Defesa de Dissertação de Mestrado
Daniele Enriquetto Mascarelli
Construção e caracterização de uma proteína quimérica CD4-GFP
Local: Auditório da FCF
Presidente
Prof. Dr. Marcio Chaim Bajgelman — LNBio / CNPEM
Membros titulares
Profª Drª Elisa Maria de Sousa Russo — FCFRP/ USP
Prof. Dr. Jörg Köbarg — FCF / Unicamp
Membros suplentes
Profª Drª Ana Carolina Migliorini Figueira — LNBio / CNPEM
Prof. Dr. Andre Luis Berteli Ambrosio — IFSC / USP
Profª Drª Douglas Adamoski Meira — LNBio / CNPEM
Resumo: As tecnologias de biologia molecular possibilitam a produção de proteínas recombinantes, que são amplamente utilizadas em pesquisa e também exploradas para a produção de insumos e fármacos pela indústria. A metodologia para geração de uma proteína recombinante consiste em veicular um cassete de expressão gênica para uma célula-alvo, que então poderá produzir a proteína de interesse. Essa produção pode ocorrer em sistemas heterólogos, sendo que dentre os principais, temos o cultivo em células bacterianas, leveduras, células de inseto e de mamíferos. Cada sistema de produção apresenta particularidades que devem ser consideradas para atender requisitos de funcionalidade, como modificações pós-traducionais, e também a otimização de custos envolvidos na produção. O sistema de expressão em cultura de células de inseto se baseia na construção de um vetor baculoviral, que contém o cassete de expressão codificando a proteína de interesse. Esse vetor infecta células em cultura que passarão a produzir a proteína recombinante, a qual poderá ser purificada. O sistema baculoviral pode ser utilizado para produção de proteínas que necessitam de modificações pós-traducionais, com um custo inferior e maior rendimento que utilizando-se um sistema de produção em células de mamífero. Neste projeto, descrevemos a construção e caracterização de uma proteína quimérica recombinante contendo um domínio do receptor CD4 humano fusionado à proteína repórter GFP. Essa proteína recombinante, denominada CD4-GFP, foi gerada por meio de um sistema baculoviral em cultura de células de inseto. Otimizamos condições downstream, que resultaram em aumento de rendimento e possibilitaram a realização de ensaios in vitro, demonstrando a seletividade da proteína pelo alvo molecular GP-120, o qual é expresso na superfície de células infectadas pelo vírus da imunodeficiência humana. Essa ferramenta tem uso potencial no em estudos relacionados à biologia do vírus da imunodeficiência humana, para o desenvolvimento de ensaios diagnósticos e pesquisa de novos fármacos antivirais que atuem na interação viral com a célula-alvo.