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Defesa de Dissertação de Mestrado — Wesley de Lima Oliveira

maio 10 @ 14:00 - 17:00

Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas

Wesley de Lima Oliveira

Análise da atividade da catepsina B mediada por cistatina B e sua relação com o prognóstico em câncer oral

Auditório da FCF

Presidente
Drª Daniela Campos Granato — LNBio / CNPEM

Membros titulares
Prof. Dr. Jörg Kobarg — FCF / Unicamp
Dr. Ricardo Cesar Cintra — Unifesp

Membros suplentes
Drª Nathalia Quintero Ruiz — FCA / Unicamp
Drª Carolina Moretto Carnielli — LNBio / CNPEM
Drª Adriana Franco Paes Leme Squina — LNBio / CNPEM

Resumo
O distúrbio no processo proteolítico é um dos sinais malignos dos tumores. Sabe-se que a proteólise é altamente orquestrada pelas cisteína proteinases, conhecidas como catepsinas e seus inibidores. Além disso, as catepsinas podem degradar as proteínas da matriz extracelular e remodelar o microambiente tumoral, regulando uma variedade de citocinas e, assim, participar dos processos de promoção e progressão tumoral. A Cistatina B (CSTB) é uma das proteínas responsáveis por inibir as Catepsinas B, H, L e S, evitando a proteólise inadequada. Além disso, é uma importante proteína reguladora da carcinogênese, angiogênese e crescimento tumoral. A baixa expressão de CSTB na região da fronte invasiva do tumor ou em saliva tem sido associada a um pior prognóstico em pacientes com carcinoma de células escamosas (CCE) oral, bem como a uma pior taxa de sobrevida. Apesar desses trabalhos demonstrarem um potencial valor prognóstico da CSTB, o papel dessa proteína em câncer oral tem sido pouco explorado. Logo, o objetivo principal desse trabalho é estudar o papel de CSTB como alvo associado a agressividade do tumor, assim como caracterizar seu papel como inibidor de catepsina B (CTSB) no contexto de câncer oral. O papel de CSTB foi avaliado primeiramente em modelo reducionista utilizando células originadas de CCE oral (SCC-9) com baixos níveis de expressão da proteína, a partir de células knockout para CSTB geradas pela tecnologia de CRISPR. Em seguida, ensaios funcionais foram realizados com clones distintos obtidos dessa linhagem knockout que permitiu caracterizar o efeito funcional de CSTB em processos associados a tumorigênese (proliferação, migração e viabilidade). Os resultados indicam que em CCE oral, a perda da expressão da forma endógena de CSTB leva a maior proliferação das células, menor nível de formação de colônias e maior sensibilidade a cisplatina. Em paralelo, foram realizados ensaios de atividade de CTSB in vitro que sugerem menor atividade proteolítica nos clones knockout de CSTB em relação ao controle. Amostras de saliva de pacientes com CCE oral com (N+) e sem (N0) metástase linfonodal, bem como amostras de indivíduos saudáveis (controle) indicaram que esse perfil de atividade de CTSB diminuído na depleção de CSTB endógena também se encontra diminuído na saliva de pacientes com pior prognóstico. Em suma, as estratégias realizadas nesse estudo favorecem a melhor compreensão do papel funcional de CSTB em CCE oral e permite o desenvolvimento de ensaios in vitro, como o da atividade enzimática de CTSB, que possa auxiliar futuramente na determinação do prognóstico de CCE oral assim como no desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas.

Detalhes

Data:
maio 10
Hora:
14:00 - 17:00
Categorias de Evento:
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Local

Auditório da FCF
Rua Candido Portinari 200
Campinas, São Paulo 13083-871 Brasil
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