Isadora Ferraz Semionatto
Uso de partículas semelhantes a vírus como sistema de delivery de moléculas derivadas do gene suicida HSV-TK e da proteína imunomoduladora CD40L para terapia antitumoral alvo dirigida
Local: Auditório da FCF | transmissão ao vivo
Presidente
Dr. Marcio Chaim Bajgelman
Membros titulares
Prof. Dr. Erich Vinicius de Paula — FCM / Unicamp
Dr. Lucas Eduardo Botelho de Souza — Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto / USP
Dr. Davi Coe Torres — Hospital Israelita Albert Einstein
Drª Mariana Camargo Maschietto — Centro Infantil de Investigações Hematológicas Dr. Domingos A. Boldrini
Membros suplentes
Dr. Douglas Adamoski Meira — LNBio / CNPEM
Prof. Dr. Jörg Kobarg — FCF / Unicamp
Prof. Dr. Bryan Eric Strauss — Instituto do Câncer do Estado de São Paulo – Octávio Frias de Oliveira
Resumo: O desenvolvimento de novas estratégias de imunoterapia para o tratamento de câncer tem como alvo atuar em pontos chave do ciclo imunotumoral, estimulando a apresentação antigênica por células dendríticas e o fortalecimento da ativação de células T contra o tumor. Neste projeto apresentamos uma nova abordagem antitumoral baseada na utilização de partículas semelhantes a vírus (VLPs) derivadas de lentivírus para a o delivery de moléculas imunomoduladoras e proteínas derivadas do gene suicida HSV-TK, que ao ser utilizada em conjunto ao pró-fármaco ganciclovir (GCV) acarreta na morte das células tumorais. Nossos resultados demonstraram que VLPs decoradas com o ligante de CD40 (VLPs CD40L) apresentaram tropismo pelas células de câncer, mediando a ativação de mecanismos de apoptose nestas células. Essas partículas também foram autossuficientes em estimular a maturação de células dendríticas, sem reconhecimento prévio de antígenos tumorais, evidenciando o potencial das VLPs CD40L ativar células apresentadoras mesmo em ambientes de baixa expressão antigênica, comum em cânceres com fenótipos mais agressivos. Em paralelo, também produzimos VLPs lentivirais pesudotipadas com um envelope pantotrópico, capaz de veicular a enzima HSV-TK (VLP VSVG-TK). Estas partículas foram eficientes em diminuir a viabilidade de células tumorais e induzir a morte destas células por meio de mecanismos de apoptose. Os efeitos citotóxicos das VLPs VSVG-TK sobre as células de câncer induziram a liberação de fragmentos celulares e antígenos tumorais capazes de ativar células dendríticas e amplificar a resposta antitumoral mediada por estas células. Ensaios in vivo também corroboraram com os achados in vitro, evidenciando o potencial das VLPs VSVG-TK e da combinação de VLPs contendo a enzima HSV-TK e a proteína CD40L em reduzir o volume tumoral, induzindo uma potente resposta imune antitumoral local e sistêmica. Os resultados deste projeto poderão contribuir para o desenvolvimento de novas abordagens terapêuticas no tratamento de câncer humano.