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Workshop Cannabis Medicinal

O uso medicinal da Cannabis foi tema do workshop promovido pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF), com apoio da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec) da Unicamp, e que aconteceu nesta segunda-feira (14), no Centro de Convenções. O evento antecedeu a XVIII Semana Acadêmica de Farmácia da Unicamp, que acontece até sexta-feira (18). O workshop abordou diversos aspectos do tema proposto e contou com a presença, na mesa de abertura, do reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, e do pró-reitor de Extensão e Cultura, Fernando Coelho, além dos organizadores do evento Priscila Mazzola e José Luiz da Costa.

Matéria Completa : Uso medicinal da Cannabis é tema de workshop

Drogas K

Foto: doutoranda em Farmacologia Aline Franco Martins, no CIATox (Edimilson Montalti/HC)

Texto: Gustavo Teramatsu

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Campinas (CIATox) tem alertado para um aumento de casos de uso das chamadas “drogas K” — denominação comum de canabinoides sintéticos, também chamadas de K2, K4, K9, spice, entre outros — no ano de 2023. Na Universidade Estadual de Campinas, Laboratório de Toxicologia Analítica e o CIATox têm se dedicado à identificação desse grupo de drogas e quase uma outra centena de Novas Substâncias Psicoativas em amostras de sangue, urina, fluido oral (saliva) e cabelo.

No mês de junho, a Sociedade Brasileira de Toxicologia, o Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo e o Conselho Federal de Farmácia lançaram nota intitulada “Não existe maconha sintética!”. Leia o documento na íntegra.

Um dos signatários da nota, o Prof. Dr. José Luiz da Costa, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unicamp, foi consultado sobre o assunto no programa Direto na Fonte, da Secretaria Executiva de Comunicação (SEC) da Unicamp, apresentando diversos esclarecimentos, explicando o que são as drogas K, por que elas não devem ser consideradas uma “maconha sintética”, os danos ao organismo e sua gravidade.

Na mídia

27/07/2023 | O Globo : Drogas K têm cem vezes o efeito da maconha’, alerta pesquisador da Unicamp

31/3/2023 | Istoé: Opioide com ação até 100 vezes mais forte do que a morfina, o Fentanil pode matar

2/4/2023 | Correio Popular: Pesquisadores acham fentanil no sangue de usuários de drogas

8/4/2023 | Folha de S. Paulo: Fentanil já é encontrado no Brasil misturado a outras drogas

11/4/2023 | G1: Fentanil: Unicamp alerta para série de casos de intoxicação no começo de 2023 na região de Campinas; droga é a que mais mata nos EUA

11/4/2023 | GZH: Saiba o que é o fentanil e quais os riscos do uso dessa substância como entorpecente

12/4/2023 | O Liberal: Região registra seis casos de intoxicação por fentanil em 2023

20/5/2023 | Folha de S. Paulo: K9: Periferia concentra aumento do consumo de drogas K em São Paulo

2/6/2023 | Opinião (TV Cultura): Perigo das novas drogas sintéticas

7/7/2023 | GZH: O que é fentanil, substância que teria causado a morte do neto de Robert de Niro

12/7/2023 | CBN: Brasil tem alta na circulação ilegal do fentanil, droga 50 vezes mais forte que a heroína

20/7/2023 | Jornal Nacional: Análise de fios de cabelo identifica substâncias químicas das devastadoras drogas K — o professor José Luiz da Costa comenta a presença de fentanil nas drogas K

21/7/2023 | À CNN Rádio, o professor José Luiz da Costa alertou para o aumento do uso dessas substâncias químicas. Leia a matéria completa: Drogas K são 100 vezes mais potentes do que a maconha e causam “efeito zumbi”; entenda

Farmacovigilância

Autora: Ana Beatriz de Souza Carvalho, graduanda em Farmácia

Revisão: Profª Drª Patricia Moriel

Os medicamentos são o principal tratamento para grande parte das doenças conhecidas, o que os tornam essenciais em nossa vida. Quase todo mundo tem pelo menos um medicamento analgésico, como a dipirona ou o paracetamol em casa, mas o uso indiscriminado e sem orientação pode trazer riscos à saúde. Existe, portanto, a necessidade da conscientização e divulgação fidedigna do uso racional de medicamentos, visto que a facilidade de acesso, muitas vezes faz com que haja o uso inadequado que pode levar a eventos adversos indesejáveis ao paciente. Os eventos adversos aos medicamentos são monitorados pela farmacovigilância.

Segundo a ANVISA, farmacovigilância é “a ciência e atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos”, ou seja, a farmacovigilância é a responsável por monitorar e controlar o uso racional medicamentoso, com a finalidade de que seus benefícios sobreponham qualquer adversidade que eles possam causar, porém, isso não exclui a possibilidade de eventos indesejados acontecerem. Eventos adversos podem ocorrer, por diversos motivos, como uso abusivo, interação medicamentosa, uso de medicamentos para prescrições diferentes das indicadas no registro deles, intoxicações, inefetividade da terapêutica e possíveis falhas na qualidade de fabricação do medicamento.

Nestes últimos anos, com a pandemia de COVID-19, houve um grande destaque do tema, uma vez que a população se viu frente a uma doença sem tratamento, assim vários medicamentos já existentes acabaram caindo em uso dessa população por indicações muitas vezes não baseadas no estudo e na ciência dos medicamentos. Foram utilizados medicamentos de forma indiscriminada e que não tinha efeito algum contra a doença, e ainda que podiam causar efeitos nocivos à pessoa que usava este indiscriminadamente. A farmacovigilância também ficou muito em cartaz devido ao desenvolvimento das vacinas para a Covid-19. As “novas” vacinas geraram muita discussão na sociedade, sendo, em grande parte, motivada por negacionismo científico. Isso levou até mesmo à baixa aderência ao recurso terapêutico, sendo que as vacinas passaram por inúmeros testes antes de serem liberadas e tidas como eficazes e seguras para a população. Muito se discutiu da segurança destas vacinas, muitas fake news e comentários sem embasamento científico surgiram, por exemplo: a vacina implanta um chip na pessoa, você vai virar jacaré, a vacina pode transmitir HIV, muita gente morreu por causa da vacina, entre outros; e pior que muita gente acredita. No Brasil, a ANVISA é responsável por acompanhar e normatizar a farmacovigilância, publicando procedimentos obrigatórios para assegurar a segurança dos medicamentos e produtos afins. 

Aqui na FCF, possuímos uma docente (Profª Drª Patricia Moriel) que é especialista em farmacovigilância e que desenvolve suas pesquisas voltadas à melhoria da segurança dos medicamentos. Seus estudos estão focados principalmente nas reações adversas aos medicamentos utilizados na oncologia, mas também realiza estudos com doenças gerais no Hospital Estadual de Sumaré e no Hospital de Clínicas da Unicamp. As pesquisas acompanham os pacientes durante a utilização do medicamento, identificando possíveis reações adversas e buscando marcadores precoces que possam predizer essa reação ou que possam orientar a melhor conduta para minimizar os danos. Dentre esses marcadores estão os marcadores genéticos, o estudo da relação da resposta/segurança de um medicamento com a genética do indivíduo é chamado de farmacogenômica.