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Defesa de Dissertação de Mestrado — Milena Binatti Ferreira

15 15America/Sao_Paulo setembro 15America/Sao_Paulo 2023 @ 09:00 - 12:00

Defesa de Dissertação de Mestrado

Milena Binatti Ferreira

Atividade antifúngica de óleos essenciais frente a fungos dematiáceos

Local: Auditório da FCF 

Presidente
Drª Derlene Attili de Angelis — CPQBA / Unicamp

Membros titulares
Profª Drª Angelica Zaninelli Schreiber — FCM / Unicamp
Profª Drª Alexandra Christine Helena Frankland Sawaya — FCF / Unicamp

Membros suplentes 
Prof. Dr. Rodney Alexandre Ferreira Rodrigues — CPQBA / Unicamp
Dr. Adilson Sartoratto — CPQBA / Unicamp
Profª Drª Marcia de Souza Carvalho Melhem — Instituto Adolfo Lutz

Resumo: Fungos dematiáceos são encontrados em todos os ambientes desempenhando diversas atividades, inclusive como oportunistas e patógenos humano e animal, papel esse favorecido pela presença de melanina na parede celular, relacionada com a capacidade de provocar micoses tópicas ou sistêmicas. Antifúngicos sintéticos são utilizados como terapêuticos, porém com as desvantagens de apresentar efeitos colaterais e provocar resistência fúngica em função dos tratamentos de longo prazo. Assim, a indústria farmacêutica tem buscado novos princípios ativos na intenção de controlar as doenças causadas por fungos. Considera-se o uso de compostos como os óleos essenciais (OEs) uma alternativa natural importante, em função da atividade farmacológica que apresentam. Neste contexto, o objetivo principal do presente trabalho foi avaliar a atividade antifúngica de 8 OEs frente a isolados de fungos dematiáceos ambientais e clínicos, e determinar a concentração inibitória mínima (CIM) e a concentração fungicida mínima (CFM) dos mesmos. Para tal, foi empregado o método de diluição em meio de cultura sólido com 5 diferentes concentrações dos óleos (0,25; 0,5; 0,75; 1,0 e 1,25mg/mL) acrescidos de 2,5% DMSO e 0,5% Tween 80. A avaliação da CIM ocorreu ao final do décimo dia de incubação, quando foi mensurado o crescimento radial fúngico, e a CFM durante os 30 dias subsequentes. Além disso, análises qualitativas e quantitativas da composição química dos OEs foram realizadas por cromatografia gasosa acoplada a espectrômetro de massas (CG-EM). A identificação molecular dos isolados utilizados na CIM ocorreu por meio do sequenciamento da região ITS do DNA genômico e análise de distância filogenética. Os fungos foram submetidos ao teste de tolerância a diferentes temperaturas (28; 30; 33; 37; 40º C) por um período de incubação de 21 dias. Os resultados obtidos da CIM confirmaram que os OEs de Cymbopogon citratus e C. martinii apresentaram a maior atividade inibitória na concentração de 0,75 mg/mL para todos os isolados testados. Para os isolados clínicos, o monoterpeno Citral apresentou a CIM de 0,5mg/mL para Fonsecaea sp. A CFM foi observada na concentração de 1,0 mg/mL para o isolado Phialophora sp. Para os isolados ambientais, as melhores CFM foram obtidas com os OEs de C. citratus e Syzygium aromaticum, que controlaram 46% e 40% do crescimento das culturas fúngicas, respectivamente. Foi inesperada a ausência de inibição dos óleos de Ocimum basilicum e Melaleuca alternifolia, principalmente dessa última cujo efeito tem sido relatado em diversas situações. Contudo, a análise química revelou que o óleo comercial de M. alternifolia utilizado nesse estudo apresentou baixas taxas do composto tido como majoritário (terpinen-4-ol), o que pode ter reduzido a qualidade e eficiência do mesmo. Os gêneros de fungos identificados foram Cladosporium, Cladophialophora, Curvularia, Exophiala e Penidiellopsis. O crescimento ótimo dos isolados ocorreu na faixa de 28 a 30°C, com exceção das linhagens LMA 484 (Curvularia sp.) e LMA 836 (Exophiala bergeri) que cresceram a 37°C. Neste trabalho podemos concluir que para os isolados fúngicos dematiáceos ambientais, OEs Cymbopogon citratus e C. martinii possuem atividade inibitória e C. citratus e S. aromaticum apresentam ação fungicida. Para os isolados fúngicos dematiáceos clínicos, o monoterpeno Citral apresentou atividade inibitória e fungicida. Os OEs são promissores para o desenvolvimento de novos fármacos, como evidenciado nesse trabalho, e por serem de origem natural contribuem de forma saudável para o bem-estar, contribuindo para melhorar a qualidade de vida da nossa sociedade.

Detalhes

Data:
15 15America/Sao_Paulo setembro 15America/Sao_Paulo 2023
Hora:
09:00 - 12:00
Categorias de Evento:
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Local

Auditório da FCF
Rua Candido Portinari 200
Campinas, São Paulo 13083-871 Brasil
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