulam a inflamação, promovendo um ambiente mais favorável à destruição do tumor”, destaca Rapôso.

A ação da molécula LW9 também se mostrou promissora em diferentes tipos de células tumorais, o que indica um potencial de uso mais amplo no futuro, inclusive em humanos. “Por atuar principalmente na modulação do sistema imunológico e não diretamente sobre a célula tumoral, ela pode ser eficaz em diferentes tipos de tumores sólidos, inclusive em casos nos quais outras terapias falham”, acrescenta a pesquisadora.

Desafios superados na pesquisa do novo método de combate ao câncer

A equipe da FCF Unicamp enfrentou uma série de desafios no desenvolvimento da tecnologia. O primeiro deles foi o próprio manejo da aranha-armadeira, um animal peçonhento e agressivo. “É uma aranha grande, neurotóxica, que exige técnicas específicas de coleta e manejo”, explica Rapôso. Além disso, seu veneno é uma mistura complexa de diversas moléculas, o que exigiu um exaustivo trabalho para isolar e identificar um único componente bioativo. Esta etapa contou com a colaboração do biólogo Thomaz Rocha e Silva, professor e pesquisador do Einstein Hospital Israelita, nas tarefas de coleta das aranhas e da extração e purificação do veneno.

Outro desafio importante foi assegurar que a molécula isolada pudesse ser reproduzida sinteticamente, eliminando a dependência da extração natural, etapa superada com êxito: “Conseguimos sintetizar a LW9 com a mesma estrutura, mesma sequência de aminoácidos e, felizmente, a atividade foi mantida. Inclusive, nos testes com tumor de mama, os resultados foram ainda melhores com o sintético: houve inibição quase total do crescimento tumoral”, explica a professora.

Os primeiros testes foram realizados com camundongos. A equipe agora se prepara para prosseguir os estudos com cães diagnosticados com tumores espontâneos, como linfomas e mastocitomas. “O objetivo é avançar para um estágio mais próximo da realidade clínica. Vamos testar a molécula em animais com câncer natural, para avaliar sua eficácia em um ambiente mais complexo”, detalha Rapôso.

A professora finaliza explicando que este avanço pode representar uma nova linha de combate ao câncer. “Ainda estamos no início, mas os dados indicam que é um caminho promissor. A ideia de que um veneno de aranha possa nos ajudar a tratar o câncer pode parecer surpreendente, mas é um exemplo claro de como a natureza, aliada à ciência, pode oferecer soluções eficazes para problemas antigos. Esperamos que, com os próximos testes, possamos dar mais um passo importante rumo a uma nova terapia”, conclui a pesquisadora.

Patente do novo método de combate ao câncer está disponível para licenciamento

O novo método para fortalecer a resposta imunológica contra o câncer teve a estratégia de proteção e o depósito da patente  feito pela Agência de Inovação Inova Unicamp e está disponível para licenciamento para uso comercial. Mais detalhes sobre este invento podem ser consultados aqui.

A tecnologia desenvolvida na Unicamp alinha-se diretamente a um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela Organização das Nações Unidas (ONU), o ODS 3 (assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades), em virtude dos benefícios que ela pode alcançar em um dos tratamentos clínicos mais desafiadores da medicina atual.

Semana de Atividades de Pesquisa e Extensão em Cosmetologia leva orientação sobre cuidados com a pele à comunidade

Publicado originalmente pela PROEEC

Texto: Ana Ornelas | Fotos: José Irani

Nos dias 16 e 17 de outubro, a entrada do Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp se transforma em um espaço de conscientização sobre cuidados com a pele, hidratação e proteção solar, durante a Semana de Atividades de Pesquisa e Extensão em Cosmetologia (SEAPEC). A ação é promovida por alunos da Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), sob orientação da professora Gislaine Ricci, e é contemplada pelo 6º Edital ProEEC PEX, da Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC).

O evento tem como objetivo aproximar a universidade da população, oferecendo orientações práticas sobre fotoproteção e hidratação, temas que, segundo Gislaine, ainda carecem de informação acessível para boa parte da sociedade. “Os alunos vão conversar com os acompanhantes dos pacientes do HC, explicar a importância de proteger a pele da radiação solar e demonstrar o uso correto de produtos como protetores e hidratantes”, contou Gislaine.

À esquerda, Gislaine Ricci, orientadora do projeto e, ao seu lado, a estudante Maria Eduarda Eid Martins, organizadora da SEAPEC.

Cerca de 50 estudantes do curso de Farmácia participam da ação, após passarem por uma capacitação com profissionais da área da cosmetologia. O encontro preparatório ocorreu no início de outubro e contou com a presença da farmacêutica Cristiane de Griotte, coordenadora de Pesquisa e Desenvolvimento da Dove, que ministra uma palestra sobre hidratação e doou produtos para as atividades. Esse encontro também contou com a participação do farmacêutico Ricardo Vasconcelos, da Axigram, que conduziu dinâmicas sobre fotoproteção e linguagem acessível na comunicação com o público.

Durante a semana, os participantes realizam testes de hidratação da pele e oferecem orientações personalizadas, considerando diferentes fototipos e condições de exposição solar. “A ideia é promover o autocuidado e a prevenção de doenças, como a ceratose actínica e o câncer de pele, incentivando hábitos simples que podem melhorar a saúde e o bem-estar no envelhecimento”, destacou Gislaine.

Além do impacto social, a docente ressalta o caráter formativo da iniciativa. “Queremos contribuir para a formação de profissionais mais humanos, capazes de dialogar com a comunidade e entender seu papel como agentes de transformação”, afirmou.

O evento tem como objetivo oferecer orientações práticas sobre fotoproteção e hidratação

A ação também integra o Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante Maria Eduarda Eid Martins, que participa de toda a organização e coordenação do projeto. Ex-presidente da Liga Acadêmica de Cosmetologia da FCF, a aluna utilizará os dados coletados durante as atividades em sua pesquisa. “Está sendo uma experiência muito legal e um grande prazer. Conseguimos amostras de produtos e levar esse conhecimento sobre saúde para a população é muito importante, tanto para a universidade quanto para a comunidade”, disse.

Para Gislaine, a expectativa é que o SEAPEC se torne uma ação anual dentro da FCF, fortalecendo a integração entre ensino, pesquisa e extensão. “Temos muito conhecimento dentro dos laboratórios, e é fundamental que ele ultrapasse os muros da universidade”, completou.

Graduandos em Farmácia participam do XXXIII Congresso de Iniciação Científica da Unicamp

por Gustavo Teramatsu

Os Congressos de Iniciação Científica da Unicamp, realizados anualmente, visam apresentar os resultados dos projetos de Iniciação Científica e Tecnológica desenvolvidos na Universidade. Esses eventos contribuem para o aprimoramento das habilidades essenciais à pesquisa acadêmica e favorecem a interação entre pesquisadores de diferentes níveis e áreas.

A 33ª edição do Congresso acontecerá entre os dias 22 e 24 de outubro de 2025. As sessões de pôsteres acontecem das 15h30 às 17h30.

Participarão 41 graduandos do curso de Farmácia da Unicamp, além de uma graduanda em Medicina, uma graduanda em Odontologia e uma mestranda em Ciências Farmacêuticas que desenvolveram iniciação científica orientadas por professoras da Faculdade de Ciências Farmacêuticas.

Doutorandos da Unicamp estão convidados a participar do Congresso na condição de avaliadores.

Apresentações em 22/10/2025 (Exatas e Tecnológicas)

NomeOrientaçãoTítuloPainel
Bruna Cavalcante Ferreira PaulinoPedro Paulo CorbiEstudos biofísicos e de atividade antiproliferativa de complexos de Ag(I) e Au(I) sobre painel de linhagens de células tumoraisE0207
Caroline Abe dos SantosPriscila Gava MazzolaAnálise da qualidade e estabilidade de filmes orodispersíveis contendo capsaicina como princípio ativoT0246
Eduardo Luis de AraujoRodrigo Ramos CatharinoAnálise de adulteração de creatina por espectrofotometria de infravermelhoT0247
Mariana Minski FurtadoKarina Cogo MüllerAvaliação da eficácia conservante da etilhexilglicerina em emulsão aniônicaT0245
Melanie Andery BissolliLjubica TasicDesenvolvimento e caracterização de hidrogéis de polissacarídeos sulfatados com potencial terapêutico anticoagulante para uso dérmicoE0201
Rafael Magno Basilisco TorresMiriam Dupas HubingerObtenção de encapsulado de própolis vermelha por coacervação complexaT0287

Apresentação em 24/10/2025 (Biomédicas)

NomeOrientaçãoTítuloPainel
Ana Beatriz Alves Bomfim dos SantosMary Ann FoglioEstudo fitoquímico de Pterodon pubescens Benth e Cordia verbenacea DC sob perspectiva farmacológicaB0082
Ana Carolina Eloy MarcioPatricia MorielFrequência de variantes genéticas no gene DPYD em pacientes oncológicos do Sistema Único de SaúdeB0084
Ana Clara Leal MachadoBruno Bueno SilvaAtividade antimicrobiana de um gel dental não-fluoretado contendo Própolis Verde 7%B0316
Bruna Eduarda Siqueira da SilvaFernanda Ramos GadelhaInfluência de compostos metálicos na atividade da tripanotiona redutase em tripanossomatídeos: abordagens para o desenvolvimento de terapias contra Doença de Chagas e LeishmanioseB0410
Caio Bossolan CorreaJörg KobargComparação dos substratos fisiológicos da NEK6 e NEK7 usando a abordagem ShokatB0076
Carolina Luchesi CanizaresPatricia MorielInfluência da ancestralidade na frequência de variantes genéticas no gene ABCB1B0085
Flora Cardoso da SilveiraLuciana Politti CartarozziEmprego do CBD como agente antioxidante na fusão axonal em ratos LewisB0425
Gabriel Barbosa AlvesWanda Pereira AlmeidaEstudos de modelagem molecular da GSK-3β voltados para o desenvolvimento de inibidores como potenciais candidatos a fármacos para a Doença de AlzheimerB0093
Giulia Artioli ScumparimMary Ann FoglioSynsepalum dulcificum: estudo pré-clínico de citotoxicidade in vitroB0083
Gustavo Rosa BarbosaLaura de Oliveira NascimentoDesenvolvimento de formulação em pó de ficocianina inalatória para ação pulmonar anti-inflamatóriaB0080
Itala Lorrayne da Silva PereiraGislaine Ricci LeonardiEstudo de estabilidade de gel com extrato alcóolico de batata e metabissulfito para aplicação cosméticaB0074
João Eduardo Castelano da SilvaPatricia MorielAncestralidade genética e fenótipos da enzima CYP2D6 em pacientes oncológicos do Sistema Único de SaúdeB0086
João Gabriel Athayde LourençoPaulo Cesar Pires RosaDesenvolvimento, validação e aplicação de método por CLAE para quantificação de bilastina e conservantes parabenos em solução oralB0089
João Pedro Balzano Junqueira GuimarãesMarielton dos Passos CunhaReconhecimento de padrões genômicos relacionados a especificidade vírus-hospedeiro para o vírus Influenza A (H3N2)B0438
José Augusto Sakae DefendePatricia MorielImpacto de variantes genéticas em OPRM1 nas reações adversas e troca de medicamentos opioides de pacientes com câncer de pulmãoB0087
Julia Camargo LeporePatricia MorielAvaliação de possíveis associações entre variantes do gene ABCB1 e reações adversas em pacientes com tumores ginecológicos tratadas com paclitaxel e carboplatinaB0088
Júlia Gonçalves SilvaWanda Pereira AlmeidaSíntese e caracterização de acil-hidrazonas potencialmente inibidoras da GSK-3βB0094
Karin Lucchesi OliveiraWanda Pereira AlmeidaSíntese e avaliação de derivados heterocíclicos de chalconas, via reação de aza-MichaelB0095
Karoline da Silva FariasKarina Cogo MüllerAvaliação dos efeitos dos pós-bióticos utilizados em produtos cosméticos: atividade no crescimento bacteriano e na migração celularB0077
Laís Viana e SouzaTaís Freire GalvãoTendência de vendas de antidepressivos e registros de suicídio no BrasilB0092
Larissa Machado RodriguesPaulo Cesar Pires RosaMedicamento genérico e referência de mesilato de imatinibe 400mg: estudo comparativo do perfil espectroscópico e perfil de dissolução do comprimido revestidoB0090
Laura Previato De GrandeEder de Carvalho Pincinatomir-451a como potencial biomarcador de gravidade para Covid-19B0126
Leticia de Souza PaganiPriscila Gava MazzolaMembrana com Spondias mombin L. para tratamento de úlcera por pressãoB0091
Luciano Marchi de Souza MelloDaniel Fabio KawanoSíntese e avaliação biológica de um possível inibidor covalente da enzima guanina fosforibosiltransferase (GPRTase) como ferramenta terapêutica contra a giardíaseB0072
Luisa Pereira CardosoMarcelo Bispo de JesusDeterminação do perfil fenotípico baseado em imagem desencadeado por compostos que induzem apoptose ou necrose em células de câncer de mama da linhagem MCF-7B0428
Manuela Dainez AquottiCatarina Raposo Dias CarneiroAvaliação da transferência placentária de neomicina, ampicilina e sua combinação quando administrados durante a gestação. Validação do modelo de disbiose gestacionalB0069
Marcella Arruda FrançaCatarina Raposo Dias CarneiroCaracterização da expressão de PDE5 em modelos tumorais murinos para aplicações terapêuticas experimentaisB0070
Maria Carolina Santos GomesDaniel Fabio KawanoOtimização de parâmetros reacionais na síntese de glicerofosfolipídiosB0073
Maria Eduarda Eid MartinsGislaine Ricci LeonardiAvaliação do efeito imediato da radiofrequência de 2,4 MHz associado à formulação cosméticaB0075
Marina Assis e SilvaWanda Pereira AlmeidaSíntese e avaliação de quinazolinas e quinazolinonas frente a marcadores da doença de AlzheimerB0096
Matheus Augusto GermanoKarina Cogo MüllerAnálise do potencial de inibição de formação de biofilme da Sinvastatina contra isolados clínicos de Staphylococcus aureus e Staphylococcus epidermidis de pacientes diagnosticados com dermatite atópicaB0078
Mayara Grazielly Brito RocioRenato Simões GasparEspécies reativas de oxigênio medeiam a hiper-reatividade plaquetária induzida pelo colágeno oxidadoB0212
Mayara Hikari KishidaCristina Elisa Alvarez MartinezCaracterização fenotípica e molecular de isolados clínicos de Acinetobacter baumanniiB0401
Melina Zambrotti Machado DonatoniKarina Cogo MüllerSíntese, caracterização e atividade antimicrobiana de partículas de fosfato dicálcico dihidratado carregadas com polihexanida biguanidaB0079
Natasha Kelly Wilinski HodelLaura de Oliveira NascimentoWafers bucais com tetrahidrocurcuminoide para melhora da recuperação pós cirúrgica: desenvolvimento e caracterização físico-químicaB0081
Paloma Felix da SilvaFabio MonticoAvaliação dos efeitos do exercício físico e da ingestão de extrato da casca de jabuticaba (Myrciaria jaboticaba) sobre a sinalização hormonal esteroide durante a progressão tumoral em modelo de camundongo transgênico para o câncer de próstata (TRAMP)B0408
Raphael Dervalle FerrariAna Lucia Tasca Gois RuizAvaliação de estratégias para separação de carotenóides dos ácidos anacárdicos a partir do extrato do bagaço de caju (Anacardium occidentale)B0068
Sabrina Carvalho BrunelliCatarina Raposo Dias CarneiroTratamento neoadjuvante do câncer de mama com o fármaco LW-9 e avaliação de sobrevida livre de doença em modelo murinoB0071

Extensão: FCF faz divulgação científica através do humor

A Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp recebeu o comediante Rominho Braga para um stand-up com alunos de escola pública. A ideia foi mostrar que dá para falar de ciência e da vida universitária de um jeito leve e divertido — aproximando a Unicamp da comunidade externa.

Esse é um projeto de extensão realizado pelas professoras Valquíria Aparecida Matheus e Catarina Raposo Dias Carneiro, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas, com apoio da Pró-Reitoria de Extensão, Esporte e Cultura (ProEEC/Unicamp).

📚 Humor, ciência e educação juntos pra inspirar futuros universitários!