‘Descontrole’ em moléculas indica se paciente com dengue pode desenvolver forma hemorrágica, diz estudo

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Pesquisa indica alterações no organismo de quem apresenta forma mais grave da doença. Especialista diz que análise tem capacidade de chegar ao SUS.

 

Pesquisadores da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e do Instituto de Biologia da Unicamp descobriram como identificar se um paciente infectado com o vírus da dengue pode desenvolver a forma hemorrágica, considerada a mais grave e que pode levar à morte. A doença é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, também vetor do vírus da zika e da chikungunya.

O estudo constatou que pacientes diagnosticados com dengue hemorrágica apresentam um descontrole em três moléculas chamadas de fosfatidilcolinas. Ao todo, foram analisados plasmas de 20 pessoas infectadas e que estavam em diferentes estágios da doença.

"Essas moléculas estão vindo da multiplicação do vírus dentro do organismo, e a gente vê que quando tem essas moléculas presentes no plasma, no sangue do paciente, isso é um forte indício de que vai acontecer ou está acontecendo a hemorragia", explica o pesquisador Diogo de Oliveira.

Por enquanto, o único teste disponível para se detectar a possibilidade da dengue na forma mais grave é o "manguito" – quando o braço recebe pressão para se verificar existência de pontos vermelhos – e não há um exame clínico. "Fazendo o teste do manguito não quer dizer que eu vou ter o diagnóstico final de uma dengue hemorrágica. Pelo contrário, eu posso de novo ter clinicamente recomendado que esse paciente volte para casa com um antitérmico", disse o professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp Rodrigo Catharino.

 

Para ler a matéria original siga o link: https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2018/11/28/unicamp-descontrole-em-moleculas-indica-se-paciente-com-dengue-pode-desenvolver-forma-hemorragica-diz-estudo.ghtml
 

 

 

 

 

 

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