Leia mais: Medalhistas da Olimpíada Brasileira de Biologia chegam à faculdade pública sem vestibular e comemoram: ‘chorei de alegria’

No início do mês, o Instituto Butantan noticiou o ingresso de dois estudantes na Universidade Estadual de Campinas por meio das Vagas Olímpicas. A instituição é organizadora da Olímpiada Brasileira de Biologia — OBB, uma das treze olimpíadas aceitas para ingresso no curso de Farmácia.

Este foi o curso escolhido pela estudante Tainá Poma da Silva, medalhista de ouro da OBB 2022, que conseguiu a tão sonhada vaga na universidade pública. Ela ocupou a vaga do curso de Farmácia da Unicamp reservada ao ingresso na modalidade Vagas Olímpicas, alternativa de acesso aos cursos de graduação da Universidade desde 2019. Em 2023, as Vagas Olímpicas da Unicamp chegou à quinta edição com recorde de inscritos. Neste ano, a vaga da Farmácia foi disputada por sete candidatos, relação candidato-vaga que é maior do que a da segunda fase do Vestibular Unicamp para o mesmo curso.

O texto divulgado pelo Butantan:

Quando soube que havia entrado em uma universidade pública chorei de alegria”, diz Tainá Poma da Silva, 18 anos, aprovada em farmácia na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na modalidade olímpica 2023. Isso porque, no ano anterior, a estudante conquistou o certificado de ouro na Olimpíada Brasileira de Biologia (OBB), organizada anualmente pelo Instituto Butantan.

Apaixonada por biologia, Tainá não poupou esforços ao participar do evento por três vezes, até conquistar seu objetivo. “Minha maior motivação foi saber que algumas universidades públicas contavam com a modalidade olímpica. Me esforcei para mandar bem na OBB, já que não teria condições de pagar por faculdades privadas”, afirma.

As chamadas “vagas olímpicas” são conferidas por um sistema de pontuação que tem como base o desempenho obtido pelo aluno, combinado a critérios específicos determinados por cada universidade – dispensando, assim, a necessidade de um vestibular. “Isso representa mais uma via de ingresso nas melhores universidades públicas do Brasil e uma transformação no método de seleção, reconhecendo aquilo que o estudante tem de melhor”, explica a coordenadora nacional da OBB, Sonia de Andrade Chudzinski.

Durante o período preparatório para a olimpíada, Tainá contou com a ajuda de um de seus professores, que organizou grupos de reforço para participantes da OBB. Além disso, ela organizou grupos de estudos em parceria com as amigas. “O apoio que demos umas às outras foi essencial. No final, todas nós conquistamos medalhas”, explica a jovem, reconhecendo a força e o exemplo que é para outras meninas. 

O apoio da família, sempre fundamental, fez da escolha mais uma alegria. Agora, Tainá vislumbra novas possibilidades para o seu futuro: quer fazer atendimento ao público, mas também trabalhar em laboratório.