Defesa de Dissertação de Mestrado — Luan da Silva Dias Rabelo

Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

Luan da Silva Dias Rabelo

Caracterização química, físico-química e atividade biológica da fração residual enriquecida em tocotrienóis oriunda da produção do corante bixina

Auditório da FCF

Presidente
Profª Drª Mary Ann Foglio — FCF / Unicamp

Membros titulares
Prof. Dr. Eder de Carvalho Pincinato — FCM / Unicamp
Profª Drª Alexandra Christine Helena Frankland Sawaya — FCF / Unicamp

Membros suplentes
Prof. Dr. Renê Oliveira do Couto — UFSJ
Drª Valquiria Aparecida Matheus — FCF / Unicamp
Drª Gabriela Trindade de Souza e Silva — FCF / Unicamp

Resumo

A Bixa orellana L. (urucum) é amplamente cultivada devido à sua aplicação como corante natural e fonte de compostos bioativos, incluindo tocotrienóis. Este estudo investigou a fração enriquecida em tocotrienóis (Tocotrienol 70%), obtida como subproduto do processamento industrial do urucum. A pesquisa abrangeu a caracterização química, físico-química e biológica da fração, com foco na avaliação de sua composição, estabilidade e atividades antioxidante e antiproliferativa. A caracterização química revelou a predominância de δ-tocotrienol, bem como outros compostos complementares, como ácidos graxos e carotenoides. Parâmetros físico-químicos, como cor, viscosidade e atividade de água, foram determinados, estabelecendo padrões de qualidade e controle para o uso industrial da fração. A fração demonstrou elevada capacidade antioxidante nos métodos DPPH e FRAP, destacando-se como uma fonte natural eficaz contra o estresse oxidativo. Nos ensaios antiproliferativos, apresentou seletividade em linhagens tumorais, com inibição significativa do crescimento celular em cânceres de mama, próstata e glioma, sem toxicidade relevante em células não tumorais. Os resultados obtidos consolidam a fração enriquecida em tocotrienóis como uma matéria-prima promissora para produtos farmacêuticos e cosméticos, alinhada aos princípios da economia circular e da sustentabilidade. Estudos futuros devem explorar os componentes não identificados da fração e avaliar sua eficácia em modelos pré-clínicos e clínicos.